O texto foi-me entregue pelo amigo e irmão Pr. Antônio Júnior. Ele é co-pastor em Santa Cruz do Capibaribe. Já notando o número de acesso tido em nosso blog (meu e de vocês), solicitou-me a postagem do testemunho de alguém no envolvimento com "drogas". Acredito que é perfeitamente importante demonstrar que é possível deixar o "vício das drogas".
FAÇO SABER QUE O TEXTO É DE SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE, NÃO EXPRESSANDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DESTE BLOGUEIRO.
Segue o texto:
____________________________________________________________________
MEU ENVOLVIMENTO COM AS DROGAS*
Pr. Antônio Pereira da Costa Júnior
Tudo começou quando eu tinha uns 17 anos (época da minha conversão) e um amigo chegou com aquele papo de experimenta, depois quando você quiser é só parar... e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", da terra, que não fazia mal, e me deu um inofensivo CD de Alice Maciel e em seguida um de Cassiane. Achei legal, uma coisa bem brasileira.
Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "irmão" e acabei comprando pela primeira vez.
Lembro que cheguei na loja e pedi:
- Me dá um CD do Jorjinho do Xerém e outro do Valquíria de Oliveira, ainda tive a coragem de dizer: cujo título é “Sapato de Fogo”.
Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Sertanejo Gospel. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... Falcão e Josué , Daniel e Samuel, Os Canarinhos de Cristo, Zé Marco e Adriano etc. Com o tempo, meu amigo foi me oferecendo coisas piores... Tribo do Funk, Mc Naldinho, Adriano Gospel Funk e muito mais.
Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer os quadris como eu nunca havia mexido antes. Então, meu amigo me deu o que eu queria, um CD dos Arrebatados. Enlouqueci... usei até na academia com a desculpa que iria me ajudar a perder peso.
Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais... Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show e ao encontro dos grupos Só Pra Abençoar e Ministério Além da Razão, e até dei esses CD’s de presente pra alguém. É assim, quando agente está viciado sempre quer que alguém vá pro fundo do poço conosco.
Quando dei por mim, já estava usando a camisa de Mattos Nascimento. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a Coletânea "As melhores de J. Neto". Foi terrível! Eu já não pensava mais! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Fazia as coisas por impulso.
Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, quando comecei a escutar Rip-Hop Gospel: Dj Alpiste, Apocalipse 16, Juízo Final etc. Piorei escutando Diante do Trono, quase comecei a andar como leão, de quatro. Ainda fui levado a consumir Catedral, foi horrível. Pensei que era o fim.
Comecei a ter delírio e a dizer coisas sem sentido e quando saía à noite para ir pra igreja, saudava os outros com um “E ai mano, tudo beleza”. Já tinha esquecido a famosa frase: “A paz do Senhor meu irmão”. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas que queriam me mostrar o caminho das pedras... Tinha até aqueles que ouviam músicas estrangeiras sem entender nem o que eles diziam. Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir às drogas mais pesadas que encontrasse: as pregações do Apóstolo Valdemiro e de R. R. Soares. Balanceei ouvindo Silas Malafaia. Quase morri de inanição bíblica.
Mas procurei ajuda. Hoje estou bem, graças a Deus. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Grupo Logos, Sergio Lopes, Adhemar de Campos e Asaph Borba – alguns dão efeito colateral. Mas o médico falou que eu talvez tenha de recorrer a outros remédios mais antigos como: doses diárias de Luiz de Carvalho e Oséias de Paula.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Hoje, praticamente, é tudo carisma sem caráter.
Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante.
Vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:
-Não ligue a TV no domingo à tarde;
-Não entre em carros com adesivos "Propriedade Exclusiva de Jesus" – todos sabem que nunca foi;
-Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa de R. R. Soares ou quanto ele cobra de cachê; Mulheres e adolescentes gritando histericamente são outro indício;
-Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
-Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados e ministrações antibíblicas;
-Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no Brasil, e
-Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.
Diga não às drogas! A vida é bela! Eu sei que você consegue!
SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER
*Baseado (até o nome é estranho) num texto de Luiz Fernando Veríssimo recebido por e-mail.
O Pr. Antônio Júnior é Co-pastor da 1ª Igreja Vale da Bênção em Santa Cruz do Capibaribe
Nenhum comentário:
Postar um comentário