Desejo comentar a mais nova decisão do CCJ (Comissão de Constituição e Justiça do Senado), na última quarta-feira: a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o prazo de dois anos de separação conjugal para dar entrada no divórcio, chamada de “divórcio direto”. Apresentada pelos deputados Antônio Carlos Biscaia (PT – RJ) e Sérgio Barradas Carneiro (PT – BA), com a proposta partindo do Instituto Brasileiro de Direito da Família(IBDFAM), a emenda só depende, agora, da apreciação em plenário, visto que já tramitou na Câmara e no Senado. O presidente-relator da matéria é o deputado Demóstenes Torres (DEM – GO).
O que chama a atenção é que a PEC não estava na pauta e foi colocada de última hora pelo parlamentar.
Tem-se implantado no Mundo (e, em especial, no Brasil), aquilo que a revista Christianity Today chamou de “Cultura do Divórcio”. As Políticas Públicas, em nome de um suposto “direito da família”, tem propiciado cada vez mais facilidades para esfacelamento da Família Tradicional, aquela mesma que sustentou as Culturas Modernas, como os EUA. O número de divórcio cresce a cada dia (os legais e os ilegais, aqueles que separam-se de corpos, mas não de “papéis”; sem contar aqueles que vivem numa “união estável” e que, pela dureza dos corações, acabam por desestabilizar aquela relação).
As supostas novas formas de famílias, divergentes da Família Nuclear, são portas abertas para a decadência da sociedade em geral. Decerto que Rui Barbosa, com as palavras “a família é a célula mãe da sociedade”, concebia, inclusive, a propagação e sustentação da Pátria, sendo esta a família ampliada. Uma vez multiplicada a família, como organismo vivo que é, a Pátria também cresceria.
No entanto, este organismo tem sido combalido por substâncias danosas e cancerígenas que desestruturam sua imunidade. A cada dia, novas drogas são injetadas: feminismo, feminilização da masculidade, abolição da figura paterna, indistinção dos papéis, reestruturação e novas definições para a família (e.g. duas pessoas do mesmo sexo), adoção de crianças por pares do mesmo sexo, controle de natalidade estatal, desvalorização da vida dos fetos, supervalorização do consumo, bombardeio de propagandas de sexo pré-conjugal, extra-conjugal, nudez e, entre outras, o divórcio como opção aos conflitos.
Órgãos como o IBDFAM escondem o horror travestido(ops!) das “boas intenções”(oh, ditado certo aquele!) de seus objetivos no “Estatuto das Famílias” ou no projeto 2.285/07 apresentado pelo Dep. Sérgio Barradas Carneiro (PT), membro da IBDFAM. Mas, veja bem o que a IBDFAM entende por famílias:
Estatuto das FamíliasArtigo 3: É protegida como família toda comunhão de vida instituída com a finalidade de convivência familiar, em qualquer de suas modalidades.
Artigo 7: É dever da sociedade e do Estado promover o respeito à diversidade de orientação sexual.
Art. 68. É reconhecida como entidade familiar a união entre duas pessoas de mesmo sexo, que mantenham convivência pública, contínua, duradoura, com objetivo de constituição de família, aplicando-se, no que couber, as regras concernentes à união estável.
Parágrafo único. Dentre os direitos assegurados, incluem-se:
I - guarda e convivência com os filhos; II - a adoção de filhos; III - direito previdenciário; IV - direito à herança.Não é à toa que o blogueiro Julio Severo chamou-o de “Estatuto da Destruição”
Já está mais do que provado que, filhos de pais separados sofrem mais abusos e maus-tratos. O jornalista Olavo de Carvalho, no Diário do Comércio (10/03/2009) comenta:
“Na Inglaterra, os filhos de mães solteiras sofrem 73 vezes mais abusos fatais – e 33 vezes mais abusos sérios sem morte – do que as crianças criadas em famílias completas. Nos EUA, 55 por cento dos assassinatos de menores de idade acontecem em casas de mães solteiras. Raríssimos casos de abusos de menores acontecem em lares íntegros, com um pai e uma mãe regularmente casados. A presença de um pai é, hoje como sempre, a maior garantia de segurança física para as crianças. Aqueles que removeram esse pai, entregando as crianças à mercê dos amantes de suas mães, são diretamente culpados pela epidemia crescente de violência contra crianças, e são eles mesmos que tiram proveito dela, arrogando-se cada vez mais autoridade para solapar a da família constituída e colocar um número cada vez maior de crianças sob a guarda de assistentes sociais politicamente corretos.”
Mas, quem vai prestar atenção a estes dados, quando a agenda relativista e pagã está por trás de tais mudanças? Relativista porque considera todos os pontos de vistas (menos o judaico-cristão, claro) como válidos, mas não avaliam as possíveis implicações; pagã porque rejeita os valores que fundaram o Ocidente e as Democracias, os valores judaico-cristãos.
Enfim, o “divórcio direto”, o número de pais e mães solteiras aumentarão(como se já não fosse o bastante); as famílias ficarão cada vez mais deterioradas e os valores morais sólidos serão desprezados, gerando uma geração de filhos solitários, sem pai e sem mãe, mas, como eles desejam, filho de “dois pais” ou “duas mães”. Não há o menor esforço para salvar casamentos e famlías. Optam pela "dureza dos corações". Será o prenúncio da nossa extinção.
Postado por Gaspar de Souza
Um comentário:
Gostaria de comentar acerca do grifo em vermelho quando trata da ausência do pai. Tenho lido por meio de revistas (fila de supermercado) a temática de uma das personagens em: O Caminho das Índias. Esta personagem (Criada pela autora que odeia crentes) faz um contrato para ter um filho sozinha. Ela paga para um doador de sêmem e depois faz a inseminação artificial. A idéia é a de que a mulher não precisa do homem pra constituir "família", salvo na doação do sêmem. Mas que família há, sem a presença do homem? Nenhuma! A propaganda desta maldita novela é a de uma sociedade moderna! O problema é que a nossa sociedade se encontra cada vez mais degradada por falta de uma família mais tradicional!
Pastores, ensinemos os valores cristãos em nossas igrejas!!!!!
Um abraço
Sem. Rogerio Mattos - SPN
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