quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Islamistas visam cristãos 'onde quer que possam pegá-los'

Antes do Artigo abaixo, é bom que se saiba que a perseguição contra Cristãos em todo o mundo, principalmente no mundo islâmico é OMITIDA POR TODOS OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO no Brasil. A Mídia no Brasil é antissemita e anticristã e não apresentará como os Cristãos sofrem nas mãos dos Mulçumanos. Abaixo está um quadro de fotos de centenas de mulheres cristãs que foram sequestradas e que são estupradas por "mulçumanos" numa onda de crimes no Egito em 2008. Estas mulheres nunca mais foram encontradas. Você pode encontrar mais informações aqui. Agora, leia a matéria abaixo e divulgue o quanto puder.
Notícias Faltantes - Perseguição Anticristã

É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Em 2006, quando o Papa Bento XVI citou a História, considerada pouco lisonjeira ao Islã, cristãos por todo o mundo islâmico pagaram o preço: seguiram-se distúrbios anticristãos, igrejas foram queimadas e uma freira foi assassinada na Somália. Isto, naquela ocasião. Dias atrás, quando um cristão egípcio foi acusado de namorar uma muçulmana, vinte e duas casas de cristãos foram incendiadas aos gritos de "Allah Akbar." Há incontáveis outros exemplos de um grupo de cristãos no mundo muçulmano sendo punidos em resposta a outros cristãos.

Na verdade, o recente massacre em Bagdá, no qual islamistas invadiram uma igreja durante a missa, matando mais de cinqüenta fiéis cristãos, foi uma "resposta" à Igreja Cristã Copta do Egito, que os islamistas acusam de seqüestrar e torturar muçulmanas para que se convertam ao Cristianismo (mesmo que a bem-documentada realidade no Egito seja que os muçulmanos seqüestram regularmente e obrigam as cristãs a se converterem ao Islã). Além disto, os islamistas filiados à al-Qaeda que perpetraram o massacre na igreja de Bagdá ainda ameaçaram os cristãos do mundo todo:

Todos os centros, organizações e instituições, líderes e seguidores cristãos são alvos legítimos para os mujahedeen (combatentes da fé) onde quer que eles possam pegá-los... Estes idólatras [os cristãos do mundo] e, à sua frente, o tirano alucinado do Vaticano [o Papa Bento 16], sabem que a espada assassina não será erguida do pescoço de seus seguidores enquanto eles não declararem sua inocência em relação ao que o cão da Igreja Egípcia está fazendo.

É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Este fenômeno - atacar um grupo de cristãos ou não-muçulmanos em geral, em resposta a outro - tem suas raízes na lei islâmica. O Pacto de Omar, um texto fundador para o tratamento dos dhimmis (i.e., não-muçulmanos que se recusaram a se converterem depois que suas terras foram tomadas pelo Islã) deixa isto claro. As conseqüências da quebra de qualquer uma das condições debilitantes e humilhantes que os cristãos eram obrigados a aceitar a fim de terem algum grau de compromisso por parte estado muçulmano - incluindo coisas como ceder seus assentos aos muçulmanos, como um sinal de "respeito" - eram claras: "Se violarmos de qualquer forma as promessas das quais nós mesmos somos a fiança, nós abandonamos nossa aliança [dhimma], e nos tornamos sujeitos às penalidades por contumácia e sedição [ou seja, ficam vistos como infiéis "desprotegidos" e assim expostos ao mesmo tratamento, incluindo a escravidão, a rapina e a morte.]"

Além do mais, as ações do indivíduo afetam o grupo inteiro - daí o componente da condição de "refém" (todo mundo está sob ameaça para assegurar que todo mundo se comporte). Como Mark Durie aponta, "Mesmo uma ruptura por parte de um só dhimmi individual pode resultar na jihad sendo empreendida contra toda a comunidade. Os juristas muçulmanos deixam claro este princípio. Por exemplo, o jurista iemenita al-Murtada escreveu que "O fato de que um só indivíduo (ou um só grupo) entre eles quebrou o estatuto é o bastante para invalidá-lo para todos eles." (A terceira escolha, p.160).

Este princípio, de que as ações de um só afetam a todos, é regularmente posto em prática no Egito. De acordo com o bispo Kyrillos, "toda vez que há um rumor de um relacionamento entre um copta e uma moça muçulmana [o que é proibido, na lei islâmica] toda a comunidade copta tem que pagar o preço: 'Isto aconteceu em Kom Ahmar (Farshout), onde 86 imóveis da propriedade de coptas foram incendiados; em Nag Hammadi, onde fomos mortos e além de do mais, eles incendiaram 43 casas e lojas; e agora na vila de Al-Nawahed, só porque um rapaz e uma moça estavam caminhando lado a lado na rua, o lugar inteiro é destruído." [O blog Dextra falou sobre este último caso aqui].

Pior: na medida em que o mundo continua a encolher, os cristãos indígenas do mundo muçulmano passam a se confundir com seus correligionários livres do Ocidente: a percepção que se tem destes afeta o tratamento daqueles; raça ou geografia não importam mais; a religião em comum os torna todos responsáveis uns pelos outros. Um dhimmi é um dhimmi é um dhimmi.

Além do massacre na igreja de Bagdá, por exemplo, os cristãos do Iraque são há muito visados "devido a seus laços religiosos com o Ocidente... os cristãos foram particularmente visados com ataques a bomba a igrejas e tentativas de assassinato devido a uma percepção que havia de uma associação com as intenções das forças de ocupação." Não surpreende que mais da metade da população dos cristãos do Iraque emigrou do país desde que os Estados Unidos derrubaram o regime de Saddam.

Os precedentes deste fenômeno são abundantes. Enquanto que os coptas de hoje são citados como a razão por trás do massacre dos cristãos iraquianos, há quase um milênio atrás os coptas eram massacrados quando seus correligionários ocidentais - os cruzados - faziam incursões nos domínios do Islã. Mais uma vez, a lógica era clara: "vamos punir estes cristãos porque nós podemos, em resposta àqueles cristãos".

Deve-se observar que esta atitude aplica-se a todos os grupos não-muçulmanos - judeus, hindus, budistas, etc.- vivendo em meio a maiorias muçulmanas. Entretanto, como os cristãos são a minoria infiel mais visível no mundo islâmico, a maioria dos exemplos modernos os envolve. Os coptas são especialmente visados porque constituem o maior bloco cristão no Oriente Médio. (Séculos antes das conquistas muçulmanas, o Egito era um pilar do Cristianismo e pode-se dizer que Alexandria era igual a Roma em autoridade. O resultado é que, após séculos de perseguição, ainda há uma presença cristã visível no Egito - para grande pesar dos islamistas.)

Tratar as minorias não-muçulmanas como reféns pode até ter conseqüências não-intencionais. De acordo com a autora judia Vera Saeedpour, o governo turco pressionou a diplomacia israelense, inclusive ameaçando "as vidas e os meios de subsistência dos 18 mil judeus" na Turquia:

Na primavera de 1982, quando os judeus planejaram uma Conferência Internacional sobre o Genocídio, em Tel Aviv, eles convidaram os armênios para participarem. Ancara protestou. O governo israelense agiu rapidamente para fazer os organizadores cancelarem o convite, insistindo em que a conferência ameaçaria "o interesse humanitário dos judeus." O New York Times explicou o que significava "interesse humanitário". Os organizadores ouviram do governo israelense que a Turquia pretendia cortar relações diplomáticas e tinha ameaçado "as vidas e os meios de subsistência dos 18 000 judeus" no país (NYT, 03/06/82 e 04/06/82). Para fazer a mensagem ser ouvida, Ancara até mandou uma delegação de judeus de Istambul, que alertaram que eles poderiam estar em risco se a conferência incluísse armênios. O responsável pela conferência, Elie Wlesel, foi primeiro citado como tendo dito: "Não vou discriminar os armênios, não vou humilhá-los." Depois, citando ameaças às vidas dos judeus na Turquia, ele deixou o posto.

Tudo isto é um lembrete de que um outro aspecto ainda da doutrina e história islâmicas - a ser acrescentada à jihad, taqiyya, wala wa bara, etc. - está viva e passa bem no século 21. Tratar um grupo de não-muçulmanos como reféns, para serem maltratados como forma de retaliação a seus correligionários - longe ou perto, individual ou coletivamente - é só mais uma tática para obter poder sobre os infiéis.

Raymond Ibrahim é diretor associado do Middle East Forum, autor de The Al Qaeda Reader, e palestrante convidado junto ao National Defense Intelligence College.

Tradução: Dextra

Fonte: MSM

MOISÉS: MITO OU HISTÓRIA?

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Figura 1 – Moisés (Fonte: www.bipolar-stanscroniclesandnarrative.blogspot.com)

A vida de moisés foi sempre cercada de tremendas manifestações do poder de Deus. A sarça ardente, as pragas do Egito, a visão de Deus pelas costas e a passagem pelo Mar Vermelho foram acontecimentos tão fantásticos que os críticos não tiveram outra reação a não ser seguir o caminho natural da dúvida: negar sua historicidade. Algumas descobertas, no entanto, têm jogado por terra as teorias revisionistas do Êxodo.

Um dos primeiros motivos encontrados pelos céticos para duvidar do relato bíblico era o fato de que a história de Moisés sendo salvo do rio Nilo parecia-se muito com a saga de outros heróis da antiguidade. O mito de Sargão I, o grande rei de Acade, é um bom exemplo. Ele governou Babilônia na segunda metade do 3° milênio a.C. e foi um personagem legitimamente histórico, mas com um surpreendente começo de vida.

A semelhança entre o relato de seu nascimento e a narrativa bíblica acerca de Moisés é tão evidente que alguns concluem não se tratar de mera coincidência. Vejamos um trecho do texto encontrado em duas cópias neo-assírias incompletas e um fragmento neo-babilônico que estavam entre os tabletes desenterrados na região do Iraque:

“Sargão, o rei poderoso, rei de Agadé [Acade] eu sou,

minha mãe era uma alta sacerdotisa [alguns traduzem: “minha mãe era humilde”] e meu pai não tive oportunidade de conhecer.

O irmão de meu vivia [ou amava] as montanhas.

Minha cidade é Azupiranu, que está situada na ribeira do Eufrates.

Minha mãe, a alta sacerdotisa [ou: “a humilde”], me concebeu, em secreto me deu à luz.

[Ela] me colocou num cesto de juncos e fechou a tampa com betume.

[Ela] me colocou no rio [Eufrates] que não me submergiu.

O rio me levou boiando até Akki, o regador das águas”[1]

Até recentemente muitos entendiam que esse mito seria o texto original que inspirou os escribas judeus a criarem a lenda de um herói hebreu. Afinal, é fato conhecido que, em 587 a.C., os judeus foram levados cativos para a Babilônia. Ali, eles poderiam ter conhecido a história de Sargão, que foi acrescentada à história de Moisés após o fim do cativeiro em 537/6 a.C.[2]

Mas, se provássemos que a história original não vem da Babilônia e sim do Egito, isso mudaria tudo. Afinal, se o texto bíblico for o reflexo de um mito babilônico, este deverá ser obrigatoriamente o direcionador literário de seu conteúdo. Logo, devemos ir direto ao texto hebraico e descobrir que cultura está por detrás de sua trama, a babilônica ou a egípcia.

Respondendo a essa problemática textual, o egiptólogo James K. Hoffmeier, da Trinity International University (Illinois, EUA), demonstrou numa pesquisa recente que, ao contrário do que se esperava, o pano de fundo do Êxodo não é nem de longe, um reflexo das mitologias babilônicas. [3] Seu texto original encontra-se permeado de antigos termos técnicos egípcios que não faziam parte do vocabulário hebraico, muito menos do babilônico usado após o exílio.

Palavras-chave da trama como “cesto”, “junco”, “papiro”, “linho”, “ribeira”, etc. são inquestionavelmente egípcias e não era de se esperar que um escriba judeu do cativeiro as conhecesse tão bem. Elas só podem ter sido escritas por alguém que morou nas cercanias do Nilo num período muito anterior ao 6° século a.C.

De todas as palavras, no entanto, nenhuma oferece maior pista do que o nome do herói em si. Moisés, longe do que deveria ser, caso se tratasse de uma lenda semita, não é um nome hebraico, mas egípcio. Sua raiz está nos verbos: ms-n, bible-archeology-exodus-tuthmosis-III-cartouche_nameque significa “nascer ou nascido de”, e ms(i), que quer dizer “gerar, dar àluz a”.[4]

Hoje a maioria dos historiadores reconhece o antigo costume egípcio de colocar nas crianças nomes reais em homenagem aos deuses. Assim, os nomes dos nobres eram, em geral, a junção de um verbo (geralmente o verbo ms-n = nascer) e do nome de uma divindade. Entre os apelidos desse tipo poderíamos mencionar:

  • AHMOSE = “nascido do deus lua Ah”
  • RAMOSE = “nascido do deus sol Rá”
  • TUTMÉS = “Thot, outra forma do deus lua, nasceu”
  • PTAHMOSE = “Ptah, o deus criador, nasceu”

Veja como o mesmo símbolo para nascimento aparece nos cartuchos hieroglíficos contendo, por exemplo, o nome de Tuthmose III:

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Figura 2 – Cartucho do Faraó Tutmoses III (Fonte: Bible.ca/archaeology)

Siegfried Júlio Schwantes deduz que a “omissão do nome de uma divindade egípcia no nome de Moisés explica-se provavelmente pelo fato de que ele renunciou ao culto idólatra quando atingiu a maioridade”[5], por isso seu nome ficou sendo apenas “mose” (Moisés) sem o complemento divino que talvez existiu na infância. Essa é realmente uma sugestão bastante plausível, levando-nos a crer que originalmente o líder hebreu teria um deus egípcio acoplado a seu nome, mas renunciou a esse complemento ao fugir para o deserto. Quem sabe esse deus não poderia ser o próprio Hapi, deus do Nilo, de modo que seu nome original fosse Hapimose com o sentido próprio de “nascido do Nilo”? É claro que se trata de uma conjectura e a Bíblia nada diz a este respeito, mas, sabemos por outras passagens que houve homens e mulheres que mudaram seu nome ao aceitar a missão dada por Deus. Abrão (que passou a ser Abraão) é um caso clássico.

Seja como for, o fato do texto correlacionar o nome de Moisés (em hebraico Mosheh) com o sentido de “tirado das águas” (Êxodo 2:10) ainda não pode ser explicado com absoluta certeza. Flávio Josefo, historiador judeu do 1° século, informava que Mo era o nome egípcio para o Nilo e uses uma designação, também egípcia, para qualquer coisa que fora “retirada de algum lugar”. Assim, Moisés significaria “retirado do Nilo”.[6] A dificuldade, porém, com essa exposição é que desconhecemos se hoje as fontes filológicas de Josefo. O que se sabe é que no panteão Egípcio, o Nilo, como já dissemos, era denominado Hapi, embora correntemente era também chamado Itru’y ou, mais tarde, Itru. A meu ver, outra hipótese para explicar a etimologia do nome seria presumir uma aproximação fonética do hebraico Mosheh com os substantivos egípcios msw (manancial) e mw (água), mas o jogo de palavras ainda seria desconhecido.

Não obstante tais dificuldades etimológicas, devemos lembrar que colocar crianças em rios e deixá-las à sorte da providência divina não era algo tão incomum no mundo antigo. O caso de Rômulo e Remo, ainda que lendário, está aí para confirmar, pelo menos, a existência de uma prática que talvez explique o porquê de haver outras histórias semelhantes à Moisés. Os rios geralmente eram locais tão sagrados quanto os templos e as montanhas. Assim, deixar uma criança ali, na esperança de que os deuses cuidassem dela, não parece algo difícil de acontecer. No caso da mãe de Moisés, está claro que seu intuito era fazer com que a filha de Faraó encontrasse o cesto e pegasse amor no menino. Hoje sabemos de muitas mães que abandonam seus filhos nas portas de igrejas e conventos, pois o ambiente religioso oferece segurança para seu estranho ato. Naquela época eram os rios sagrados que desempenhavam esse papel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  1. ANET, p. 119.
  2. Francis D. Nichol, ed., Seventh-day Adventist Bible Comentary (Washington, DC: Review and Herald, 1977), v. 3, p. 97. Nas próximas referências apenas SDABC.
  3. James K. Hoffmeier, Israel in Egypt: The evidence for the authenticity of the exodus tradition. (Nova York: Oxford University Press, 1996), p. 136-140.
  4. Nossa transliteração do egípcio segue a de Mark Collier e Bill Manley, How to read egyptian hieroglyphs (Londres: The British Museum Press, 2002), p. 154.
  5. Siegfried Júlio Schwantes, Arqueologia (Itapecerica da Serra, SP: Seminário Adventista Latino-americano de Teologia, 1988), p. 28.
  6. Flavio Josefo, Antiguidades judaicas 2.9, 6, em W. Whiston, Josephus: complete works (Grand Rapids: Kregel, 1985), p. 57.

Extraído na íntegra, exceto as imagens, de:

SILVA, Rodrigo P. Escavando a verdade: A arqueologia e as incríveis histórias da Bíblia. Casa Publicadora Brasileira, 2007, p. 93-96.


Fonte: Ciência da Criação (Hugo Hoffmann)

sábado, 25 de dezembro de 2010

A ENCARNAÇÃO E O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO

Por Charles Haddon Spurgeon, (Nº 57 -Pregado na manhã de domingo, 23 de Dezembro, 1855, em New Park Street Chapel, Southark – Londres.)


"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miquéias 5:2

Essa é a época do ano quando, querendo ou não, estamos obrigados a pensar no nascimento de Cristo. Considero que é uma das coisas mais absurdas debaixo do céu pensar que existe religião quando se guarda o dia de Natal. Não há nenhuma probabilidade de que nosso Salvador Jesus Cristo tenha nascido nesse dia, e a observância dele é puramente de origem papal - sem dúvida os que são católicos tem o direito de reivindicar-lo - mas não posso entender como os protestantes consistentes podem ter-lo de alguma maneira como sagrado. No entanto, eu desejaria que houvesse dez ou doze dias de Natal ao ano – porque há suficiente trabalho no mundo e um pouco mais de descanso não faria mal ao povo trabalhador.

O dia de Natal é realmente uma benção para nós, particularmente porque nos congrega em redor da lareira de nossas casas e nos reunimos uma vez mais com nossos amigos. No entanto, ainda que não seguimos os passos de outras pessoas, não vejo dano algum em pensarmos na encarnação e no nascimento do Senhor Jesus. Não queremos ser classificados entre aqueles que:

"Colocam mais cuidado em guardar o dia de festa
de maneira incorreta Que o cuidado que outros têm para guardar-lo de maneira correta"

Os antigos puritanos faziam ostentação do trabalho no dia de Natal, só para mostrar que protestavam contra a observação desse dia. Mas nós cremos que protestavam tão radicalmente, que desejamos como descendentes seus aproveitar o bem acidental conferido há esse dia, e deixar que os supersticiosos sigam com suas superstições.

Vou de imediato ao ponto que tenho que comentar-lhes. Vemos, em primeiro lugar, quem foi o que enviou Cristo. Deus o Pai fala aqui, e diz: "de ti me sairá o que governará em Israel." Em segundo lugar, de onde veio no momento de Sua encarnação? Em terceiro lugar, para que veio? "Para governar em Israel". Em quarto lugar, já tinha vindo antes? Sim, já o tinha feito. "cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."

I. Então, em primeiro lugar, QUEM ENVIOU CRISTO? A resposta nos é dada pelas próprias palavras do texto: "De ti", diz o Senhor, falando pela boca de Miquéias, "de ti me sairá." É um doce pensamento que Jesus Cristo não veio sem a permissão, autoridade, consentimento e ajuda de seu Pai. Foi enviado pelo Pai para ser o Salvador dos homens. Ai! Estamos inclinados a esquecer que, se é certo que existe distinções enquanto às Pessoas da Trindade, não existe distinção no que toca a honra – e frequentemente atribuímos a honra de nossa salvação, ou pelo menos as profundidades de Sua misericórdia e o extremo de Sua benevolência, muito mais a Jesus Cristo do que ao Pai. Esse é um grande erro. Jesus veio? Por acaso o Pai não foi quem o enviou? E se foi convertido em um bebê, acaso não foi o Espírito Santo que o gerou? Se falou maravilhosamente, não teria sido o Pai que derramou graça em Seus lábios, para que fosse um capacitado ministro do novo pacto?

Se Seu Pai o abandonou quando tomou a amarga copa de fel, acaso não o amava? E depois de três dias, não Lhe levantou dos mortos e O recebeu no alto, levando cativo o cativeiro? Ah, amados irmãos, quem conhece ao Pai, o Filho, e o Espírito Santo como deveria conhecer-lhes, nunca coloca Um em detrimento do Outro – não está mais agradecido a Um do que com Outro – Vê a Eles todos em Belém, em Getsemani e no Calvário, Todos igualmente envolvidos na obra de salvação. "De ti me sairá." Oh cristãos, têm colocado sua segurança unicamente Nele? E, está unido a Ele? Então, deve crer que está unido ao Deus do céu – posto que vocês são irmãos do homem Cristo Jesus, e têm uma íntima relação com Ele, então, por essa razão, estão ligados ao Deus eterno, e "o Ancião de dias" é Pai e amigo de vocês. "De ti ME sairá"

Por acaso você nunca viu a profundidade do amor que havia no coração do Senhor, quando Deus Pai preparou Seu Filho para a grandiosa empreitada de misericórdia? No céu, houve um triste dia quando Satanás caiu, e levou consigo um terço das estrelas do céu, quando o Filho de Deus, lançado de Sua grandiosa destra dos trovões onipotentes, lançou o grupo rebelde ao fosso de perdição – porem, se pudéssemos conceber uma pena no céu, deve ter sido num dia mais triste quando o Filho do Altíssimo deixou o seio de Seu Pai, onde havia descansado desde antes de todos os mundos. "", disse o Pai, "com a benção de teu Pai sobre Tua cabeça!" Logo vem o despojar de seus vestidos. Como os anjos se reúnem em volta, para ver ao Filho de Deus tirar suas vestes! Colocou de um lado Sua coroa - disse "Pai, eu sou Senhor de tudo, bendito para sempre – porem, vou deixar minha coroa de lado, e serei como os homens mortais." Despoja-se de sua brilhante veste de glória – "Pai," diz "colocarei uma roupa de barro, da mesma que os homens usam." Logo, se despe de todas Suas jóias com as quais era glorificado – coloca de lado Seus mantos bordados de estrelas e suas túnicas de luz, para vestir-se com a simples roupa do campesino da Galiléia. Quão solene deve ter sido esse despojar!

Em seguida, podem imaginar a separação? Os anjos servem ao Salvador ao largo das ruas, até que se aproximam das portas, quando um anjo exclama: "Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e sairá o Rei da Glória." Oh! Sou do parecer que os anjos devem ter chorado quando perderam a companhia de Jesus – quando o Sol do Céu lhes arrebatou toda Sua luz. Porem, o seguiram. Desceram com Ele – e quando Seu espírito entrou na carne, e se converteu em bebê, foi servido por esse poderoso exército angelical - esses que depois de terem estado com Ele no casebre de Belém, e depois de ver-lhe descansar no peito de Sua mãe, em seu caminho de volta ao alto, apareceram para os pastores e disseram para eles que tinha nascido o Rei dos judeus. O Pai o enviou! Contemplem esse tema. Suas almas devem se agarrar nesse ponto, e em cada período de Sua vida pensem que Ele sofreu o que o Pai assim quis – que cada passo de Sua vida foi marcado com a aprovação do grandioso EU SOU. Cada pensamento que tenham sobre Jesus deve estar conectado com o Deus eterno, sempre bendito; pois "Ele," disse o Senhor, "ME sairá." Então, quem o enviou? A reposta: o Pai.

II. Agora, em segundo lugar, DE ONDE VEIO? Uma palavra ou duas relativas à Belém. Foi considerado bom e adequado que nosso Salvador nascesse em Belém, e isso devido à história dessa cidade, ao nome de Belém, e a posição de Belém: pequena em Judá

1) Em primeiro lugar, considerou-se que Cristo nascesse em Belém, devido à história de Belém. A pequena aldeia de Belém era muito querida para todo israelita. Jerusalém podia brilhar mais que ela em esplendor, pois ali estava o Templo, a glória de toda a terra, e "formosa província, o gozo de toda terra, é o Monte Sião" – no entanto, em torno de Belém aconteceu um número de incidentes que a converteram para sempre em um lugar agradável de descanso para mente de cada judeu. Até mesmo o cristão não pode deixar de amar Belém.

Creio que a primeira menção que temos de Belém é triste. Ali morreu Raquel. Se buscarem no capítulo 35 de Gênesis, encontrarão que o versículo 16 diz:

Partiram de Betel; e havia ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Raquel, e ela teve trabalho em seu parto. E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás. E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim. Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém. E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje. (Genesis 35:16-20)

Esse é um incidente singular: quase profético. Não teria podido Maria ter chamando a seu próprio filho Jesus de seu Benoni? Pois ele ia ser "o filho de minha dor."

Simão lhe disse: (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. (Lucas 2:35) Mas, ainda que ela podia ter-lhe chamado Benoni, como Deus seu Pai o chamou? Benjamim, o filho de minha mão direita – Benjamim enquanto a Sua divindade. Esse pequeno incidente parece ser quase uma profecia que Benoni: Benjamim, o Senhor Jesus, devia nascer em Belém

Porem, outra mulher faz esse lugar celebre. O nome dessa mulher era Noemi. Ali em Belém, em dias posteriores, viveu essa mulher ,de nome Noemi, quando talvez a pedra que o amor de Jacó por Raquel tinha levantado já estivesse coberta pelo musgo e sua inscrição talvez já borrada pelo tempo. Ela também foi uma filha de gozo, mas também foi uma filha de amargura. Noemi foi uma mulher que o Senhor tinha amado e abençoado, mas ela teve que marchar a uma terra estranha; e ela disse: "Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso" (Rute 1:20) No entanto, ela não estava sozinha em meio de todas suas perdas, pois agarrou-se a ela Rute, a moabita, cujo sangue gentil devia se unir com a torrente pura e sem mancha do judeu, que devia gerar ao Senhor nosso Salvador, o grandioso Rei tanto dos judeus como dos gentios.

O belíssimo livro de Rute tinha todo seu cenário em Belém. Foi em Belém que Rute saiu a recolher espigas nos campos de Boaz; foi ali que Boaz a olhou, e lá que ela se prostrou em terra diante de seu senhor; foi ali que foi celebrado seu matrimonio, e nas ruas de Belém, Boaz e Rute receberam uma bênção que os fez frutíferos, de tal forma que Boaz converte-se no pai de Obede, e Obede pai de Jessé, e Jessé gerou a Davi. Esse último feito cinge Belém com glória: o fato de Davi ter nascido ali – o poderoso herói que matou ao gigante filisteu, que livrou aos descontentes de sua terra da tirania de seu monarca, que depois, com pleno consentimento de um povo que assim o queria, foi coroado rei de Israel e de Judá.

Belém era uma cidade real, porque reis foram gerados ali. Ainda que Belém fosse pequena, tinha muito para ser estimada – porque era como certos principados que temos na Europa, que não são celebrados por nada a não ser terem gerado consortes das famílias reais da Inglaterra. Era um direito, então, pela história, que Belém devia ser o lugar do nascimento de Cristo.

2) Mais adiante, existe algo no nome do lugar. "Belém Efrata." A palavra "Belém" tem um duplo significado: quer dizer "casa de pão," e "casa da guerra." Cristo não devia nascer na "casa do pão?" Ele é o pão de seu povo, de Quem recebe seu alimento. Como nossos pais comeram o maná no deserto, assim nós vivemos de Cristo aqui embaixo. Famintos frente ao mundo, não podemos alimentar-nos de suas sombras, pois eles são porcos; já nós precisamos de algo mais substancial, e nesse pão do céu, feito do corpo ferido de nosso Senhor Jesus, e cozido no forno de Suas agonias, encontramos um bendito alimento. Não existe alimento como Jesus para a alma desesperada ou para o mais forte dos santos. O mais humilde da família de Deus, vá a Belém por seu pão – e o homem mais forte, que come sólidos alimentos, vá a Belém por eles.

Casa do Pão! De onde poderia vir nosso alimento fora de Ti? Temos provado ao Sinai, porem em seus picos afiados não crescem frutos, e suas alturas espinhosas não produzem o trigo que possa alimentar-nos. Fomos ao próprio Tabor, onde Cristo foi transfigurado, e, no entanto, ali não fomos capazes de comer Sua carne e beber Seu sangue.

Porem, você, Belém, casa de pão, corretamente foi nomeada – pois ali se lhe deu ao homem pela primeira vez o pão da vida. E também é chamada "a casa da guerra;" porque Cristo é para os homens "casa do pão", ou do contrário, "casa da guerra." Enquanto Ele é alimento para o justo, faz guerra ao ímpio, segundo Sua própria palavra: "Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares." ( Mateus10:34-36)

Pecador! Se não conheces Belém como "a casa do pão", então ela será para ti uma "casa de guerra." Se nunca bebes o doce mel dos lábios de Jesus – se não és como a abelha que sorve do delicioso e doce licor da Rosa de Saron, então, dessa mesma boca sairá uma espada de dois gumes contra ti – e essa mesma boca da quão os justos sacam seu pão, será para ti a boca da destruição e a causa de teu mal.

Jesus de Belém, casa de pão e casa de guerra, nós confiamos em que lhe conhecemos como nosso pão. Oh, que alguns que não estão em guerra Contigo possam ouvir em seus corações, assim como em seus ouvidos, o hino:

"Paz na terra, e indulgente
Misericórdia;
Deus e os pecadores reconciliados."

Agora, vamos nos referir a essa palavra: "Efrata". Esse era o antigo nome do lugar, que os judeus conservavam e amavam. Seu significado é "Fecundidade" ou "abundância" Ah! Que adequado foi que Jesus nascera na casa da fecundidade – pois, de onde vem minha fertilidade e sua fertilidade, meu irmão, senão de Belém? Nossos pobres corações infrutíferos nunca produziram nenhum fruto, nenhuma flor, até que foram regados com o sangue do Salvador.

É a sua encarnação que enriquece o solo de nossos corações. Por toda terra havia espinhas salientes, e venenos mortais, antes que Ele viesse – porem nossa fertilidade vem Dele. "Sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto." (Oséias 14:8) "todas as minhas fontes estão em ti." (Salmo 87:7) Se nós somos como arvores plantadas junto à corretes de águas, dando fruto na estação própria, não é porque tenhamos sido naturalmente frutíferos, mas antes, por causa das correntes de águas juntos as quais fomos plantados.

Jesus é que nos faz fecundos. "Quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto" (João 15:5) Gloriosa Belém Efrata! Bem nomeada! Fértil casa de pão – a casa de abundante provisão para o povo de Deus!

3) Continuando, notemos a posição de Belém. É dito que é "pequena para estar entre as famílias de Judá." Por que é dito isso? Porque Jesus Cristo sempre vai em meio dos pequenos. Ele nasceu na pequena aldeia "para estar entre as famílias de Judá." Não na alta colina de Basã, nem no monte real de Hebron, nem nos palácios de Jerusalém, mas sim na humilde, porem ilustre, aldeia de Belém.

Há uma passagem em Zacarias que nos ensina uma lição: diz que um varão que cavalgava sobre um cavalo vermelho, estava entre as murtas que estavam na baixada. (Zacarias 1:8-10) Agora, as murtas crescem nas baixadas – e o homem cavalga seu cavalo sempre trota ali. Ele não vai por cima da montanha – Ele cavalga entre os humildes de coração. "Olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." (Isaías 66:2)

Há alguns pequenos entre nós hoje: "pequena para se achar entre os milhares de Judá." Ninguém escutou antes o nome de vocês, não é verdade? Se os enterram e escrevem seus nomes em suas tumbas, passariam despercebidos. Os que passassem ali diriam: "esse não significa nada para mim: nunca o conheci."

Não sabe muito de si próprio, nem possui uma grande opinião sobre você mesmo – talvez a duras penas possa ler. Ou, se têm algumas habilidades e talentos, é desprezado pelos homens – ou, se não é depreciado por eles, você se despreza a si próprio. É um dos pequenos. Bem, Cristo sempre nasce em Belém entre os pequeninos. Cristo nunca entra nos grandes corações – Cristo não habita nos grandes corações, mas nos pequeninos. Os espíritos poderosos e orgulhosos nunca têm a Jesus Cristo, pois Ele entra por portas baixas, e nunca entrará por portas altas e elevadas.

Quem tem um coração quebrantado, e um espírito humilhado, terá ao Salvador, e ninguém mais. Ele não cura nem ao príncipe nem ao rei, mas sim, mas "ele sara aos quebrantados de coração e ata-lhes suas feridas" (Salmo 147:3). Que doce pensamento! Ele é o Cristo dos pequeninos. "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel."

Não podemos abandonar esse ponto sem outro pensamento aqui, quão maravilhosamente misteriosa foi essa providência que trouxe a mãe de Jesus Cristo para Belém, no mesmo momento que ia dar a luz! Seus pais moravam em Nazaré – e com que motivo teriam desejado viajar nessa hora? Naturalmente, teriam ficado em casa – não é nada provável que sua mãe teria feito uma viagem a Belém encontrando-se nessa condição especial. Porem, Augusto César promulga um edito que todo o mundo deve ser recenseado. Muito bem, então que sejam recenseados em Nazaré. Não – agradou a Ele que todos deveriam ir para Sua cidade. Mas, por que Augusto pensou nisso precisamente nesse momento em especial? Simplesmente porque enquanto o homem pensa seu caminho, o coração do rei está nas mãos do SENHOR. (Provérbios 21:1)

Mil variáveis se relacionaram entre si, como diz o mundo, para produzir esse evento! Antes de tudo, César tem uma disputa com Herodes – certo alguém da família de Herodes foi deposto. César diz: "Vou impor impostos à Judéia, e vou convertê-la em uma província, em vez de manter-la um reino separado." Pois bem, tinha que se fazer assim. Mas, quando isso deve ser feito? Essa lei impositiva, se diz, começou quando Cirino era governador da Síria. Porem, por que deve ser levada a cabo nesse exato momento, suponhamos, que em Dezembro? Por que não foi feito no mês de Outubro? E, por que o povo não poderia ser recenseado no local onde residia? Não era seu dinheiro tão bom ai onde se vivia como em qualquer outro lugar? Era um capricho de César; porem era o decreto de Deus.

Oh, nós amamos a sublime doutrina da absoluta predestinação eterna. Alguns têm duvidado que seja consistente com o livre-arbítrio do homem. Bem sabemos que é assim e nunca vimos nenhuma dificuldade no assunto – cremos que os filósofos metafísicos são os que têm criado as dificuldades – nós não enxergamos nenhum problema. Corresponde-nos crer que o homem faz o que lhe bem parece, mas, no entanto, "para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra." (Romanos 9:17) O homem faz o que quer – mas Deus também faz com que o homem faça o que Ele quer. E mais, não só a vontade do homem está debaixo da absoluta predestinação do SENHOR, antes, todas as coisas, grandes ou pequenas, são Dele. Bem disse o bom poeta: "sem dúvida, o navegar de uma nuvem tem a Providência como seu piloto; sem dúvida a raiz de um carvalho é encaroçada devido a um especial propósito, Deus rodeia todas as coisas, cobrindo o globo terrestre como o ar." Não existe nada grande ou pequeno, que não seja Dele.

O pó do verão move-se em sua rota, guiado pela mesma mão que dispersa às estrelas pela extensão do céu – as gotas de orvalho têm seu Pai, e cobrem a pétala da rosa conforme Deus o ordena; sim, as folhas secas do bosque, quando são esparramadas pela tormenta, têm uma posição assinalada de onde devem cair, e não podem modificar ela. No que é grande e no pequeno, Deus ali está: Deus em tudo, fazendo todas as coisas de acordo ao conselho de Sua própria vontade; e ainda que o homem busque ir contra seu Criador, ele não pode tal coisa.

Deus tem colocado um limite ao mar com uma barreira de areia; e se o mar levanta uma onda trás outra, no entanto, não excederá seu limite assinalado. Tudo é de Deus; e a Ele, que guia as estrelas e dá asas aos pardais, que governa os planetas e também move os átomos, que fala trovões e sussurra brisas, a Ele seja a glória, pois Deus está em cada coisa.

III. Isso nos leva ao terceiro ponto: PARA QUE VEIO JESUS? Ele veio para ser "governador em Israel." É algo muito singular que se dissera de Jesus Cristo que era "nascido o rei dos judeus." Poucos alguma vez "nasceram reis." Alguns homens nascem como príncipes, mas é coisa rara nascerem como reis. Não creio que se encontre algum caso na história onde um menino tenha nascido rei. Nasceu como Príncipe de Gales, talvez, e teve que esperar anos, até que seu pai morresse, e então fizessem do herdeiro rei, pondo uma coroa na sua cabeça, e uma crisma sagrada, e outras estranhas coisas desse tipo; mas não nasceu rei. Não recordo de ninguém que tenha nascido rei, exceto Jesus – e existe um significado enfático nesse verso que cantamos:

"Nascido para libertar Teu povo;
Nascido menino, mas, no entanto, rei"

No instante que veio à terra Ele era um rei. Não teve que esperar sua maioridade para poder assumir Seu império – mas tão pronto como Seu olho saudou a luz do sol, era rei – desde o instante que Sua pequeninas mãos tomaram alguma coisa, tomaram um cetro; logo que seu pulso pulsou, e Seu sangue começou a fluir, seu coração bradou com batidas reais, e seu pulso pulsou com uma medida imperial, e seu sangue fluiu em uma corrente de realeza. Ele nasceu rei. Veio para "governar em Israel." "Ah!" dirá alguém, "então veio em vão, pois exerceu muito pouco seu governo, pois 'Veio para o que era seu, e os seus não o receberam,'(João 1:11) veio a Israel mas não foi seu Rei, antes foi mais bem 'desprezado, e o mais rejeitado entre os homens' ( Isaias 53:3) rejeitado por todos eles, e abandonado por Israel, por quem veio."

Ai, mas "nem todos os que são de Israel são israelitas;" (Romanos 9:6), nem tampouco porque sejam da semente de Abraão são todos também chamados. Ah, não! Ele não é Senhor de Israel segundo a carne, antes que, é Senhor de Israel segundo o espírito. Muitos lhe obedeceram em seu caráter de Senhor. Por acaso os apóstolos não se inclinaram diante Ele, e lhe reconheceram como rei? E agora, Israel não o saúda como seu Senhor? Acaso toda a semente de Abraão segundo o espírito, todos os crentes, pois ele é o "pai dos crentes," não reconhecem que a Cristo pertencem os escudos dos poderosos, pois Ele é o Rei de toda a terra? Não governa em Israel? Ai sim, Ele verdadeiramente reina; e aqueles que não são governados por Cristo não são de Israel. Ele veio para ser Senhor de Israel.

Meu irmão, já se submeteu ao governo de Jesus? É Senhor de seu coração, ou não? Podemos conhecer a Israel por isso: Cristo veio a seus corações, para ser Senhor deles. "Oh" dirá alguém, "faço o que me dá na telha, nunca estive debaixo da servidão de ninguém." Ah! Então você odeia ao senhorio de Cristo. "Oh", dirá outro, "me submeto a meu ministro, a meu clérigo, a meu sacerdote, e penso que o que me diz é suficiente, pois ele é meu senhor." É assim? Ah! Pobre escravo, não conhece sua dignidade; pois ninguém é seu senhor legal senão o Senhor Jesus Cristo. "Ai," diz outro, "professei Sua religião, e sou Seu seguidor." Mas, governa Ele em seu coração? Tem Ele o comando de seu coração? Ele guia seu juízo? Você busca em Sua mão o conselho quando prova dificuldades? Está desejoso de honra-Lhe, e colocar coroas sobre Sua cabeça? Ele é seu Senhor? Se for assim, então você é um dos de Israel; pois está escrito: "governará em Israel."

Bendito Senhor Jesus! Tu és Senhor nos corações dos que são Teu povo, e sempre o serás; não queremos outro senhor, salvo a Ti, e não nos submetemos a ninguém mais, alem de Ti. Somos livres, posto que somos servos de Cristo; estamos em liberdade, já que Ele é nosso Senhor, e não conhecemos nenhuma servidão nem alguma escravidão, porque somente Jesus Cristo é o monarca de nossos corações. Ele veio para ser "Senhor em Israel;" e atente bem, essa Sua missão não está, todavia, terminada, e não o estará até as glórias futuras. Dentre de pouco verão Cristo vir de novo, para ser Senhor sobre Seu povo Israel, e governar sobre eles, não somente como o Israel espiritual, mas também como o Israel natural, pois os judeus serão restaurados a sua terra, e as tribos de Jacó cantarão nas naves de seu templo; a Deus serão oferecidos novamente hinos hebreus de louvor, e o coração do judeu incrédulo será derretido aos pés do verdadeiro Messias.

Em breve, Aquele que em Seu nascimento foi saudado como rei dos judeus por certos orientais, e de Quem em Sua morte um ocidental escreveu "Rei dos Judeus", será chamado rei dos judeus em todas as partes; sim, Rei dos judeus e também dos gentios; nessa monarquia universal, cujo domínio se estenderá por todo o globo da Terra, e cuja duração será sem tempo. Ele veio para ser Senhor em Israel, e com toda certeza será Senhor, quando reine gloriosamente em Seu povo, com todos seus antepassados.

IV. E agora, o ultimo ponto é, JESUS CRISTO JÁ VEIO ALGUMA VEZ ANTES? Respondemos que sim, pois nosso texto diz: "... e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." (Miquéias 5:2)

Primeiro ponto, Cristo teve Suas saídas em Sua divindade. "desde os dias da eternidade." Ele não tinha sido uma pessoa secreta e silenciosa até esse momento. Esse menino recém-nascido fez maravilhas desde muito tempo antes; esse bebê dormindo nos braços de Sua mãe, hoje é bebê, mas é o Ancião da eternidade; esse menino que está ali não fez Sua primeira aparição no cenário desse mundo; Seu nome, todavia, não tinha sido escrito no registro dos circuncidados; porem, ainda que não o saibas, as "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."

1) Desde tempos antigos, Ele saiu como nossa cabeça do pacto na eleição, "nos elegeu nele antes da fundação do mundo" ( Efésio 1:4)

"Cristo seja Meu primeiro eleito, disse,
E logo elegeu nossas almas em Cristo
nossa Cabeça"

2) Ele saiu por Seu povo, como seu representante diante do trono, ainda antes que esse povo fosse gerado no mundo. Foi desde a eternidade que Seus poderosos dedos tomaram a pluma, e a caneta das eras, e escreveram Seu próprio nome, o nome do eterno Filho de Deus – foi desde a eternidade que firmou o pacto com seu Pai, no qual pagaria sangue por sangue, ferida por ferida, sofrimento por sofrimento, agonia por agonia, e morte por morte, em favor de Seu povo – foi desde a eternidade que Ele se entregou a Si mesmo, sem murmurar uma palavra, que desde Sua cabeça até a planta dos Seus pés suaria sangue, que seria cuspido, transpassado, burlado, seria partido em dois, sofreria a dor da morte, e as agonias da cruz. Suas saídas como nossa garantia foram desde a eternidade.

Faça uma pausa, alma, e assombre-se! Você teve saídas na pessoa de Jesus desde a eternidade. Não somente quando nasceu nesse mundo que Cristo lhe amou, porem, Seus deleites estavam com os filhos dos homens desde antes que houvesse filhos dos homens. Frequentemente pensava neles – de eternidade a eternidade Ele tinha posto Seu afeto neles. Como então, crente, Ele esteve envolvido em sua salvação desde muito tempo atrás, e não vai alcançar-la? Desde a eternidade Ele saiu para salvar-me, e vai me perder agora? Como? Tem-me em Sua mão, como Sua jóia preciosa, e deixará que resvale em meio de Seus preciosos dedos? Elegeu-me antes que as montanhas fossem colocadas, ou que os canais das profundezas fossem esculpidos, e agora me perderá? Impossível!

"Meu nome das palmas de Suas mãos
A eternidade não pode apagar;
Gravado em Seu coração permanece
Com marcas de graça inapagáveis"

Estou seguro que não me amaria durante tanto tempo, para logo após deixar de fazê-lo. Se tivesse a intenção de se cansar de mim, já o teria feito há muito. Se não tivesse me amado com um amor tão profundo como o inferno e tão inexpressável como a tumba, se não tivesse dado todo Seu coração, estou seguro que já teria me abandonado há muito! Ele sabia o que eu seria, e Ele teve muito tempo para considerar isso; mas eu sou Seu eleito, e isso é definitivo. E, apesar de indigno como sou, não me é dado resmungar, se Ele está contente comigo. Porem, Ele está contente comigo: deve estar satisfeito comigo – pois Ele me conheceu o suficiente para conhecer minhas falhas. Ele me conheceu antes que eu me conhecera - sim, Ele me conheceu antes que eu existisse. Antes que meus membros fossem formados, foram escritos em Seu livro: "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia." (Salmos 139:16) Seus olhos de afeto focaram nesses membros. Ele sabia quanto mal eu ia me portar com Ele, e no entanto tem seguido amando-me:

"Seu amor de tempos passados me impede
de pensar,
Que me deixará ao fim em problemas que me
afoguem."

Não – já que "suas saídas são desde o principio, desde os dias da eternidade," serão "até a eternidade."

Em segundo lugar, cremos que Cristo tem saído desde tempos remotos aos homens, de tal forma que os homens o viram. Não me deterei para dizer-lhes que foi Jesus Quem passeava no jardim do Éden, ao ar livre, pois Seus deleites estavam com os filhos dos homens – nem vou me demorar assinalando-lhes todas as diversas maneiras em que Cristo saiu em Seu povo na forma de anjo da aliança, o Cordeiro pascal, a serpente de bronze, a sarça ardente, e outros dez mil tipos com os quais a história sagrada está tão repleta – porem, prefiro mostrar-lhes quatro ocasiões especificas quando Jesus Cristo nosso Senhor apareceu na terra como um homem, antes de Sua grandiosa encarnação para nossa salvação.

E, primeiro, rogo que vamos ao capitulo 18 de Genesis, onde Jesus Cristo apareceu a Abraão, de quem lemos:

"Depois apareceu-lhe o SENHOR nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no calor do dia. E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três homens em pé junto a ele. E vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra, E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo." ( Genesis 18: 1-3)

Porem, ante quem se inclinou? Disse: "Senhor" só a um deles. Havia um homem no meio deles mais eminente devido Sua glória, pois se tratava do Deus-homem Cristo – os outros dois eram anjos criados, que tinha assumido a aparência de homens temporariamente. Mas esse era o homem Jesus: "E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo. Que se traga já um pouco de água, e lavai os vossos pés, e recostai-vos debaixo desta árvore;" (Genesis 18:3-4) Notaram que esse homem majestoso, essa pessoa gloriosa, se deteve para falar com Abraão? No versículo 22, é dito: "Então viraram aqueles homens os rostos dali, e foram-se para Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé diante da face do SENHOR." Observaram que esse homem, o Senhor, manteve uma doce comunhão com Abraão, e permitiu-lhe interceder pela cidade que estava a ponto de destruir. Estava positivamente como um homem. De tal forma que quando caminhou nas ruas da Judéia, não era primeira vez que era um homem – já o tinha sido antes, "nos carvalhais de Manre... no calor do dia."

Há outro exemplo – sua aparição a Jacó, que temos registrada no capítulo 32 de Genesis, no versículo 24. Toda sua família tinha partido: "Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste." ( Genesis 32:24-28) Esse era um homem, e, no entanto, era Deus. "pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste."E Jacó sabia que esse homem era Deus, pois disse no versículo 30: "Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva."

Encontrarão outro exemplo no livro de Josué. Quando Josué atravessou a baixa corrente do Jordão, e entrou na terra prometida, e estava a ponto de tirar fora os cananeus, veja só, esse poderoso homem-Deus apareceu a ele! No capítulo 5, no versículo 13, lemos: "E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como príncipe do exército do SENHOR." E Josué viu imediatamente que havia divindade Nele, pois "se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?". Agora, se esse tal tivesse sido um anjo criado, teria repreendido Josué, dizendo: "sou um servo como tu." Mas não – "disse o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça os sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim." (Gênesis 5:15)

Outro exemplo notável é o que está registrado no terceiro capítulo do Livro de Daniel, onde lemos a história quando Sadraque, Mesaque e Abednego são lançados no meio de um forno de fogo ardente, e como o tinham aquecido mais ainda, e como a chama do fogo matou os que a tinham acalentado. Subitamente, o rei perguntou aos de seus conselheiros: "Não lançamos nós, dentro do fogo, três homens atados? Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus." (Daniel 3:24-25) Como Nabucodonosor poderia saber isso? Só porque tinha algo de tão nobre e majestoso na forma em que esse maravilhoso Homem se comportava, e uma terrível influência o circundava que maravilhosamente quebrou os dentes consumidores dessa chama devoradora e destruidora, de tal forma que nem mesmo podia chamuscar os filhos de Deus. Nabucodonosor reconheceu Sua humanidade. Não disse: "vejo a três homens e a um anjo", mas sim disse: "vejo realmente quatro homens, e a forma do quarto é como ao Filho de Deus" Vem, então, o que significa que Suas saídas são "desde os dias da eternidade."

Observem aqui por um momento, que cada uma dessas quatros ocorrências sucederam as santos quando eles estavam envolvidos em deveres muito eminentes, ou quando estavam a ponto de se envolver neles. Jesus Cristo não aparece a Seus santos cada dia. Ele não veio ver Jacó até que não esteve em aflição – Ele não visitou Josué antes que estivesse a ponto de se meter em uma guerra santa. Somente em condições extraordinárias que Cristo assim e manifesta a Seu povo

Quando Abraão intercedeu por Sodoma, Jesus estava com ele, pois um dos empregos mais elevados e mais nobres de um cristão é esse da intercessão, e é quando ele está ocupado dessa maneira que terá a probabilidade de obter uma visão de Cristo. Jacó estava envolvido em lutar, e essa é uma parte do dever de um cristão, que alguns de vocês nunca experimentaram – consequentemente, vocês não tem muitas visitas de Jesus. Foi quando Josué estava exercitando a valentia que o Senhor se encontrou com ele. O mesmo foi com Sadraque, Mesaque e Abednego – eles encontravam-se nos lugares altos da perseguição devido o apego ao dever, quando Ele veio a eles, e lhes disse: "estarei com vocês, passando através do fogo."

Há certos lugares especiais nos quais devemos entrar, para encontrarmos com o Senhor. Devemos estar em grandes problemas, como Jacó; devemos estar em meio de grandes trabalhos, como Josué; devemos ter uma grande fé de intercessão como Abraão; devemos estar firmes no desempenho de um dever, como Sadraque, Mesaque e Abednego – do contrário, não O conheceremos, "cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Ou, se O conhecemos, não seremos capazes de "compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade." (Efésios 3:18)

Doce Senhor Jesus! Tu, cujas saídas foram desde o inicio, desde os dias da eternidade, Tu que, todavia, não abandonou Tuas saídas. Oh, que saísses hoje para animar ao desmaiado, para ajudar o cansado, para sarar nossas feridas, para consolar nossas aflições! Saí, lhe suplicamos, para conquistar os pecadores, para subjugar corações endurecidos, para romper as portas de ferro de seus pecados e fazer delas pedaços! Oh, Jesus! Sai; e quando saias, vem a mim! Sou um pecador endurecido? Vem a mim; eu necessito de Ti:

"Oh, que Tua graça subjugue meu coração;
Quer ser levado triunfante também;
Um cativo voluntário de meu Senhor,
Para cantar as honras de Tua palavra!"

Pobre pecador! Cristo não tem deixado de sair. E quando sai, lembre, vai a Belém. Você tem um Belém em seu coração? É pequeno? Então Ele sairá para você. Vá para casa e busque-lhe por meio de uma oração sincera. Se tiver sido levado a chorar por causa do pecado, e sente-se muito pequenino para que te vejam, vá a casa, pequeno! Jesus vem aos pequenos; suas saídas são desde o princípio, e Ele está saindo agora. Ele virá a sua velha e pobre casa – Ele virá a teu pobre coração infeliz – Ele virá, ainda que estejas na pobreza, e coberto de farrapos; ainda que estejas desamparado, atormentado e aflito – Ele virá, pois Suas saídas tem sido desde o principio, desde os dias da eternidade. Confia Nele, confia Nele, confia Nele; e ele sairá e habitará em teu coração por toda a eternidade.

Fonte:

Traduzido do espanhol, do sermão "La Encarnación y el Nacimiento de Cristo.", traduzido por Allan Román, com autorização deste para português pelo Projeto

Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio público

Sermão nº 57—Volume 2

Tradução: Armando Marcos Pinto

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

JESUS CRISTO, O SENHOR DE TUDO - DEVOCIONAL

No Breve Catecismo de Westminster, na Pergunta 107 - “Que nos ensina a conclusão da Oração do Senhor? - dá como resposta: "A conclusão da Oração do Senhor, que é: “Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”, nos ensina que na Oração devemos confiar somente em Deus( Dn 9. 18, 19), e louvá-lo em nossas orações, atribuindo-lhe reino, poder e glória( 1 Cr 29. 11- 13). E em testemunho do nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém”( I Co 14. 16; Ap 22. 20, 21)". Fiquei a pensar nas implicações gerais desta Conclusão.

A conclusão da Oração do Senhor tem, em si, uma concepção esquecida pelos Cristãos contemporâneos. Chama-se Cosmovisão. Trata-se de uma visão de mundo com um conjunto de hipóteses ou pressupostos que determinam a forma como olhamos o mundo e nosso lugar nele.

A Conclusão do Pai Nosso, portanto, nos apresenta uma
visão de que Jesus Cristo é o Senhor sobre tudo. Temos a tendência, por causa do pecado em nós, de buscarmos autonomia em algumas (se possível em todas!) áreas da nossas vidas. Por exemplo, acreditamos que Cristo possa nos dizer como devemos ser na nossa vida religiosa, mas não acreditamos que Ele tenha alguma ingerência em nossa vida profissional.

Podemos
achar que Cristo tem a ver apenas com Bíblia, oração, cânticos sagrados, igreja e coisas afins; mas não pensamos que Cristo tem a ver com nosso lazer, afazeres domésticos, estudos, nossa sexualidade ou mesmo com o nosso comer ou beber. Mas, de acordo com a Oração do Senhor, desde a primeira proposição - Pai nosso que estás no céu - passando pelo “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”, o Senhor tem senhorio sobre tudo, até mesmo nas coisas mais simples: “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (Cf. 1 Co 10.30). Os três termos da Conclusão - Reino, Poder e Glória - apontam para este senhorio em esferas da vida que perpassam a simples religiosidade.

Foi o Teólogo
Hermann Dooyeweerd que uma vez falou sobre a soberania de Deus em termos de esferas diferentes de existência. Deus é soberano sobre diferentes aspectos ou esferas da vida: o Mundo, a Humanidade, a Nação, Educação, Igreja e a Família.

O Teólogo e Estadista Cristão
Holandês Abraham Kuyper certa vez comentou sobre o papel de Jesus Cristo:

O Filho não pode ser excluído de qualquer coisa. Você não pode apontar para qualquer área natural ou uma estrela ou um cometa ou mesmo descer às profundezas da terra, mas está relacionada a Cristo, não de algum modo irrelevante tangencial, mas diretamente. Não há força na natureza, não há leis que controlam essas forças que não tenha sua origem na Palavra eterna. Por esta razão, é totalmente fals restringir Cristo para assuntos espirituais e afirmar que não há nenhum ponto de contato entre ele e as ciências naturais.

Assim, na próxima vez que falarmos
as palavras da Conclusão, pensemos se de fato Cristo é Senhor sobre tudo em nossas vidas.

postado por Gaspar de Souza. SDG

Nota:

1. Recomendo a excelente leitura do livro de KENNEDY, D. James; NEWCOMBE, Jerry. Lord of All:Developing a Christian World-and-life View. Wheaton - Ill: Crossway Book, 2005.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

33 mil jovens sem chegar aos 19 anos


Estudo do governo mostra que no período entre 2007 e 2013 o país perderá 4,7 mil adolescentes ao ano por assassinato

A passagem da infância para a adolescência carrega um monte de significados, quase sempre associados a ideais rebeldes, descobertas afetivas e necessidade de autoafirmação. Mas nem tudo é tão romântico. No Brasil, deixar de ser criança representa também o risco de morrer violentamente. Estudo apresentado ontem pelo governo federal aponta que 33 mil meninos e meninas entre 12 e 18 anos serão assassinados em um período de sete anos. Para se ter uma ideia, a média de 4,7 mil vidas perdidas anualmente é o dobro das 2 mil vítimas fatais da pandêmica gripe suína em 2009 no país. Equivaleria também à queda de 30 aviões, semelhantes ao Boeing da Gol que caiu em 2006, todos lotados de adolescentes. O Nordeste aparece como a região mais problemática, com oito cidades entre as 20 que exibem o maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) - ferramenta elaborada há três anos cujo objetivo é medir o fenômeno da violência letal nessa faixa etária. Pernambuco tem quatro cidades entre as mais perigosas.


Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press - 22/7/10
Desenvolvido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos e parceiros, o IHA divulgado ontem utilizou dados de mortalidade de 2007, base mais atualizada do Ministério da Saúde. Por isso, as estimativas se referem ao período que vai daquele ano a 2013, fechando a lacuna de sete anos, caso as condições sociais não mudem. Para um dos pesquisadores do projeto, o sociólogo Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a ´grande surpresa` foi o Nordeste. ´A região nunca esteve entre as mais violentas`, diz o especialista. As regiões metropolitanas de Recife, Salvador e Maceió puxam a estimativa de mortes para cima.


Foto: Bernardo Dantas/Esp. Aqui PE/ D.A Press - 19/5/10
Apesar das novidades em relação às outras duas edições do IHA, a cidade de Foz do Iguaçu manteve a dianteira no ranking de municípios onde mais adolescentes são assassinados. Secretário municipal de Segurança Pública, o policial federal Adão Almeida ressalta que a violência local está associada ao contrabando e ao tráfico de drogas. A fronteira tríplice de Foz do Iguaçu, com Brasil, Argentina e Paraguai, segundo Almeida, dificulta a ação do poder público para diminuir as mortes em geral, inclusive de adolescentes. ´Temos, no máximo, mil agentes para fazer a vigilância da fronteira. Seria necessário triplicar esse número para um trabalho melhor`, diz. ´Sou cético em relação a isso. O problema não é a pobreza, mas sim o uso de drogas, e aqui é a porta de entrada`, diz.

Para Carmen de Oliveira, subsecretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, as condições de acesso aos serviços básicos que o Estado deveria oferecer a todos os cidadãos, principalmente a educação, fazem toda a diferença na trajetória de vida do adolescente. ´O pico da evasão escolar é o momento do assassinato e também o pico da internação para cumprimento de medidas socioeducaticas. Garantir uma escola de qualidade me parece ser fundamental`, afirma. Entre fatores de risco no estudo estão cor, gênero e meios utilizados. Meninos têm 12 vezes mais chances de serem assassinados. Os negros correm risco quatro vezes maior. E a chance de morrer por arma de fogo é seis vezes superior às outras formas.

Casimira Benge, do Programa de Proteção à Infância das Nações Unidas para a Infância (Unicef), sugere que o tema do racismo seja trabalhado nas salas de aula, no esporte, na cultura. Ela lembra que das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, 330 mil são negras. ´Precisamos de políticas específicas para garantir que as crianças salvas da mortalidade infantil não acabem morrendo na adolescência`, diz. (Renata Mariz)

"Precisamos de políticas para garantir que as crianças salvas da mortalidade infantil não sejam assassinadas" Casimira Benge, do Programa de Proteção à Infância da Unicef

Fonte: Diário de Pernambuco

sábado, 4 de dezembro de 2010

Bolsonaro e Kit Gay: "Governo quer incentivar seu filho ao homossexualismo"

Por Fernando Isidoro

Para quem acredita na inocência do governo do PT, seja de Lula ou da Dilma, e do PL 122, em suas boas intenções para com a sociedade, aí está a prova do que andam arquitetando à revelia da opinião pública, que já deu provas de não aceitar esse tipo de projeto. O que estão fazendo é impor sobre um país nitidamente cristão (ainda que o seja nominalmente) uma nova religião, cujo o centro... bem... seria, digamos, o ânus. Estão cultuando e idolatrando uma prática minoritária, que subjugará o comportamento da maioria ao padrão de poucos. Estão criando uma casta privilegiada, intocável, toda-poderosa, que tornará o cidadão comum e normal um refém da imoralidade (se o homossexualismo fosse algo natural não haveria a humanidade, pois em si mesma é uma ideologia/filosofia autodestrutiva; o que revela e deixa patente a sua não-naturalidade, e a define claramente como uma perversão à ordem natural).

Mas o objetivo marxista não é outro senão criar o caos social e, a partir dele, instituir a ditadura comunista, para então, sujeitar heteros e homos ao poder controlador e tirânico do "deus" Estado. E quem não se enquadrar e se encaixar em seu ideário, seja hetero ou homo, será simplesmente colocado à margem da sociedade, o que vale dizer, trabalho em campos de concentração ou a morte.

E parece que poucos são capazes de ver o monstro se desenvolvendo, se alimentando e prestes a consumir o pouco que ainda resta de Deus no homem natural.

Leia o texto abaixo escrito no "Quebrando o Encanto do Neoateísmo". As evidências já são provas.

____________________________


Serão enviados para 6.000 escolas públicas em todo o Brasil DVDs com episódios dando APOIO ao comportamento homossexual e o demonstrando como um modelo, violando diretamente a consciência da maior parte da população (que é cristã).

Tal plano – que só pode ser definido como maléfico em essência – reflete os dois principais objetivos dos movimentos gays (apoiados por esquerdistas e humanistas, é claro):

  • criar uma atmosfera social que proiba QUALQUER tipo de crítica ao comportamento homossexual (que será mais sagrado que qualquer religião);, seja legalmente ou seja por rejeição;
  • estimular POSITIVAMENTE a adoção de práticas homossexuais,;

E o método usado para isso será a doutrinação pelas armas dadas do ESTADO (pois eles devem imaginar que indo no povão diretamente, nenhum pai iria permitir isso), minando a moral particular dos pais, o que é simplesmente absurdo e viola os preceitos mais básicos do Direito.

E o pior: com DINHEIRO PÚBLICO.

Quer mostrar vídeo de homossexualismo para seu filho?

Ótimo.

Mas compre VOCÊ. E não me obrigue a pagar, nem obrigue meu filho a ver algo tão esdrúxulo.

Mas agora, além de protestar contra esse fato, nós temos que entender como foi possível ele surgir – como se legitima intelectualmente a desvio de orçamento público para a produção de vídeos desse tipo?.

Não podemos subestimar o poder de influências das idéias.

Há 50 anos, qualquer pessoa ficaria louca com um vídeo de relações homossexuais sendo distribuidos para menininhos.

Hoje, as pessoas acham lindo e maravilhoso e quem é contra é tachado de nazista, fascista e daí para baixo (o que já mostra que eles não sabem nada de conservadorismo….).

Isso está baseado, é claro, na idéia de “superação do homem” (ou “homem antecipado”) e do “Estado pedagogo.

Podemos fazer uma busca histórica começando em Jean Jacques Rousseau, o filósofo iluminista (que, na verdade, não passava de um doente mental crente na existência de uma operação continental para destruí-lo posta em prática desde os seus 14 anos, com a coordenação da governanta da casa onde morou e de David Hume, além de ser um mestre na arte da auto-promoção).

Reproduzo, então, um trecho do livro Intelectuais, do historiador britânico Paul Johnson para começarmos a entender esse filósofo nos parágrafos abaixo.

Leiam e eu volto em seguida com a análise:

O Estado de Rousseau não é apenas autoritário: é também totalitário, uma vez que regula todos os aspectos da atividade humana, inclusive o pensamento.Submetido ao contrato social, o indivíduo seria obrigado a “se alienar de si, juntamente com todos os seus direitos, em prol do conjunto da comunidade” (i.e., o Estado). Rousseau afirmava que esse era um conflito interminável entre o egoísmo natural do homem e seus deveres sociais, entre o Homem e o Cidadão. E isso o fazia infeliz. A função do contrato social e do Estado que viria como consequência dele era fazer o homem novamente inteiro: “Faça do homem uma unidade e você lhe dará a maior felicidade que ele pode sentir. Entregue-o inteiramente ao Estado ou deixe-o inteiramente só. Mas se você dividir seu coração, você o rasgará em duas partes”. Devemos, por conseguinte, tratar cidadãos como filhos e controlar sua criação e seus pensamentos, incutindo “a lei social no fundo de seus corações”. Eles se tornam “homens sociais por natureza e cidadãos por vocação; serão uma unidade, serão bons, felizes e sua felicidade será a da República”.

Esse procedimento pressupunha uma submissão total. (…) O Estado, nesse sentido, seria o “o dono dos homens e das suas forças” e controlaria cada aspecto da vida econômica e social… (…)

É claro que Rousseau acreditava verdadeiramente que esse tipo de Estado só seria alcançado quando o povo estivesse pronto para aceitá-lo. Ele não chegou a usar a expressão “lavagem cerebral”, mas escreveu: “Aqueles que controlam as opiniões de um povo, controlam as ações desse povo.” Esse controle é estabelecido tratando os cidadãos, desde a infância, como filhos do Estado, educados para ver si próprios somente em relação ao Corpo do Estado.” “Por não terem autonomia em relação ao Estado, eles nada farão que não seja pelo Estado. Este terá tudo o que eles têm e será tudo que eles são.” Mais uma vez, isso antecipada adoutrina fascisita principal de Mussolini: “Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado.”

Desse modo, o processo educacional era o segredo para o êxito de uma organização social necessária para tornar o Estado aceitável e bem-sucedida; o eixo das idéias de Rousseau era o cidação como filho e o Estado como os pais, eele insistiu em que o governo devia ter responsabilidade total pela educação de todos os filhos.

Por isso – e essa foi a verdadeira revolução que as idéias de Rousseau causaram – deslocou o processo político para o próprio centro da existência humana, transformando o legislador, que também é pedagogo, em um novo Messias capaz de solucionar todos os problemas humanos uma vez que cria o Novo Homem. “Tudo”, escreveu ele, “no fundo, tem relação com a política”. A virtude é consequência de um bom governo. “Os vícios se devem menos ao homem do que ao homem sujeito a um mau governo.” O processo político e o novo tipo de Estado que ele faz surgir são os principais remédios para os males da humanidade. Desse modo, Rousseau traçou o plano para as principais fraudes e loucuras do século XX."

(Fonte: Paul Johnson, Os Intelectuais, ed. Imago, pág. 36-37)

Aí vemos todos os principais postulados humanistas “sociais” colocados em prática:

  • coletivismo;
  • crença no “novo homem” ou “homem antecipado”;
  • existência de um conjunto de valores que deve ser dado pelos homens do Estado para “superar” o passado;
  • proibição da ensino em casa, deixando tudo em órgãos que são controlados (direta ou indiretamente) pelo Estado e seus ideólogos;

Essas idéias foram passando de geração em geração, sendo recicladas por outros picaretas anti-cristãos como Karl Marx e seus seguidores culturais, até…. chegar por aqui.

Os documentos do MEC deixam claro qual é o papel da educação pública: o governo deve “construir novas formas de subjetividade” nas crianças, rompendo “dominações religiosas e etárias”.

image_thumb[3]

Link: Resolução 5 de 17/12/2009, http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13556&Itemid=956

Como falei no artigo em que originalmente analisei esse documento do MEC: a idéia de “construção de novas subjetividades” demonstra qual o entendimento dos elaboradores da proposta. A sociedade e a estrutura familiar tradicional direcionam o homem para a degeneração – afinal, se existe a “nova” subjetividade, isso significa que existe uma antiga presente no meio social (que provêm das famílias, pois essa é a outra fonte de educação, além dos colégios) que é reprovável e deve ser superada. E se é a escola que tem que providenciar essa nova subjetividade, signfica que a família não é ou não está sendo capaz de fazê-lo.

A idéia de “superar dominação etária e religiosa” também é bastante peculiar: como já mencionei, tal fato só pode significar que alguns valores religiosos não são tão bons assim e a autoridade natural dos pais sobre os filhos (“dominação etária”) não legitima por completo o ensino desses valores.

Os valores corretos serão aqueles decididos pelos professores e pelos burocratas do Estado. Que, curiosamente, são os valores que eles usam para legitimar sua permanência no governo e suas doutrinas políticas.

Existem duas maneiras de conseguir o poder.

Uma é usando da força bruta diretamente. Outra é convencendo as pessoas de que a sua doutrina é a correta.

E qual o melhor meio para isso do que centralizando diretrizes e propostas com a desculpa de “bom mocismo” ou “politicamente correto” na a escola pública, que deveria ser neutra?

Dá para entender perfeitamente a intenção de quem executa esses atos de controle e mais controle – ganhar poder. O blog do Luciano resumiu de forma quase perfeita os motivos para o ataque maciço da esquerda do Estado inchado e humanista contra os valores cristãos. Seriam eles:

  • 1. Para implementar governos com estados inchados, é preciso de uma confiança no homem, que é alimentada por todas as crenças humanistas e esquerdistas.
  • 2. A religião cristã influencia no ceticismo sadio contra as ambições humanas de controlar as vidas dos outros, pois é uma crença que difunde a fé em Deus JUNTAMENTE com ceticismo em relação ao homem.
  • 3. Quanto mais aumenta a influência da religião, mais difícil fica a vida dos líderes políticos que querem ganhar dinheiro através dos estados inchados (sejam esses políticos adeptos da social democracia, marxismo ou liberalismo social) – com isso entendemos a irritação dos esquerdistas com a religião.
  • 4. Por sua influência anti-esquerdista e anti-humanista, a religião passa a ser combatida por esses grupos de esquerda para que ela tenha sua influência reduzida, exatamente para facilitar a ação desses adeptos do estado inchado (isso também pode ser comprovado pelo fato de ser impossível ver humanistas votando em políticos conservadores).
  • 5. Estrategicamente, o movimento gay recebe o apoio dos dois grupos (humanistas e esquerdistas), que tentarão tornar qualquer crítica aos gays como um ato de “homofobia”. Obtém-se aí o pretexto para criar no senso comum a idéia de que o homossexual não poderá ser criticado.
  • 6. Só que religiosos de orientação cristã defendem a família tradicional e condenam não só o ato homossexual como o sexo promíscuo. Se a crítica ao homossexualismo é proibida, então a prática religiosa pode ser criminalizada, e isso é TUDO que os esquerdistas/humanistas querem.

Bingo.

Luciano acertou em cheio.

Como disse Rousseau, “Aqueles que controlam as opiniões de um povo, controlam as ações desse povo”. E, tendo os valores cristãos de forma geral na jogada, como controlá-los via humanismo?

A maioria aqui deve estar acostumado a ouvir a expressão “separação entre Igreja e Estado”.

Mas só isso não é suficiente. Temos que separar TUDO que for possível do Estado. Sendo ele o detentor legítimo do uso da coerção e da força e tendo o poder de doutrinar os alunos em humanismo e esquerdismo antirreligiosos, por que não o faria?

Ah, você acha que “as pessoas vão ficar mais conscientes e não querer tirar sua casquinha”? Sinto muito. Se você pensa isso, então já caiu no jogo deles de “novo homem”. Não há motivos para achar que a natureza vá mudar e a crença em Deus nos ensina a NÃO confiar no homem.

Temos que fazer uma limpa e “desinfectar” o ensino público dessas idéias, além de pleitear o direito aohomeschooling, que é URGENTE.

E o papel do ensino em cataqueses e escolas dominicais está cada vez mais FUNDAMENTAL para combater a tirania humanista, que quer simplesmente limpar qualquer traço de moral cristã (a “nova subjetividade” com fim das “relações de dominação religiosa e etária”) que não seja útil politicamente para eles .

Vá agora mesmo participar, nos moldes do que eu pedi nesse post (Meios para se iniciar uma reação cultural), de centros de influência ou abrir seu blog para protestar contra esses fatos.

Bem, eu gostaria de escrever mais, mas agora tenho trabalho a cumprir.

Afinal, dinheiro não surge do nada.

Alguém tem que gerar riqueza para bancar os parasitas que criam esses DVDs e Kit Gays distribuidos pelo Estado.

Vou lá, enquanto o governo aproveita seu poder de força para explorar a minha produção e me impor a colaboração em projetos anti-religiosos como esse Kit-Gay.

Seria essa a “mais-valia” da doutrinação homossexual nas escolas públicas?

Se for, não há problemas.

Sendo para o Estado, e contra o Cristianismo, tudo vale, não é mesmo?

O importante é criar “novas subjetividades”….

FONTE: A postagem original pode ser lida no Quebrando o encanto do neoateísmo