Por John Frame
16. Denominador Comum(Terreno Comum) – aquilo que Crente e Incrédulo tem em comum, tornando possível para ambos engajassem num debate apologético. Veja “Ponto de Contato”. VT algumas vezes negava que Cristãos e Não-Cristãos tinham qualquer crença em comum. Mas, sua real visão era que eles não teriam tais crenças em comum se cada um fosse consistente com suas pressuposições. Ver Bahnsen, 276, 420-24, 730
17. Noções Comuns – Crenças que os Cristãos e Não-Cristãos tem em comum. VT algumas vezes negava existir alguns destes. Mas, veja “Denominador Comum”, acima.
18. Contingência – (1) dependência de alguma outra coisa para origem e/ou continuar sendo; o oposto de necessário. (2) mudança.
19. Correlativo – Mutuamente dependente. Para VT, o incrédulo sustenta que Deus e o Mundo são correlativos.
20. Criativamente Construtivo – na opinião de VT, aquilo que o pensamento incrédulo tenta ser. Sua tentativa de ser o padrão original de toda verdade, como oposto ao pensamento Cristão, que é “receptivamente criativo”(= analógico no segundo sentido)
21. Dedutivismo – (1) tentativa de deduzir o todo da teologia de um “conceito principal”; (2) dedução de um esboço a partir de um conceito bíblico que são incompatíveis com outros conceitos bíblicos. Ver Frame, 166.
22. Determinismo – (1) a visão de que todo evento no mundo tem uma causa. (2) a visão de que todo evento no mundo tem uma causa finita. VT pode ser considerado um determinista no sentido (1), mas não no sentido (2). Todavia, determinismo de ambos os tipos frequentemente pressupõe causação impessoal como fundamento. Neste sentido, VT rejeitou o determinismo e apontou o que seria equivalente a causal.
23. Eminência – Argumento de que Deus deve possuir as melhores qualidades das criaturas em um grau infinito. Um dos três meios de Aquino de conhecer a Deus, sendo os outros causalidade e negação. Van Til acreditava que este método, se não governado pela Escritura, produz um Deus finito, apenas um pouco maior que as criaturas.
24. Epistemologia: Teoria do Conhecimento.
25. Ética: Teoria do Comportamento.
26. Evidência – (1) os fatos usados num argumento para estabelecer uma conclusão; (2) enunciado de tais fatos. Ver Frame, 177ss.
27. Fato – uma descrição dos eventos no mundo real, governado por lei.
28. Fideísmo – crença de que Deus é conhecido pela fé e não pela razão. VT é algumas vezes acusado de fideísmo, mas ele repudiava isto freqüentemente. Ver Bahnsen, 77 – 82.
29. Dificuldade do “Cesto Cheio” – Deus é todo glorioso; nenhuma glória pode ser adicionada a Ele. Ainda assim, Ele chama suas criaturas a glorificá-lo. VT diz, então, que glorificar a Deus era como tentar adicionar água a um cesto cheio [de água].
30. Implicação – (1) O ato de derivar a conclusão de uma premissa ou premissas. (2) A conclusão derivada das premissas. (3) (Na Filosofia Idealista): um método de raciocínio que emprega lógica com um entendimento do trabalho psicológico da mente no seu contexto situacional. VT algumas vezes falava de sua abordagem como um “método de implicação” no terceiro sentido, alguma coisa mais que mera dedução ou indução, mas incluindo ambas. Ver Bahnsen, 172 – 73.
31. Incompreensibilidade de Deus – (1) Nossa inabilidade de conhecer a Deus exaustivamente; (2) falta de identidade entre qualquer pensamento humano e qualquer pensamento divino. (1) é o significado mais comum na teologia; (2) foi o assunto da controvérsia de Van Til/[Gordon] Clark.
32. Argumento Indireto – um sinônimo para reductio (q.v)
33. Irracionalismo – Crença que a razão humana é inadequada para descobrir a verdade. VT cria que os incrédulos são irracionalistas e racionalistas ao mesmo tempo. Ver Bahnsen, 717ss, Frame, 231ss.
34. Conceito Limitado (ou suplementativo) – Conceito de algo (como uma infinidade de objetos reais) que não existe (ou não poder ser provado que existe), mas que pode servir a um propósito útil no pensamento. Kant acreditava que os conceitos de Deus, Liberdade e Imortalidade era conceitos limitados. Em sua opinião, nós deveríamos viver “como se” eles existissem. VT acreditava que alguns conceitos teológicos (e.g: a idéia de que o pecado pode destruir a obra de Deus) não são literalmente verdadeiro, mas podem ser afirmados como base similar “como se”.
35. Metafísica, Ontologia: (1) uma visão geral do mundo, uma visão do mundo-e-vida. (2) a realidade fundamental que existe.
36. Monismo: Crença de que a realidade é toda de um único tipo; portanto, nega a distinção criador-criatura.
37. Negação, remoção, via negativa: Maneira de conhecer a Deus atribuindo-lhe o oposto das qualidades das criaturas que são percebidos como limitados. Uma das três maneiras de Tomás de Aquino de conhecer Deus; as outras são eminência e causalidade. Na visão de VT, quando este é usado a parte da Escrituras, ele produz um deus que é “puro branco”, uma mera negação da realidade finita.
38. Neutralidade: Tentar pensar ou viver sem um comprometimento religioso ou pressuposição última. Na visão de VT, isto é impossível. Tentativa isto pressupõe um comprometimento contra o Deus Verdadeiro.
39. Efeito Noético do Pecado: O efeito do pecado sobre o pensamento, razão e conhecimento humano. Em VT: os pecadores conhecem a Deus, mas reprime tal conhecimento (Rm. 1)
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