Há uma crítica aos apologistas pressuposicionalistas que eles sejam contr o uso das evidências. Nada mais equivocado sobre aqueles, como eu, que adotam esta corrente de defesa. No artigo abaixo, o Dr. Bahnsen explica qual o uso correto das evidências na defesa da Fé Cristã.
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por Dr. Greg Bahnsen
Na crença popular, hoje, na escolha de um método apologético, um Cristão-Bíblico defronta-se entre argumentar pressuposicionalmente OU apelar para evidências histórica ou natural em favor do Cristianismo. Mas, isto é inteiramente errado. A Apologética Pressuposicional endossa e, até mesmo, encoraja o uso das evidências – mas não oferece as evidências da forma “tradicional”, como um recurso à autoridade da (alegadamente) razão autônoma do incrédulo. Incrédulos que estão autoconscientes em sua autonomia, geralmente lutarão com todas as suas forças contra os “fatos” que nós possamos utilizar a favor da veracidade da Bíblia[1]
Quando incrédulos resistirem aos argumentos fatuais que o apologista pode e deve prontamente colocar diante deles para confirmar ou defender a posição Cristã, Van Til diz que devemos, então, entender e levar seriamente que “a batalha não é primariamente sobre este ou aquele fato. A batalha é, basicamente, à respeito da filosofia dos fatos.... Ninguém pode ser um cientista de maneira inteligente sem ao mesmo tempo ter uma filosofia da realidade como um todo” .
O uso pressuposicional das evidências na apologética reconhece que, no final das contas, o conflito intelectual entre Crentes e Incrédulos é uma questão de Cosmovisões Antitéticas. Devemos mostrar que a Cosmovisão Incrédula, pelo qual ele deseja opor-se às reivindicações da fé, não apenas exclui os fatos da Escritura, mas [exclui] a completa inteligibilidade de quaisquer fatos sobre qualquer assunto. Por esta razão, Van Til não desistiu de que o apologista não cometesse o engano de pretender ser neutro ou autônomo no raciocínio, mas apresenta-se sua defesa fatual de modo correto e de modo claro ao Incrédulo. “Cristianismo, então, não precisa refugiar-se sob o teto de um método cientifico independente de si mesmo. De preferência, oferece-se como um teto para métodos que seriam científicos.” [2]
Se a inteligibilidade do raciocínio indutivo, empírico usado pelo Incrédulo se opor à Fé faz algum sentido filosófico, o Incrédulo precisará afirmar a Fé Cristã como sua pressuposição ou cosmovisão[3]! O esforço do dos Incrédulos devem ser voltados contra sua própria incredulidade. Isso é simplesmente a maneira pressuposicional de defender a fé e pressionar os argumentos evidenciais.
A força evidencial da, digamos, ressurreição de Cristo é perdida quando o argumento da evidência para isto é apresentada ao incrédulo dentro do contexto das pressuposições bíblicas? De modo algum! A Apologética Pressuposicional convoca o Cristão e o Não-Cristão a colocarem-se suas cosmovisões lado a lado e fazer um exame interno de ambas (e suas respectivas “lógicas internas”). Em tal comparação, a força evidencial da ressurreição de Cristo é facilmente estabelecida.
Mas alguém poderia perguntar-se: “se os pressupostos já requerem que a Bíblia seja verdade e, portanto, que Cristo já ressuscitou dentre os mortos, como poderia a evidência ser exercer influência?” Bem, depois que a buzina apita após a bola ser lançada na cesta[4], o apito torna-se uma questão do passado e nós, mesmo sabendo o resultado do jogo, ainda estamos estarrecidos pelo arremesso e podemos assistir impressionados quando observamos o replay do jogo. O arremesso é ainda impressionante, mesmo quando você sabe o contexto e o resultado.
E a ressurreição do nosso Senhor é muito mais impressionante, mesmo quando a abordamos dentro do contexto das verdades pressupostas pela Bíblia. Os Cristãos prontamente diriam aos Incrédulos: “Dentro de nossa cosmovisão, as evidências mostram que Deus ressuscitou Cristo dentre os mortos! (ainda mais surpreendente, Ele o fez por amor para salvar pecadores como nós) – sua cosmovisão não tem nada tão impressionante como isto, mas, realmente, causa absurdo dentro da história, ciência e raciocínio.” A escolha deveria ser óbvia.
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Notas
[1] The Protestant Doctrine of Scripture, p. 51.
[2] Christian Theistic Evidences, p. 56.
[3] Aqui está um exemplo da “Impossibilidade do Contrário”. Como o Incrédulo não possui, na sua Cosmovisão, uma estrutura adequada à Realidade, ele precisará pedir do “capital emprestado” do Cristianismo. Por exemplo, temas como Moral, Verdade, Ordem, Harmonia, Unidade e Diversidade etc, são encontradas na base da fé cristã. Um Incrédulo não poderá falar em humildade, por exemplo, pois não existe base garantida para tal conceito. É impossível para a Cosmovisão Incrédulo sustentar-se sem as bases epistêmicas do Cristianismo.[N.T]
[4] O Dr. Bahnsen fala do game-winning, quando, no basquete, faltando poucos segundos para o fim do jogo, o jogador faz um lançamento e, a bola no ar em direção à cesta, a buzina toca (zero tempo), mas a cesta é válida. Você já sabe o final do jogo, mas o lance é tão impressionante que você ainda assiste o replay. Veja um exemplo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=PkjbaNFmt-M [N.T]
Fonte: Covenant Media Foundation
Quando incrédulos resistirem aos argumentos fatuais que o apologista pode e deve prontamente colocar diante deles para confirmar ou defender a posição Cristã, Van Til diz que devemos, então, entender e levar seriamente que “a batalha não é primariamente sobre este ou aquele fato. A batalha é, basicamente, à respeito da filosofia dos fatos.... Ninguém pode ser um cientista de maneira inteligente sem ao mesmo tempo ter uma filosofia da realidade como um todo” .
O uso pressuposicional das evidências na apologética reconhece que, no final das contas, o conflito intelectual entre Crentes e Incrédulos é uma questão de Cosmovisões Antitéticas. Devemos mostrar que a Cosmovisão Incrédula, pelo qual ele deseja opor-se às reivindicações da fé, não apenas exclui os fatos da Escritura, mas [exclui] a completa inteligibilidade de quaisquer fatos sobre qualquer assunto. Por esta razão, Van Til não desistiu de que o apologista não cometesse o engano de pretender ser neutro ou autônomo no raciocínio, mas apresenta-se sua defesa fatual de modo correto e de modo claro ao Incrédulo. “Cristianismo, então, não precisa refugiar-se sob o teto de um método cientifico independente de si mesmo. De preferência, oferece-se como um teto para métodos que seriam científicos.” [2]
Se a inteligibilidade do raciocínio indutivo, empírico usado pelo Incrédulo se opor à Fé faz algum sentido filosófico, o Incrédulo precisará afirmar a Fé Cristã como sua pressuposição ou cosmovisão[3]! O esforço do dos Incrédulos devem ser voltados contra sua própria incredulidade. Isso é simplesmente a maneira pressuposicional de defender a fé e pressionar os argumentos evidenciais.
A força evidencial da, digamos, ressurreição de Cristo é perdida quando o argumento da evidência para isto é apresentada ao incrédulo dentro do contexto das pressuposições bíblicas? De modo algum! A Apologética Pressuposicional convoca o Cristão e o Não-Cristão a colocarem-se suas cosmovisões lado a lado e fazer um exame interno de ambas (e suas respectivas “lógicas internas”). Em tal comparação, a força evidencial da ressurreição de Cristo é facilmente estabelecida.
Mas alguém poderia perguntar-se: “se os pressupostos já requerem que a Bíblia seja verdade e, portanto, que Cristo já ressuscitou dentre os mortos, como poderia a evidência ser exercer influência?” Bem, depois que a buzina apita após a bola ser lançada na cesta[4], o apito torna-se uma questão do passado e nós, mesmo sabendo o resultado do jogo, ainda estamos estarrecidos pelo arremesso e podemos assistir impressionados quando observamos o replay do jogo. O arremesso é ainda impressionante, mesmo quando você sabe o contexto e o resultado.
E a ressurreição do nosso Senhor é muito mais impressionante, mesmo quando a abordamos dentro do contexto das verdades pressupostas pela Bíblia. Os Cristãos prontamente diriam aos Incrédulos: “Dentro de nossa cosmovisão, as evidências mostram que Deus ressuscitou Cristo dentre os mortos! (ainda mais surpreendente, Ele o fez por amor para salvar pecadores como nós) – sua cosmovisão não tem nada tão impressionante como isto, mas, realmente, causa absurdo dentro da história, ciência e raciocínio.” A escolha deveria ser óbvia.
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Notas
[1] The Protestant Doctrine of Scripture, p. 51.
[2] Christian Theistic Evidences, p. 56.
[3] Aqui está um exemplo da “Impossibilidade do Contrário”. Como o Incrédulo não possui, na sua Cosmovisão, uma estrutura adequada à Realidade, ele precisará pedir do “capital emprestado” do Cristianismo. Por exemplo, temas como Moral, Verdade, Ordem, Harmonia, Unidade e Diversidade etc, são encontradas na base da fé cristã. Um Incrédulo não poderá falar em humildade, por exemplo, pois não existe base garantida para tal conceito. É impossível para a Cosmovisão Incrédulo sustentar-se sem as bases epistêmicas do Cristianismo.[N.T]
[4] O Dr. Bahnsen fala do game-winning, quando, no basquete, faltando poucos segundos para o fim do jogo, o jogador faz um lançamento e, a bola no ar em direção à cesta, a buzina toca (zero tempo), mas a cesta é válida. Você já sabe o final do jogo, mas o lance é tão impressionante que você ainda assiste o replay. Veja um exemplo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=PkjbaNFmt-M [N.T]
Fonte: Covenant Media Foundation
Traduzido por Gaspar de Souza
4 comentários:
Shalom!
Amado Prof. Gaspar, uma alegria conhecer seu blog. O Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti!
Medite em Pv 23.23
Nele, Pr Marcello
Visite>> http://davarelohim.blogspot.com/
e veja o texto:
Os 4 descansos - Hebreus 4
P.s>>> Caso o irmão se identifique com o blog, torne um seguidor. Será uma honra!
Grato!
Eu gostaria de saber dos que são contra o uso de evidências, qual a base usada por eles para se oporem aos fatos bíblicos? Se não usarem evidências para demonstrarem o que pensam, qualquer coisa que falarem não passará de uma simples opinião!! Portanto, o cristão que esteja pronto para defender a sua fé e com evidências o quanto possível.
Rev. Rogerio Mattos
I.P. ROÇADINHO - BA
Olá, Pr. Marcello. Seja bem-vindo e sinta-se à vontade para postar seus comentários.
Visitei o seu site e o achei interessante. Parabéns e que Deus continue a abençoá-lo.
Gaspar
Rogério, não há NENHUM pressuposicionalista que se oponha ao uso das evidências. Por outro lado, os Evidencialistas optam por apresentar as evidências como se fossem "fatos brutos" e os Incrédulos fossem "neutros". As evidências só fazem sentidos tendo interpretação externa e, para isto, não podemos ser nós; mas alguém infinito e que tenha pleno conhecimento. Por esta definição, apenas o Deus Infinito, Pessoal e Triúno pode assim fazer. Mas para que as evidências possam ser conhecidas, Deus deve fazê-las cogniscíveis. Por isso que apenas na Cosmovisão Cristã, pressupondo as verdades do Cristianismo, as evidências fazem sentido.
Forte abraço, amigo.
Gaspar
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