Por Gaspar de Souza

Em todo o julgamento, ficou claro
que alguns juízes agiram mais como defensores dos criminosos. Ao não ver a luz
no fim do túnel, mas apenas um abismo entre a Justiça e a Impunidade que cada vez mais se distanciam, mas é a
Impunidade quem permanece e a Justiça vai embora, há de perguntar: o que a Igreja
de Cristo tem a ver com isso?
O Teólogo Richard Niebuhr constumava
falar em Igreja Responsável e Irresponsável. No caso desta última, ela escolhe
um caminho polarizado entre ficar do lado dos poderosos, e por isso ela busca a
aprovação dos homens; ou ficar do lado dos “revolucionários”, dos radicais. Há
ainda aquelas que se isolam de uma coisa ou de outra. São “tão santas” que não
vão ao mundo (Jo. 17.18) e estão completamente alheias ao clamor por Justiça.
A Igreja Responsável entende-se como
Apostólica. Ela proclama o Evangelho que se manifesta na Justiça de Deus em
Cristo. Ela se vê como uma Igreja Pastora, arrebanhando aqueles que clamam por
Justiça. E ela se vê como um Reino de Sacerdotes, intercede pelos homens e, até
mesmo, se arrepende por eles “por não saberem o que fazem”. Ela entende o valor
da Justiça e, por isso, aplica-o a si mesmo.
Dito isso, vê-se quão urgente é a
questão da Disciplina na Igreja de Cristo. A igreja não é uma justiceira, mas
uma promotora da justiça. Ela testifica aos homens que o Evangelho está
clamando desde os céus para que se arrependam, pois o Justo Deus está para
executar a sua Espada e Ele é o Justo Juiz que julga imparcialmente, e nisso
não há acepção de pessoas. Em “abrir e fechar o reino dos céus”, a Igreja dá o exemplo,
abrindo os braços para os arrependidos, mas fechando para os impenitentes, de
dentro e de fora de suas portas. Ela executa a Justiça em si mesmo, corta na
própria carne, ferindo-se pela Lei. Nela, a misericórdia e a verdade se
encontram; a justiça e a paz se beijam(Sl 85.10). Ele deve ser a Ministra e
Herdeira da Justiça, servindo ao Supremo Juiz.
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