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Índice registrado no Brasil equivale a um Carandiru por dia
Os números do trabalho, que avalia a trajetória dos índices de homicídio no País entre 1997 e 2007, foram divulgados ontem, em São Paulo, pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, e podem ser acessados no site do instituto. A pesquisa demonstra que as taxas de assassinato ficaram praticamente inalteradas durante a década. Em 1997, foram contabilizadas 25,4 mortes em cada 100 mil habitantes. Em 2007, os números passaram para 25,2 por 100 mil.
Esses índices são resultado de dois movimentos distintos da violência no País no período. Até 2002, havia um crescimento no número mortes, numa taxa média de 5% ao ano. A partir de então, as estatísticas começaram a cair. Entre 2003 e 2007, os índices apresentaram uma redução de 12,8%. A relação, que era de 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes, passou para 25,2 por 100 mil. É a primeira vez que o Brasil apresenta um período de redução dos índices, desde que os primeiros dados de mortalidade do Ministério da Saúde foram divulgados, em 1979.
Jacobo atribui a queda no último período analisado a dois fatores: estatuto do desarmamento e, principalmente, redução da mortalidade em grandes centros urbanos com grande peso demográfico e, portanto, grande influência nos números globais. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, houve uma redução de 58,6% entre 1997 e 2007. No Rio, a diminuição foi de 29,4%.
O comportamento dos números globais nos últimos cinco anos analisados, porém, está longe de sinalizar uma melhora do problema no País. Durante a década, morreram no Brasil 512 mil pessoas.
Interiorização
Embora grandes cidades e regiões metropolitanas tenham apresentado uma queda nos índices de homicídios - 19,8% e 25%, respectivamente, conforme estudo, no interior dos estados a situação é diferente. No período, houve um aumento de 37,1% dos indicadores.
Fonte: Folha de Pernambuco
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