O mapa é controverso desde foi descoberto, na década de 50, com muitos estudiosos suspeitando de uma fraude destinada a mostrar que os vikings foram os primeiros europeus a pisar na América do Norte - uma alegação confirmada, depois, por achados arqueológicos.
Dúvidas sobre a autenticidade do mapa persistiram mesmo depois do uso de datação por carbono 14 para estabelecer a idade do documento.
"Todos os testes que fizemos nos últimos cinco anos - no material e em outros aspectos - não mostram nenhum sinal de falsificação", disse Rene Larsen, reitor da Escola de Conservação da Real Academia Dinamarquesa de Belas-Artes.
Ele apresentou as conclusões de sua equipe durante uma conferência internacional de cartografia realizada na capital da Dinamarca.
O mapa mostra a Groenlândia e uma ilha do Atlântico referida como Vinilandia Insula, a Vinland das sagas islandesas, atualmente vinculada pelos estudiosos à província canadense de Terra Nova, onde nórdicos sob o comando de Leif Eriksson estabeleceram-se por volta do ano mil.
Larsen disse que sua equipe realizou testes na tinta, estilo de escrita, buracos causados por insetos e no pergaminho do mapa, que está guardado na Universidade Yale, nos EUA.
Ele disse que os buracos, abertos por besouros, são consistentes com os buracos em outras páginas do livro onde o mapa estava encadernado.
Ainda segundo ele, as alegações de que a tinta era muito recente, por conter uma substância chamada dióxido de titânio anatase, podem ser descartadas porque já foram descobertos mapas medievais com a mesma substância, que provavelmente teria sido transferida a partir da areia usada para secar a tinta.
Estudiosos nos EUA dataram o mapa de cerca de 1440, cerca de 50 anos da "descoberta" da América por Colombo. Acredita-se que ele tenha sido produzido para um concílio religioso realizado na Suíça nesse ano.
O Mapa Vinland não é um "mapa dos vikings" e não altera o registro histórico sobre quem primeiro chegou à América. Mas mostra que a existência do Novo Mundo era conhecida não apenas pelos povos nórdicos, mas também por outros europeus pelo menos 50 anos antes da viagem de Cristóvão Colombo.
Fonte: Estadão
Postado por Gaspar de Souza
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