Não será preciso ser gênio para saber o motivo. É claro que se escondem atrás dos "projetos sociais"(?). Mas nos fundo, no fundo, os motivos são outros, não é? Deixo as ilações para vocês.
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Detento diz que PT é o partido preferido
Apesar de boa parte dos presos demonstrar desconhecimento sobre os prováveis candidatos que disputarão as eleições, eles confessam a existência de simpatia com um partido político: o PT. De acordo com o recluso E.C.A, há um sentimento geral de aprovação dos programas sociais implantados pelo Governo Lula (PT), como o Bolsa Família, e que, por isso, muitos apontam a legenda como a mais próxima a eles. “Só dá PT lá dentro. Todo mundo é PT. Não tem outro partido, não”, revelou o detento. Porém, ele não garantiu que votaria na ministra Dilma Rousseff por não saber exatamente como ela é. “Eu vou ver ainda. Não sei direito quem ela é, e as propostas que tem”, disse.
Na unidade da Funase de Abreu e Lima, o adolescente J.D.S, de 17 anos, também se mostrou simpático aos programas sociais petistas. Porém, o menor, que está apreendido há cinco meses por assalto à mão armada, afirmou ainda não tem o voto definido. Ele disse que vai esperar para conhecer as propostas dos candidatos e então decidir quem merecerá seu voto, avisando que pesará na sua decisão quem apresentar o melhor projeto para a geração de emprego. “Eu entendo um pouco de refrigeração e gostaria de fazer um curso quando saísse daqui. Isso é algo importante. Preparar a gente”, pontuou.
A possibilidade de votar em um candidato que possa “olhar por eles ou pela família” é um fator que tem sido tratado como ponto que contribui para o resgate da autoestima desses presos provisórios, segundo avalia o superintendente de Capacitação e Ressocialização, Coronel Edvaldo Vitório. Ele afirmou que é preciso criar outras condições como “a inserção do direito ao voto no cotidiano” dos reclusos. “Eles são carentes e precisam de estímulos. O fato de eles votarem em quem pode melhorar, de alguma forma, pode elevar essa autoestima que normalmente está bem baixa. Somado ao sentimento de cidadão”, relacionou.
VISITA
A eleição será realizada em um domingo, dia reservado para o recebimento de visitas para os detentos. Fato que, segundo o supervisor do Cotel, César Menezes, deve demandar um trabalho especial de conscientização para que os reclusos não pensem que “perderam um direito”. “É muito complicado. Os presos esperam pelo domingo a semana toda. Se o horário da visita atrasar uns dez minutos, já começa a agitação. Vai ser preciso algo especial para mostrar para eles que não perderão nada, ou mesmo transferir a visita para outro dia, se for preciso”, indicou.
Fonte:
Follha de Pernambuco
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