segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ministério Pastoral: Um Caminho certo para ser Desonrado


Por Ed Welch[1]
 
Aqui está uma razão para você ser chamado ao ministério pastoral: as pessoas que você ama, não amarão você de volta – ao menos algumas delas não amarão você de volta. Elas dirão coisas totalmente horríveis sobre você. Por isso, é melhor você estar certo de que quer fazer isto. Uma coisa é ser humilhado pelo mundo em sua volta; outra coisa é ser humilhado por sua própria família eclesiástica por quem você está derramando o coração.

Ataques Pessoais
Esta é a pior característica do ministério pastoral. Todo pastor, a menos que ele esteja rodeado por outros que o protejam das críticas, tem dezenas de histórias de partir o coração. Tome o exemplo do pastor que recebe semanalmente cartas anônimas de um congregado que, alegando falar em nome de muitos outros, escreve dizendo que “ora todo dia para que você deixe a igreja”. As cartas são recortes de revistas e jornais de modo que eles olham assustados como uma ameaça de homicídio.

Mas existem algumas boas notícias. Você não está sozinho. Leia a Segunda Carta de Paulo aos Coríntios e tenha seu coração partido.

Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós? (2Co 3.1)

Recebei-nos em vossos corações (2Co 7.2)

Paulo plantou esta igreja do zero. Ele ficou com eles por um ano e meio, nunca foi um fardo para eles e seu amor por eles estava em constante exposição.

A resposta deles? “Quem é este Paulo, de qualquer jeito, especialmente comparados com aqueles maravilhosos pregadores itinerantes articulados que nos visitam? Sigamos alguém que tenha aqueles dons abertamente e que pode acrescentar status lutando em nossa congregação. Sigamos alguém que ‘tenha visão’”. Eles ansiavam por um guru espiritual que se encaixasse no perfil mundano de um “ativista influente”

Os Sofrimentos de Cristo
Pastor, isto deve incentivá-lo. Paulo está tanto identificando sua experiência em Corinto, como profetizando que pastores que segui-lo compartilharão de suas experiências. Sua lógica é simples: Jesus foi abandonado e traído pelos que estavam próximos a ele, então deveríamos esperar algumas daquelas vergonhas no moderno ministério pastoral. Conhecendo isto, sua confiança na Escritura cresce e você pode realmente tornar-se mais ousado frente às adversidades. Quando as Escrituras reformulam suas dificuldades e lembram que você está seguindo os passos do seu Messias, você se sente quase indigno.

Isto não isenta as coisas desrespeitosas que os congregados dizem. Tal desrespeito é um mal pernicioso que podemos deixar para outro dia. Neste ponto, por favor, seja encorajado que você está experimentando algo do transbordar natural dos sofrimentos de Jesus, o que significa que você é honrado. Aqueles que desonram a você são aqueles que serão chamados a prestar contas.



[1] Edward T. Welch, (M.Div., Ph.D) é um Conselheiro e Membro do Corpo Docente da CCEF. Obteve seu Ph.D em Aconselhamento (Neuropsicologia) pela Universidade de Utah e seu Mestrado em Teologia pela Biblical Theology Seminary. Ed Welch tem sido Conselheiro por mais de 30 anos e escreveu extensivamente sobre os tópicos: depressão, medos e vícios. Seus livros incluem: When People Are Big and God is Small; Addictions: A Banquet in the Grave; Blame it on the Brain; Depression—A Stubborn Darkness; Running Scared; Crossroads: A Step-by-Step Guide Away From Addiction; and When I Am Afraid: A Step-by-Step Guide Away from Fear and Anxiety.