sábado, 31 de março de 2012

A AUTORIDADE DO PASTOR PREVALECE SOBRE A AUTORIDADE DA ESCRITURA?

Alguns feministas evangélicos dizem que a mulher pode ensinar se estiver “debaixo da autoridade” dos pastores os presbíteros

Outra tendência liberal entre os evangélicos igualitaristas é a alegação de que uma mulher pode ensinar a Escritura para os homens se ela estiver “debaixo da autoridade do pastor ou de presbíteros”. Digo ser essa uma indicação de tendência liberal, porque em nenhuma área de atuação poderíamos dizer que alguém pode fazer algo que a Bíblia diz que não pode ser feito se o pastor e os presbíteros derem sua aprovação.

Essa posição é encontrada com frequência nas igrejas evangélicas. O que torna essa posição diferente das outras que tratamos até este ponto do livro é que muitos que tomam essa posição afirmam sinceramente querer manter a liderança masculina na igreja, e dizem estar mantendo a liderança masculina quando uma mulher ensina “debaixo da autoridade dos presbíteros” que são homens (ou do pastor, que é um homem).

Todavia, essa não é uma visão comum entre os principais autores igualitaristas ou aqueles que mantêm a Christians for Biblical Equality, por exemplo.[i] Esses escritores não pensam que apenas os homens devem ser presbíteros, então eles certamente não pensam que as mulheres precisem de qualquer aprovação de presbíteros para ensinar a Bíblia!

Mas esse ponto de vista aparece com certa frequência nas ligações telefônicas ou e-mails enviados ao escritório do Council on Biblical Manhood and Womanhood – CBMW[ii] – e eu geralmente ouço isso em conversas pessoais e discussões sobre as políticas da igreja.

É realmente verdade que uma mulher está obedecendo à Bíblia se ela pregar um sermão “debaixo da autoridade do pastor ou dos presbíteros”?

A questão aqui é o que diz a Bíblia? Ela não diz meramente “preserve algum tipo de autoridade masculina na congregação”. Ela não diz: “Uma mulher não pode ensinar a não ser que esteja debaixo da autoridade dos presbíteros”. Antes, ela diz: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem” (1Tm 2.12).

Pode um pastor ou os presbíteros de uma igreja dar a uma mulher permissão para desobedecer a essa declaração da Escritura? Certamente que não! Pode uma mulher fazer o que a Bíblia diz que não faça e justificar isso dizendo: “Eu estou debaixo da autoridade dos presbíteros”? Nós diríamos que os presbíteros de uma igreja podem dizer às pessoas que estão “debaixo de sua autoridade” que eles têm permissão para desobedecer a outras passagens da Escritura?

O que pensaríamos de alguém que dissesse: “Eu vou roubar um banco hoje porque preciso de dinheiro e meu pastor me deu permissão, e eu estou debaixo da autoridade dele”? Ou uma pessoa que dissesse: “Eu estou cometendo adultério porque sou infeliz em meu casamento e meus presbíteros me deram permissão, assim estou debaixo da autoridade dos meus presbíteros”? Ou se alguém diz: “Eu estou fazendo um juramento falso porque não quero ir para a cadeia e meu pastor me deu permissão, e eu estou debaixo de sua autoridade”? Iríamos descartar essas declarações como ridículas, mas elas revelam o princípio geral de que nenhum pastor ou presbítero da igreja ou bispo, ou qualquer oficial da igreja, tem autoridade para dar permissão às pessoas para desobedecerem à Palavra de Deus.

Alguém poderia dizer: “Mas nós estamos respeitando o princípio geral bíblico da liderança masculina na igreja”. Mas Paulo não diz “respeitem o princípio geral da liderança masculina na igreja”. Ele diz: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem” (1Tm 2.12). Não temos o direito de mudar o que a Bíblia diz e então obedecer a algum novo “princípio geral da Bíblia” que nós inventamos.

Não temos também o direito de tomar um ensinamento específico da Escritura e abstrair dele algum princípio geral (como o princípio da “liderança masculina”) e então dizer que esse princípio nos dá o direito de desobedecer ao comando específico da Escritura que está na base desse princípio. Não somos livres para abstrair princípios da Bíblia do modo que quisermos, e então inventar opiniões sobre como esses princípios serão aplicados às nossas situações. Esse procedimento poderá permitir que pessoas evitem qualquer mandamento da Escritura com o qual se sintam desconfortáveis. Podemos nos tornar nossa lei e não mais nos submetermos à autoridade da Palavra de Deus.

Podemos tentar esse mesmo procedimento com algumas passagens. Consideramos ser correto dizer que a Bíblia ensina que os homens devem orar levantando mãos santas sem ira e sem animosidade, a não ser que briguem debaixo da autoridade dos presbíteros (1Tm 2.8)? Ou que as mulheres devem adornar-se com modéstia e com senso, a não ser que os presbíteros lhes deem permissão para vestirem-se indecentemente (1Tm 2.9)? Ou diríamos que aqueles que são ricos no presente século devem ser generosos e prontos para repartir, a não ser que os presbíteros lhes deem permissão para serem avarentos e míseros (1Tm 6.17-19)? Porém, se não devemos adicionar “a não ser que os presbíteros deem permissão para fazer diferente, debaixo da autoridade deles” para quaisquer dos mandamentos da Escritura, tampouco podemos acrescentar esse escape a 1Timóteo 2.12.

Se uma mulher diz: “eu irei ensinar a Bíblia a homens somente quando estiver debaixo da autoridade dos presbíteros”, ela não se torna diferente dos homens que ensinam a Bíblia. Nenhum homem na igreja deve ensinar a Bíblia publicamente a não ser que ele também esteja debaixo da autoridade dos presbíteros (ou pastor, ou outro oficial da igreja) naquela igreja. O princípio geral é que qualquer pessoa que ensine a Bíblia em uma igreja deve estar sujeita à autoridade estabelecida naquela igreja, seja um presbitério, seja um diácono ou o conselho da igreja. Tanto o homem quanto a mulher, da mesma forma, estão sujeitos a essa exigência. Portanto, após refletirmos, fica evidente que a posição “debaixo da autoridade dos presbíteros” afirma essencialmente que não há diferença entre o que os homens podem fazer e o que as mulheres podem fazer quanto ao ensino da Bíblia aos homens.

Será que realmente pensamos que isso era o que Paulo quis dizer? Pensamos realmente que Paulo não pretendeu dizer algo que fosse aplicado somente às mulheres quando disse: “E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem” (1Tm 2.12)?

Permitir a uma mulher que desobedeça 1 Timóteo 2.12 dizendo que ela está fazendo isso “debaixo da autoridade dos presbíteros” é estabelecer um precedente perigoso, dizendo, com efeito, que os líderes da igreja podem dar permissão às pessoas para desobedecer à Escritura. Esse é, portanto, outro passo ao liberalismo.

FONTE: Wayne Grudem. O Feminismo Evangélico: Um Novo Caminho para o Liberalismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2009. pp. 93-95


[i] De fato, o autor igualitarista J. Lee Grady rejeita essa ideia. Ele escreve no contexto de uma palestra sobre mulheres que têm ministério de pregação pública: “E, em muitos casos, os líderes têm inocentemente torcido vários versículos bíblicos que sugerem que o ministério público de uma só mulher pode ser válido se ela tiver cobertura apropriada de um homem que esteja presente” (J. Lee Grady. Ten Lies the Church Tells Women. [Lake Mary, FL.: Creation House, 2000], pág. 89).

[ii] Conselho sobre a Condição Bíblica do Homem e da Mulher – (N. do T.).

SALVE O 31 DE MARÇO!

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Texto do General José B. Queiroz
Por Maynard Marques de Santa Rosa
A esquerda brasileira tenta sepultar a memória do 31 de março, com o mesmo artifício revisionista que a esquerda francesa utilizou para esquecer o 18 Brumário.
Lá, a ameaça de volta do terror e o anseio por estabilidade criaram o consenso que erradicou a República e implantou o regime do Consulado, embora à custa das conquistas revolucionárias.
Aqui, o caos do desgoverno e a anarquia de inspiração ideológica, no início dos anos 1960, empurravam o País para o cenário da Guerra Civil Espanhola, tornando inevitável a intervenção militar.
A diferença é que o governo Castello Branco não tinha aspirações napoleônicas. E os jacobinos de lá eram nacionalistas, enquanto os daqui usavam o internacionalismo proletário para justificar o patrocínio estrangeiro.

Digam o que quiserem os revisionistas, a intervenção de 1964 veio com apoio popular, sob o consenso das forças políticas e respaldada no princípio constitucional de que “todo o poder emana do povo”.

Na França de 1799, seguiu-se o projeto de glória de um homem só. No Brasil, tomou corpo o ideal de uma geração de militares, iniciado com os “jovens turcos” que retornaram da Alemanha de Guilherme II, trazendo a inspiração de Kemal Ataturk, de que é possível reverter o atraso secular de um povo, quando se combinam patriotismo, espírito renovador e liderança. O tenentismo de 1930 ressurgiu, renovado, no projeto desenvolvimentista de 1964.

Graças ao planejamento estratégico, a economia teve um crescimento contínuo e sem precedente, durante vinte anos, a despeito da subversão comunista e das crises do petróleo de 1973 e 1978.

Uma liderança honesta e empreendedora, com um projeto nacional, reverteu as bases rurais da sociedade, consolidou a industrialização, integrou o País e resgatou a Amazônia da crise em que se debatia desde o colapso do mercado da borracha.

A redemocratização foi gradual e civilizada, conduzida sob o princípio da conciliação, consagrado no instituto da anistia. Aqui, não houve restauração sob a ameaça de forças estrangeiras. Entretanto, a politização que se seguiu trouxe de volta os atavismos da corrupção, da incompetência e da desarmonia.

A ausência de um projeto de futuro, após o ciclo revolucionário, deu espaço às políticas errantes de cunho populista que vêm transformando o Brasil em uma autarquia clientelista de fundo fascista.

A lei do progresso, porém, é inexorável. O despertar visível da juventude pensante trará a onda renovadora, que haverá de varrer a inércia atávica e as raízes ideológicas de desarmonia, fazendo raiar luminosas esperanças.

O marco histórico do 31 de março volta a suscitar nos corações patrióticos o apelo ao compromisso de união de todos em torno do ideal de um Brasil progressista, justo e fraterno, berço da liberdade e coração do mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

NÃO APOIO O "É VENTO GOSPEL" DO PR. SILAS

Depois que um amigo disse, hoje prestei atenção ao outdoor do "é vento gospel" ocorrido no último final de semana aqui em Recife. No pé do outdoor encontrava-se a seguinte informação: "Apoio: Igreja Evangélicas de Pernambuco". Então, faço saber:

1. Sr. Silas Malafaia, a Igreja Presbiteriana dos Guararapes, por mim pastoreada e federada à IPB, NÃO DEU APOIO ao seu "show gospel". Não fomos consultados sobre o que pensamos sobre o show oferecido. Logo, a sua informação está errada ou foi de má-fé. Deveria-se dizer: "Apoio: ALGUMAS igrejas evangélicas"

Ainda neste assunto, ficou notório, claro como a luz que alumia pelo sol do meio-dia, que nem mesmo a Assembleia de Deus de Pernambuco do Templo Central de Recife deu apoio ao seu show. À mídia local, a AD divulgou UMA DÚZIA DE CRUZADAS nos mais diversos bairros do Recife exatamente nos dias de sua presença aqui. Certamente que, DEZENAS de outras igrejas cristãs não deram apoio ao seu show. Portanto, na próxima ocasião não deixe de frisar isso: "Apoio: ALGUMAS igrejas evangélicas"

2. Sr. Silas Malafaia, se houve alguma igreja presbiteriana do Brasil, ISSO NÃO QUER DIZER QUE A IPB tenha apoiado. É uma decisão particular daquela igreja local. Porém, comprometedora, visto que em caso de associações religiosas deste tipo, onde mesclam-se neopentecostais com práticas espúrias à Sã Doutrina, como as últimas pregadas pelo sr., tais como "unção dos R$ 900,00", "semente de R$ 1000,00" com a promessa de "salvação da família inteira" para quem contribuir; "barganha com Deus" etc., etc.

Se o apoio foi apenas por ordem dos pastores das igrejas locais, não deveriam fazê-lo sem anuência de seus respectivos Conselhos, que têm, entre outras funções, "resolver caso de dúvida sobre DOUTRINA e PRÁTICA, para orientação da consciência cristã"(CI/IPB, art. 83, "n"). Se o Conselho deu anuência, o fez contrário às decisões da IPB quanto à relação de pastores e igrejas federadas à IPB com igrejas de práticas neopentecostais:

"Quanto ao documento 220: O SC/IPB-2010 RESOLVE: Determinar que ao ministro da IPB não lhe será permitido exercer seu pastorado em denominações neo-pentecostais, conforme o Art. 43 da CI/IPB, por contrariar o prescrito no Art. 33 dos Princípios de Liturgia da IPB"

Eles, se for o caso, aos estarem apoiando o seu show, vão contra as Resoluções de nossa amada IPB. O seu show tinha caráter litúrgico, não tinha? Então, eles, caso tenham se envolvido, erraram duas vezes:

"Determinar aos concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil que velem pela execução da liturgia reformada, conforme expressa nos Símbolos de Fé e Princípios de Liturgia adotados pela IPB, repelindo todas as práticas estranhas a eles, quer sejam elas “Neo-Puritanas” de restrição de genuínos atos litúrgicos, quer sejam de acréscimos de PRÁTICAS ANTROPOCÊNTRICAS 'NEO-PENTECOSTAIS'. ”(RESOLUÇÃO LXXVI – Quanto aos documentos 027, 028 e 229: O SC/IPB-2010 RESOLVE: 1. Referendar a decisão da CE-SC/IPB 2008, contida no documento 193: “CE-SC/IPB-2008 – Doc. CXCIII).

Se houve alguma igreja federada à IPB, também colocam-se contra a Assembleia Geral da IPB (Supremo Concílio) por apoiarem as práticas e doutrinas realizadas em seu show:

"SC - 1990 - DOC. CXXXI: Quanto ao Doc. 106, consulta do Sínodo Espírito Santo-Rio de Janeiro sobre “quais os ramos denominacionais que a IPB, considera reconhecidamente evangélicos”, documento advindo da CE-SC/IPB, o SC resolve: 1) Considerar como igrejas RECONHECIDAMENTE EVANGÉLICA TODAS QUE ACEITAM, PROFESSA E NORTEIAM suas vidas nos parâmetros da Reforma Protestante do Século XVI. 2) Recomendar que as Igrejas Presbiterianas encaminhem para classe de catecúmenos ou formação doutrinária os membros ou adeptos das igrejas ou seitas chamadas Pentecostais ou neo-pentecostais, antes de serem recebidos como membro"

O Sr. nem os que lhe apoiam correspondem ao exposto acima. O sr. já fez declarações estapafúrdias contra a Doutrina da Eleição, da Predestinação, contra o Sola Scriptura e outras doutrinas características da Reforma Protestante. Vocês NÃO SÃO PROTESTANTES. Se, digo SE, então, alguma igreja da IPB lhe deu apoio, mais uma vez estão contra a IPB. Lamentável.

3. Sendo assim, sr. Silas, nem eu ou meu Conselho apoiamos ou apoiam seu evento. Não estamos sem orientação. Antes, nossos pastores já orientaram-nos nesta e em outras questões. Portanto, NÃO DEI, NÃO DOU, NEM DAREI meu apoio aos seus shows, enquanto o Verdadeiro Evangelho de Cristo não for proclamado em tais associações.

Resolvi escrever este texto após o seu "é vento gospel" em razão antes não atinada quanto às implicações de seu outdoor. Como não dou a mínima para o que o sr. veio fazer aqui no Recife, então não atinei a isso. Falha minha. Deveria, e a partir de agora mais ainda, estar mais atento com os Lobos que chegam próximo ao Rebanho do Senhor a fim de devorar Suas Ovelhas.

Gaspar de Souza