terça-feira, 7 de abril de 2009

"O fato de repetirmos a palavra "paz" vinte vezes por dia não a tornará mais próxima"

A notícia é do dia 2 de abril, mas a considero importantíssima para o mundo. A Mídia chique não publicou como devia. Trata-se do discurso de posse do ministro das relações exteriores de Israel. Durante o pronunciamento, o Ministro Avigdor Lieberman fez duro discurso, principalmente contra o terrorismo. Já estava na hora de "engrossar o caldo" contra o terror. A certa altura diz o ministro: "se vis pacem, para bellum" -"se queres a paz, prepara-te para a guerra". O comentarista Daniel Pipes fez algumas observações sobre o discurso. Para os que leem em inglês, clique aqui e veja o excelente discurso de Lieberman


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A Brilhante Debutação de Avigdor Lieberman

por Daniel Pipes

Avigdor Lieberman se tornou ontem ministro das relações exteriores de Israel. Ele celebrou sua posse com um discurso inaugural que as reportagens das agências de notícias indicam que deixaram seus ouvintes gaifonando, se contorcendo e perplexos. Por exemplo, a BBC nos informa que suas palavras motivaram "sua antecessora Tzipi Livni a interrompê-lo e diplomatas a se retorcerem inconfortavelmente".

Avigdor LiebermanLamentável, para eles - o discurso me deixa exultante. Aqui são alguns dos tópicos abordados por Lieberman no seu emocionante discurso de 1.100 palavras:
A ordem mundial: A ordem westphaliana dos estados está morta, substituída por um sistema moderno que inclui estados, semi-estados e participantes internacionais irracionais (por exemplo, Al-Qaeda, talvez o Irã).


Prioridades mundiais: Estas têm que mudar. O mundo livre tem que focar-se em derrotar os países, as forças e as entidades extremistas "que estão tentando violá-las". Os problemas reais estão vindo da "direção do Paquistão, Afeganistão, Irã e Iraque" - e não do conflito israelense-palestino.


Egito: Lieberman elogia Cairo como "um fator estabilizador no sistema regional e talvez até mesmo mais do que isso" mas deixou avisado ao governo de Mubarak que ele só irá lá se a sua contraparte vier a Jerusalém.


Repetição da palavra "paz": Lieberman verteu com desdém governos israelenses anteriores: "O fato de repetirmos a palavra "paz" vinte vezes por dia não a tornará mais próxima".


O fardo da paz: "Eu vi todas as propostas feitas tão generosamente por Ehud Olmert, mas não vi nenhum resultado". Agora, as coisas mudaram: "o outro lado também tem responsabilidade" pela paz e terá que ceder.


O Mapa da Estrada: O bloco de novidades mais surpreendente do discurso de Lieberman foi o foco e o endosso do Mapa de Estrada, uma iniciativa diplomática de 2003 que ele votou contra na ocasião, mas que é, como ele coloca, "o único documento aprovado pelo gabinete e pelo Conselho de Segurança". Ele o chama de "uma resolução compulsória" que o novo governo deve implementar. Em contraste, ele especificamente observa que o governo não está compromissado pelo acordo de Annapolis de 2007 ("Nem o gabinete nem o Knesset jamais o ratificaram").


Implementação do Mapa de Estrada: Lieberman pretende "agir exatamente" de acordo com as palavras do Mapa de Estrada, incluindo seus Princípios e sub-documentos Zinni. Então vem uma das duas centrais declarações do discurso:

Eu nunca aceitarei que renunciemos a todas as cláusulas - eu acredito que haja 48 - e ir diretamente à última cláusula, negociações para um acordo permanente. Não. Estas concessões não alcançam nada. Nós aderiremos palavra por palavra, exatamente como está escrito. Cláusulas um, dois, três, quatro - desmantelamento das organizações terroristas, estabelecimento de um governo eficaz, realização de uma mudança constitucional profunda na Autoridade Palestina. Nós continuaremos exatamente de acordo com as cláusulas. Nós também somos obrigados a implementar o que é requerido da nossa parte em cada cláusula, mas da mesma maneira está o outro lado. Eles têm que implementar o documento por completo.

O erro em fazer concessões: Ele observa os "passos dramáticos e as propostas de longo alcance feitas" pelos governos Sharon e Olmert e então conclui, "Mas eu não vejo que [elas] trouxeram a paz. Pelo contrário. … É precisamente quando nós fizemos todas as concessões" que Israel se tornou mais isolado, como na Conferência de Durban em 2001. Em seguida segue sua outra declaração central:

Nós também estamos perdendo terreno diariamente junto à opinião pública. Será que alguém acha que concessões e dizer constantemente "eu estou preparado para ceder" e usar a palavra "paz" levará a alguma coisa? Não, isso só provocará pressão e mais e mais guerras. "Si vis pacem, para bellum" - se você quiser paz, prepara-te para a guerra, seja forte.


A Força Israelense: Lieberman conclui com uma chamada despertadora para a fortitude: "Quando que Israel estava no seu mais alto nível quanto à opinião pública ao redor do mundo? Depois da vitória na Guerra dos Seis Dias, não após todas as concessões nos Acordos de Oslo I, II, III e IV".
Postado por Gaspar de Souza

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