sexta-feira, 20 de março de 2009

O EXCESSO DE DEMOCRACIA VENEZUELANA



Já faz alguns anos que o Presidente Lula disse que na Venezuela há "excesso de democracia". Não se sabe bem o que o Presidente entende por isto. Mas, se a Venezuela é um modelo de liberdade, Cuba é o paraíso dos Capitalistas.


Constantemente o bufão Chávez destroi a democracia usando a própria democracia, através da "consulta popular". É como se fosse perguntado ao "povo"(Oh, massa ignara e informe!) se eles querem ter mais liberdade tirando-lhe a liberdade! Vocês têm a liberdade de acabar com a liberdade.


A Democracia é essentia contínua e não pode ser usada para acabar consigo. Ao fazer isso entra-se em contradição. Desejar acabar com a Democracia é uma ato de despotismo. Díficil? Ora, quem deseja concentrar o poder em uma única mão não é um democrata, mas um tirano.


Em um dia o Déspota, digo, presidente Chávez tungou a liberdade de mercado do Banco Santader e ordenou a prisão do rival, prefeito de Maracaibo, Manoel Rosales.


Não é a primeira vez que Chávez (e outros dinossauros - (I)Morales, Cortez e, logo, logo, Lugo), o bastião da democracia, opera com meios escusos e, claro, a mídia chavista divulga que as instituições tungadas, digo, expropriadas estão em situação irregular; que os oposicionistas estão irregulares. O único regular nesta história é Chávez. Agora, uma pergunta ao Sr. Presidente Lula: É esta democracia que VSa quer para o Brasil, não é?


Segue matéria de um e outro assunto:




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Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil


Em meio à crise financeira internacional, que tem afetado a economia do país com a abrupta queda do preço do petróleo, o presidente venezuelano afirmou que não retrocederia na decisão, que havia sido anunciada por ele no ano passado.
"Não, nada para trás. Hoje retomamos o tema, anuncio a nacionalização do Banco da Venezuela para dar mais força ao sistema bancário público nacional", afirmou o presidente durante uma reunião ministerial transmitida pelo canal estatal.
No ano passado, Chávez adiantou que pretendia transformar a rede do Banco da Venezuela, com sucursais em todo o país, em uma versão venezuelana da Caixa Econômica Federal.
Chávez não informou, porém, quando a compra será efetivada.
Oferta
No início do mês, o ministro de Finanças, Ali Rodriguez, afirmou que o governo e o grupo espanhol mantinham uma "excelente relação", mas não haviam chegado ainda a um acordo sobre a nacionalização.
A imprensa venezuelana afirmou em novembro que as negociações estavam estancadas porque não havia acordo quanto ao valor a ser pago como indenização.
O grupo Santander estaria exigindo o equivalente a US$ 1,2 bilhão, mas a oferta do governo era de US$ 800 milhões. O Banco da Venezuela é uma das principais instituições do sistema financeiro do país e conta com pelo menos US$ 700 milhões investidos em operações na Venezuela.
Expropriações
Esta medida se soma a outras que o governo venezuelano vêm tomando nas últimas semanas, após prometer "aprofundar" a revolução bolivariana.
Há duas semanas, o governo retomou as expropriações de terras consideradas ociosas e determinou a estatização da produção de arroz da multinacional norte-americana Cargill.
As estatizações dos setores considerados estratégicos, porém, ocorrem desde 2007.A partir deste período, foram nacionalizadas as companhias de telecomunicações e de eletricidade, a faixa petrolífera do rio Orinoco, a maior indústria siderúrgica do país e três empresas de cimento.
Em todos os processos, o governo pagou pela aquisição das empresas.








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Ruth Costas, CARACAS


O Ministério Público venezuelano entrou ontem na Justiça com pedido de prisão preventiva do prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales, o principal líder político da oposição no país. Segundo a promotora Katiuska Plaza, Rosales deve ficar detido enquanto as autoridades investigam denúncias de enriquecimento ilícito contra ele. Um juiz deve decidir se acatará o pedido em até 20 dias. O líder opositor é acusado de corrupção, evasão fiscal, doação irregular de veículos do Estado e improbidade administrativa durante o período em que foi governador do Estado de Zulia, entre 2000 e 2008. Rosales diz que já apresentou as provas de sua inocência, mas as autoridades nem chegaram a analisá-las. Se for condenado, pode pegar até 10 anos de prisão.Como boa parte dos juízes costuma decidir alinhada com o presidente Hugo Chávez - reformas legais permitiram a substituição dos que decidiam com autonomia -, são grandes as chances de o pedido de prisão ser aceito. Indignado, Rosales acusou o presidente de estar por trás da medida. "Essa não é uma ordem da promotoria, mas de Chávez", denunciou. O prefeito enfrentou o presidente nas eleições de 2006, quando obteve cerca de 40% dos votos. "Eles (os chavistas) querem me calar, me apagar da política, mas vou enfrentá-los mesmo assim", completou. Seu partido, Nuevo Tiempo, também qualificou o pedido de prisão de "vingança eleitoral".Zulia abriga o principal polo petrolífero da Venezuela. Durante a campanha das eleições regionais de novembro, nas quais concorreu pela Prefeitura de Maracaibo (capital do Estado e a segunda maior cidade do país), Chávez ameaçou prendê-lo e o chamou de "ladrão" e "mafioso". "Estou decidido a meter Rosales na cadeia", afirmou o presidente na época. "Um ladrão como esse não pode ficar livre, nem governar."
MEDIDAS RADICAISO pedido de prisão foi feito em um momento de grande tensão na Venezuela. Nos últimos meses, o presidente baixou decretos tirando dos governadores e prefeitos opositores uma série de atribuições (mais informações na página seguinte). No domingo, amparando-se numa lei aprovada pela Assembleia Nacional, Chávez anunciou a tomada dos três principais portos da Venezuela, que eram controlados por governos estaduais da oposição - incluindo o porto de Maracaibo, fonte de recursos para o governo Rosales. "Chávez está tomando medidas radicais porque se sentiu fortalecido após vencer o referendo de fevereiro", disse ao Estado Francine Jácome, do Instituto Venezuelano de Estudos Sociais e Políticos, referindo-se à consulta que permitirá ao venezuelano reeleger-se indefinidamente. "Ele quer esvaziar o poder dos opositores e evitar um modelo de gestão alternativo."






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postado e comentado por Gaspar de Souza

Um comentário:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Excelente blog.
A Democraçia é liberdade para o povo e um governo de todos e para todos, o que não vemos lá.
Acesse meu blog. www.vivendoteologia.blogspot.com