domingo, 31 de março de 2013

Porque a intervenção militar foi necessária


31 de Março de 1964 – A contra-revolução democrática

Por Alessandro Barreta Garcia

Nada mais falso do que afirmar que a esquerda brasileira lutou por democracia. Nunca lutaram, e continuam não lutando. Vamos aos fatos. As características do comunismo mundial são muito claras, Brown (2012) as apresenta da seguinte forma, elas são; políticas, econômicas e hoje, especialmente ideológicas. Na política destacam-se o monopólio dos ministérios, polícia e forças armadas ou todas as instituições, a serem controladas pelo partido. Havendo também, o chamado centralismo, onde se discutia o que deveria ser feito e a partir dessa discussão chegava-se a uma conformidade, dessa, a disciplina e a sujeição às ordens por todo partido era uma condição inquestionável (principio do totalitarismo). 

Na econômica desenvolvia-se uma oposição a economia de mercado, com exceções na agricultura e em algumas atividades econômicas. A grande predominância do mercado não agrícola era especificamente estatal, portanto uma economia de comando, ou seja, de cima para baixo, e não do mercado consumidor e fornecedor para a produção.

A categoria ideológica era fundamental para alimentar o sonho comunista, sempre baseado na crença, inspiração e na motivação. Deste sonho utópico as desgraças iam ocorrendo, e o povo sempre com aquela velha convicção de que tudo um dia iria melhorar acreditava piamente neste nefasto regime. Tentando sempre justificar a realidade contraditória de paraíso, com um ideário ainda a ser completado, o objetivo nunca era efetivamente alcançado. O abandono destas convicções era irremediavelmente uma tragédia para a continuidade do sonho inalcançável do comunismo. Em síntese, uma consciência internacional alimentando ideologicamente o partido era fator indispensável para nutrir as massas ignorantes e úteis ao partido.
 
Na luta de classes ocorrida em toda a história, burguesia e proletariado sintetizam a luta em nosso tempo. Para por fim a burguesia, o proletário teria de pegar em armas, essas produzidas pelos próprios burgueses, e usá-las conta eles. Por meio da violência revolucionária, o proletariado é a antítese do burguês no qual é a tese.  Como síntese, o comunismo teria de ocorrer sem estado, classes, trabalho alienado e propriedade. Antes disso, se faz necessário a ditadura do proletariado.
 
Nesse sentido Paim (2005):
Lenine lembra e enfatiza que Marx, reiteradamente, atribuiu à violência o papel de parteira da história, como escreve, citando Engels, "ela é a parteira de qualquer sociedade velha que transporta uma nova sociedade nas entranhas; ela é o instrumento em virtude do qual o movimento social domina e estilhaça as formas políticas petrificadas e mortas." (PAIM, 2005, p.65).
 
Isto, posto, o totalitarismo do proletariado comunista é notadamente violento, antidemocrático e contrário a qualquer lei dos direitos humanos. Para os comunistas não existe a possibilidade de substituir a burguesia pelo proletariado sem eliminar a primeira. A luta de classes, portanto eliminaria totalmente a classe oponente, e qualquer oposição era sinônima de correção por meio do terror. Minha pergunta é. Era isso que o Brasil queria? A resposta é não.
 
Para Bueno (2010), a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, mobilização em favor da democracia e da contra-revolução militar. A marcha para impedir o comunismo no Brasil foi impressionantemente maior que os movimentos sindicais. Uma mobilização de 500 mil pessoas. Todos pela contra-revolução democrática. No dia 2 de abril de 1964, 1 milhão de pessoas saldava o regime militar. Era “A marcha da vitória”.
 
Por que a intervenção militar foi necessária?
 
Segundo Gorender (2003) no inicio dos anos 60 as reformas de base esboçavam o prenúncio de uma pré-revolução da esquerda. Nessa época, precisamente em 1962, Amazonas, Grabois e Pomar articulam o que para eles seria o verdadeiro partido comunista, o PC do B (Partido Comunista do Brasil).  Separando-se do PCB (Partido Comunista Brasileiro) anteriormente chamado de PCB (Partido Comunista do Brasil), o PC do B surgia como o verdadeiro partido dos proletariados. Sua tarefa seria impor imediatamente o anti-imperialismo, alinhando-se ao partido comunista da China, Grabois enaltecia Mao Tse-tung.
 
Para Rollemberg (2001):
 
Cuba apoiou concretamente os brasileiros em três momentos diferentes. O primeiro, como disse, foi anterior ao golpe civil-militar. Nesse momento, o contato do governo cubano era com as Ligas Camponesas. Após a instauração do novo regime e, desarticulada as Ligas, o apoio cubano foi dado ao grupo liderado por Leonel Brizola, composto de outras lideranças dos movimentos sociais do período pré- 1964, tendo como base os sargentos e marinheiros expulsos das Forças Armadas. A partir de 1967, desmobilizadas as tentativas de implantação da guerrilha ligadas a este grupo, Carlos Marighella, presente na Conferência da OLAS, surgiu, para os cubanos, como o grande nome da revolução no Brasil. Daí até o início dos 1970, Cuba treinou guerrilheiros de organizações de vanguarda que seguram o caminho da luta armada, principalmente, da ALN, da VRP e do MR-8 (ROLLEMBERG, 2001, p. 19-20)[1].
 
            Em busca de uma reforma agrária, em oposição à industrialização e predomínio do estado no curso do desenvolvimento econômico brasileiro, nos anos de 1955 já era possível observar o desenvolvimento das Ligas Camponesas.  Francisco Julião foi o idealizador da época. Dessa forma: “Seu lema era levar “justiça ao campo” através da reforma agrária, “na lei ou na marra”, o que implicava em invasões de propriedades rurais, criando um clima de terror em parte da elite brasileira” (PRIORE e VENANCIO, 2010, p.273). Nesse clima de terror pelo qual antecedia a contra-revolução de 1964, o Brasil se encontrava com o perigo de uma revolução do proletariado, esta que certamente tomaria o caminho das revoluções típicas da mentalidade comunista internacional. O Brasil com os militares afastava-se do terror da URSS, China e Cuba, só para citar alguns.
 
            Parabéns guerreiros. Uma singela homenagem àqueles que foram os verdadeiros guardiões de nossa democracia, bem como do estado de direito, este pelo qual gozamos por enquanto. Salve 31 de março de 1964, uma data de comemoração e de reflexão a caminho da eterna anulação do comunismo. O regime do ódio, das mortes e do terror.
 
 
REFERÊNCIAS
BROWN, A. Ascensão e queda do comunismo. Tradução de Bruno Casotti. – 2ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2012.
BUENO, E. Brasil: uma história: cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010.
GORENDER, J. Combate nas trevas. A esquerda brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. 5a edição. São Paulo, Ática, 1998.
PAIM, A. Avaliação do marxismo e descendência. Lisboa, 2005. http://www.institutodehumanidades.com.br/arquivos/avaliacao_do_marxismo%20_1_.pdf
PRIORE, M, VENANCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
ROLLEMBERG, D. O apoio de Cuba à luta armada no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 2001.
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[1] ALN (refere-se à Ação Libertadora Nacional), VRP (Vanguarda Popular Revolucionária) e MR-8 (Movimento Revolucionário – 8 de Outubro).
 

Porque houve 1964 - que você não encontrará nas Escolas!


Ernesto Caruso
 O povo nas ruas pedindo a intervenção das Forças Armadas para acabar com 
o caos que reinava no Brasil, e para evitar o golpe comunista que estava 
preparado .
A pesquisa da jornalista Cristiane Costa apresenta uma visão das ações de João Goulart colhida dos jornais a demonstrar o anseio da Nação para colocar um freio na célere caminhada para a ruptura institucional. A verdade que o governo atual tenta distorcer através de coordenada campanha nacional, a criar comissões para perseguir quem livrou o país do comunismo com o Movimento de 31 de março que teve total apoio da sociedade.

No Correio da Manhã/Rio, do dia 31, ao expressar condoído: “O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!”.  No dia seguinte em uníssono com os brasileiros, “FORA!”, “Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!”.
 

O Jornal do Brasil proclama: “Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade… Legalidade que o caudilho não quis preservar... A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas... Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.”.

“... legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições.” (Estado de S. Paulo).  “Multidões em júbilo na Praça da Liberdade... em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia...  para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas... uma das maiores massas humanas já vistas na cidade.” (O Estado de Minas).
 
O Dia/Rio: “A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas...”; a Tribuna da Imprensa/Rio: “Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr. João Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas.”.
 
“Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada”… “atendendo aos anseios nacionais de paz, tranquilidade e progresso… as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal”. (O Globo/Rio).
 
Correio da Manhã: “Lacerda anuncia volta do país à democracia.” O Povo, de Fortaleza: “A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz... assim deverá ser, pelo bem do Brasil”. “Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos... souberam unir-se todos os patriotas...  para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem... a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a âncora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições... diante da Nação horrorizada.” (O Globo). “Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos”… “Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria.” (Estado de Minas).
 
“A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista” (O Globo). “Milhares de pessoas compareceram... o ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve”. (Correio Braziliense). “Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas. Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento”  (A Razão, Santa Maria/ RS).
 
“Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações... Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações...”. (Jornal do Brasil, 31/03/1973).
 
Julgamento da Revolução, O Globo, 7/10/1984: “Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada.”.
 
A subversão está no Partido Comunista de Luiz Carlos Prestes, mentor da Intentona de 1935 que se instala no governo Goulart para derrubá-lo. O resumo acima demonstra o insucesso de mais essa tentativa, repetida na luta armada do terrorismo e guerrilha nas décadas de 60/70. Os nomes das facções arrancam as máscaras de integrantes do governo e da comissão meia-verdade quando defendem os terroristas e as “puras intenções democráticas” que os motivaram para a luta armada: Partido Comunista Revolucionário; Vanguarda Popular Revolucionária; Ação Popular Marxista Leninista; Fração Bolchevique Trotskista; Marx, Mao, Marighela, Guevara (M3G); Partido Operário Revolucionário Trotskista...   

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Minha homenagem às FFAA pela Defesa da  Soberania Nacional pelo Movimento Cívico-Militar de 1964. (Gaspar de Souza)
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

O Argumento Ontológico de Norman Malcolm


Por C. Stephen Evans[1]

Este é um trecho do livro Philosophy of Religion de C. Stephen Evans, no capítulo que trata dos Argumentos Clássicos para Existência de Deus. Neste excerto, Evans descreve a formulação de Norman Malcolm segundo o Argumento Ontológico de Anselmo, em que trata com o conceito de existência necessária.

Os Argumentos Ontológicos tentam mostrar que o próprio conceito ou ideia de Deus implica sua realidade. Se uma pessoa pode claramente conceber Deus, então ele ou ela deve ser capaz de entender que Deus deve existir. Os créditos para a primeira formulação deste argumento são, geralmente, atribuídos a Santo Anselmo, Arcebispo da Cantuária no século onze. Várias versões do argumento têm sido defendidas por filósofos famosos como Descartes e Leibniz. O século vinte tem visto um grande reavivamento de interesse no argumento, como pensadores tais como Charles Harstshorne, Norman Malcolm e Alvin Plantinga defendem-no.

A versão original de Anselmo é desenvolvida em seu Proslógio no curso de algumas reflexões sobre o que o “tolo diz em seu coração: não há Deus”. Anselmo raciocina que até mesmo em negar a existência de Deus, o tolo deve entender a ideia de Deus. Deus deve existir ao menos como uma ideia no entendimento do tolo. Qual é a ideia de Deus? Para Anselmo, Deus é o maior ser possível, “um ser do qual não é possível pensar nada maior” 

Anselmo afirma que é melhor ou maior existir na realidade do que simplesmente existir no entendimento. Desde que Deus é, por definição, o maior ser possível, diz Anselmo, é impossível para Deus existir apenas no entendimento do tolo. Pois, neste caso, um ser maior do que Deus poderia ser facilmente concebido, ou seja, um ser que existe tanto no entendimento quanto na realidade. Posto em passos numerados, o argumento é como se segue:

1. Deus é o maior ser possível.

2. Deus existe ao menos na mente ou no entendimento.

3. Um ser que existe apenas na mente não é tão grande quanto um ser que existe na realidade bem como na mente.

4. Se Deus existe apenas na mente, ele não seria o maior ser possível.

5. Então, Deus deve existir na realidade e também na mente.

Como era de se esperar, este argumento tem encontrado muitas objeções, pois a afirmação de que a existência de alguma coisa pode ser inferida simplesmente de sua definição é implausível para muitas pessoas. Gaunilo, um contemporâneo de Anselmo, produziu uma paródia do argumento em que ele tentava provar que uma Ilha Perfeita – “um ilha da qual nenhuma maior pode ser concebido” – deve existir. A réplica de Anselmo a este foi essencialmente que o conceito de Deus é único. Deus, diferente das ilhas e outros objetos finitos, é um ser necessário. A implicação é que o conceito de “uma possível ilha maior ou mais perfeita” não pode ser coerente. Talvez para algumas [ilhas] que nós concebamos, poderiam ser concebida uma mais perfeita do que ela. Mas, apenas um ser necessário pode ser um maior ser possível. A importância da réplica de Anselmo será evidente abaixo.

Uma objeção famosa feita por Kant e outros é que não se pode legitimamente pensar “existência” como uma propriedade que uma entidade pode ou não pode ter em graus variados. Dizer de algo que ele existe não é dizer que ele tem alguma propriedade como “ser vermelho”, mas que a entidade em questão, com todas as suas propriedades, tem sido atualizada. Quando nós pensamos de um objeto, nós sempre implicitamente pensamos dele como existindo. Mas, se existência não é uma propriedade, então ela não pode ser uma propriedade que acrescentamos à grandeza de Deus, o qual é requerido pelo argumento. O debate se existência é uma propriedade (ou se “existe” é uma predicado adequado) não é um que podemos resolver, embora pareça seguro afirmar que existência não é uma propriedade ordinária.

Outra objeção popular é a afirmação de que o Argumento de Anselmo fala-nos apenas sobre a definição de Deus; ele não pode dizer-nos algo que satisfaça aquela definição. Anselmo nos diz, muito corretamente, que quando pensamos em Deus, pensamos Nele como um ser real, mesmo como um ser necessariamente real, um ser que não pode deixar de existir. Essa definição, no entanto, como todas as definições, apenas nos diz o que Deus seria se ele existisse. [Mas] ele não pode estabelecer o fato de que ele existe.

Versões contemporâneas do Argumento [Ontológico] têm concentrado no conceito de existência necessária, a que Anselmo empregou em sua réplica a Guanilo e no capítulo três de seu Proslógio. Alguns filósofos, como o Normam Malcolm, têm argumentado que, realmente, Anselmo desenvolveu dois argumentos.

O primeiro argumento enfatiza a existência como uma “propriedade de condição necessária”, a qual Malcolm pensa ser falacioso, desde que existência não uma propriedade. O segundo postulou o conceito de existência necessária.

A essência do segundo argumento, como Malcolm formula, é como se segue: Deus é, por definição, um ser que simplesmente não passou a existir. Deus não pode vir à existência, nem pode ficar fora da existência, uma vez que um ser que o fizesse um ou outro não seria Deus. Segue-se disto que se Deus existe, então sua existência é necessária. Se ele não existe, então sua existência é impossível. Mas, ou Deus existe ou não existe, então, a existência de Deus é necessária ou impossível. Uma vez que não parece plausível dizer que a existência de Deus é impossível, segue-se que sua existência é necessária. Assim, se a existência de Deus é possível, então é necessária.  Abaixo segue o argumento. Mais formalmente, o argumento pode ser posto como se segue:

1. Se Deus existe, sua existência é necessária;

2. Se Deus não existe, sua existência é impossível.

3. Ou Deus existe ou ele não existe.

4. A existência de Deus é necessária ou impossível.

5. A existência de Deus é possível (não é impossível)

6. Então, a existência de Deus é necessária.

Como deveríamos avaliar este argumento? Ele é formalmente válido? Certamente parece ser. Mas, é legítimo? Para ser legítimo, as premissas devem ser verdadeiras. Das cinco premissas a mais problemática é a número (5)

Como nós sabemos que a existência de Deus é realmente possível? A premissa parece bastante inócua; parece como se nós estivéssemos simplesmente dizendo que talvez exista um Deus. Ela se torna uma afirmação bastante poderosa, no entanto, uma vez que a existência de Deus só é possível se ela for necessária. Por que o ateísta não deveria rejeitar e afirmar a existência de Deus, quando o assunto é completamente compreendido, pode ser visto como impossível? Uma vez que Deus não existe, não é possível que ele já tenha existido ou nunca existirá.

Por outro lado, qualquer que creia que Deus realmente exista terá que julgar que esta premissa é verdadeira e, deste modo, o argumento será legítimo. Pois a possibilidade da existência de Deus certamente segue-se da realidade de sua existência. É claro que devemos lembrar que uma prova eficaz deve ser mais do que simplesmente legítima. Ela deve ser racionalmente convincente. Aqui o argumento parece falhar, pois é difícil ver porque um ateísta não rejeitaria a premissa (5) e firmemente manter a impossibilidade da existência de Deus. E mesmo que o ateísta julgue a legitimidade do argumento e, portanto, será para ele convincente, não será racionalmente convincente ou a menos que possa, de alguma forma, saber que a existência de Deus é possível sem inferi-la de sua existência real. Devemos lembrar que, para um argumento ser racionalmente convincente para alguém, as premissas devem ser conhecidas a essa pessoa por razões independentes da conclusão.

Mesmo se o argumento falhe como uma prova racional convincente, no entanto, ele ainda pode realizar outras tarefas. Alvin Plantinga, um defensor de uma versão contemporânea do Argumento Ontológico, afirma que, embora o argumento possa não ser uma prova, ele demonstra que é razoável crer em Deus. A premissa central, que a existência de Deus é possível, embora possa não ser conhecida, é uma proposição que poderia ser racionalmente aceita: o argumento mostra a “aceitabilidade racional” do teísmo[2]. Isto parece legítimo, mas deveria ser observado que o ateísta pode, talvez, fazer uma afirmação semelhante: não é claramente contrário à razão afirmar que a existência de Deus é impossível.

Karl Barth interpreta o argumento de Anselmo não como uma prova, mas como uma tentativa de entender mais profundamente o que é aceito pela fé. Parece plausível que o propósito de Anselmo em formular este argumento pode ser bem diferente dos propósitos dos filósofos contemporâneo que têm defendido o argumento. Em todo caso, independente do valor o Argumento Ontológico como prova, reflexões sobre ele aprofundam nossa apreciação de Deus como um ser necessário.

O argumento também serve a função de forçar o ateísta a “sair do esconderijo”. Se o argumento é válido, então a pessoa que deseja negar que Deus existe, deve afirmar que a existência de Deus é impossível. Esta é uma afirmação muito mais forte que uma pessoa queira fazê-la inicialmente. Este último ponto pode ser generalizado em uma moral que possa ser aplicada a todos os argumentos teístas. Os Argumentos podem ser rejeitados, mas a pessoa que os rejeita paga um alto preço. Pois negar uma proposição é logicamente equivalente afirmar outra proposição. Negar p é afirma não-p. Em alguns casos, a asserção necessária para rejeitar os argumentos teístas pode ser mais problemáticas que outras.

Traduzido por Gaspar de Souza


[1] EVANS, C. Stephen. Philosophy of Religion: Thinking About Faith. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1982, p. 46 – 50.
[2] Consulte PLANTINGA, Alvin. Deus, a Liberdade e o Mal. São Paulo: Vida Nova, 2012, p.140 [N.T]


sexta-feira, 1 de março de 2013

QUEM OS FARÁ A ENTREGAR O PODER

Por Paulo Chagas (Gen Bda R1 SIP/11)

Caros amigos
 
O Partido do Trabalhadores está no poder há três mandatos e, provavelmente, lá permanecerá por mais um!
 
Terá, assim, completado a etapa da consolidação do pleno aparelhamento do estado,  colocado sua gente em todos os postos chave da república e cooptado todos os oportunistas e inocentes úteis que compõem as classes política e empresarial , bem como os jovens, estudantes ou não, que se deixam idiotizar pela falácia e pela mentira e os famintos, ignorantes ou sem perspectivas, embretados nos currais do "bolsa esmola".
 
Todavia, quando o caos transformar o engodo em realidade, fazendo os menos ignorantes enxergarem o quanto foram ingênuos ou coniventes com o mal, haverá uma mudança no fiel da balança, tendo como consequência, lógica e democrática, a possibilidade de alternar partidos e propostas.
 
Restará, contudo, saber se os desmascarados entregarão de bom grado os postos e privilégios com os quais se têm locupletado e lambuzado, desde o primeiro mandato da era pós moral, sob a liderança do Sr Lula da Silva e seus muitos ladrões, já que o seu projeto de poder é ditatorial, mafioso e permanente e não inclui a possibilidade de saída, muito menos pela via que lá os colocou.
 
Os indícios disso estão por aí, aqui e acolá e revelam que não se trata de estratégia isolada ou eventual, mas de um estudado e bem coordenado plano cujo centro de comando e controle está instalado e dissimulado no cada vez mais conhecido e poderoso Foro de São Paulo.
 
Seus objetivos revelam-se nos conchavos diplomáticos, nas manifestações e nas palavras de ordem da militância que, à luz do dia, com violência e sem subterfúgios, demonstram sua simpatia pelo regime cubano, intimidando e constrangendo a blogueira Yaoni Sánchez, em visita ao Brasil, acusando-a de traição e afirmando, sem pejo ou vergonha, que "a América Latina vai ser toda comunista"!
 
São os mesmos irascíveis e coléricos  que cospem na cara de idosos e que não toleram conviver com o contraditório!
 
Parece absurdo, mas é a realidade, existem pessoas no Brasil, ligadas aos corruPTos, que querem para nós o triste destino do povo cubano, onde o regime de força da "famiglia Castro" distribuiu a miséria, a fome e a doença e confiscou todas as liberdades, inclusive a de pensar e discordar.
 
Meio século no poder é algo por demais sedutor para qualquer canalha, mesmo quando desgraçado por moléstia incurável! Há exemplos aqui, ali e acolá!
 
Mas, como diz o ditado,  "não há mal que sempre dure, nem há bem que nunca acabe" e chegará o dia em que a democracia indicará o fim desse tempo e eles terão que sair. Aí fica a pergunta: "Quem os fará entregar o poder? As urnas? A vontade do povo? A justiça? A lei e a ordem? Ou será a força das Forças?
 
O MST, braço armado da guerrilha rural; os sindicatos comprometidos, laborais e do crime organizado; a UNE, comprada com dinheiro público; os apaniguados e incompetentes, aboletados em cargos público e "de confiança"; as polícias, comandadas por "majores - coronéis" comprometidos com o projeto; os corruPTos, de todos os matizes e níveis de sofisticação; e a legião de desocupados, escravizados pela boca ou intimidados pela fome, conduzidos por seus líderes de barro, sairão às ruas para negar o direito e a verdade das urnas, para intimidar a maioria e  "melar o jogo"!
 
Restará, mais uma vez, a última razão da nação, as instituições que detém o dever constitucional de fazer valer e cumprir a lei e assegurar a ordem interna.
 
Com certeza, desta vez, não precisarão usar a iniciativa que lhes outorga a lógica da vontade da nacional, pois um dos três poderes já demonstrou sua independência e, mais do que isto, seu comprometimento com os valores que compõem o arcabouço moral da sociedade brasileira e, assim, cumprindo com o seu dever, ordenará, se preciso, o emprego da força das Forças para que os usurpadores desocupem suas posições, entreguem os cargos e tomem o rumo que lhes conferirá o desprezo nacional!
 
Deus é grande e justo! Quem viver verá!

Fonte: Terrorismo Nunca Mais

Michael Behe e os Limites do Darwinismo


POR ORLANDO BRAGA
Eu penso que o mais importante deste vídeo que segue — de uma conferência do bioquímico Michael Behe, professor da universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos, e gravado recentemente — é a redução ao absurdo da narrativa darwinista. Um exemplo da narrativa darwinista é este texto do professor Galopim de Carvalho segundo o qual “as células são produto de evolução atômica”. A forma de reduzir ao absurdo este conceito do professor Galopim de Carvalho é a de descrever (e não, “explicar”, porque a ciência não “explica” o universo, no sentido literal do termo) o que se passa dentro de uma célula, por exemplo; ou descrever como uma pessoa se torna imune à infecção pelo vírus da malária.
Ou seja, a assunção genérica e “mágica” da narrativa do professor Galopim de Carvalho, segundo a qual “as células são produto de evolução atômica” — e que é aceita pela população em geral como um mito urbano que justifica o darwinismo, por um lado, e que por outro lado transforma o darwinismo em uma espécie de dogma moderno que pretende substituir os dogmas da religião tradicional — é “desmontada” ou desconstruída pela simples explicação genérica do que se passa efetivamente a nível celular.
Este tipo de intervenção pública de Michael Behe é importante porque desmascara, aos olhos dos povos, os atuais mentores do cientificismo positivista — como parece ser o caso do professor Galopim de Carvalho, e entre muitos outros —; e desmistifica e demitifica o novo “clero” dogmático interpretado pelo cientista que transforma a ciência — conforme defendido por Augusto Comte, no século XVIII — em uma nova religião imanente e materialista.
Ao contrário de positivistas fundamentalistas, como por exemplo Richard Dawkins, Michael Behe presta um serviço inestimável à ciência ao sublinhar a dúvida metódica (e não a dúvida céptica, que é uma coisa diferente), em detrimento da certeza cientificista própria do darwinismo, certeza essa que se transforma numa espécie de fé própria de uma religião materialista, absurda, e intelectual e espiritualmente chã e básica.
Num mundo moderno, em que o ser humano perdeu o seu sentido, a denúncia do dogma darwinista através da ciência propriamente dita deve ser um dos principais deveres dos (verdadeiros) cientistas.

Orlando Braga edita o blog Perspectivas – http://espectivas.wordpress.com

Mídia Sem Máscara (http://www.midiasemmascara.org/artigos/ciencia/13899-michael-behe-e-os-limites-do-darwinismo.html)