"As questões da origem da vida e de se vida existe em outras partes do universo são muito adequadas e merecem consideração séria", disse o padre José Gabriel Funes, astrônomo e diretor do Observatório do Vaticano.
Funes, um jesuíta, apresentou na terça-feira, 10, os resultados dos cinco dias da conferência, que reuniu astrônomos, físicos, biólogos e outros especialistas para discutir o campo florescente da astrobiologia - o estudo da origem da vida e de sua presença no cosmo.
Funes disse que a possibilidade de vida alienígena levanta "muitas implicações filosóficas e teológicas", mas acrescentou que a reunião teve como foco principal a perspectiva científica e como diferentes disciplinas podem ser usadas para explorar o problema.
O astrônomo americano Chris Impey disse que é apropriado o Vaticano patrocinar esse tipo de encontro.
"Tanto a ciência quanto a religião apresentam a vida como um resultado especial em um universo vasto e amplamente hostil", disse ele. "Existe um rico campo médio de diálogo entre os praticantes da astrobiologia e as pessoas que buscam compreender o significado da existência num universo biológico".
Trinta cientistas, incluindo não-católicos, dos EUA, França, Reino Unido, Suíça, Itália e Chile tomaram parte na conferência, convocada para explorar, entre outras questões, "se formas de vida sensciente existem em outros mundos".
Funes abriu caminho para a conferência no ano passado, quando discutiu a possibilidade de vida alienígena em uma entrevsita publicada com destaque no jornal do Vaticano.
O ponto de vista da Igreja romana mudou radicalmente nos séculos que transcorreram desde que o filósofo Giordano Bruno foi queimado na estaca como herege e, 1600 por especular, entre outras coisas, que outros mundos poderiam ser habitados.
Fonte: Estadão
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