'LULA É MINHA ANTA', DE MAINARDI, DENTRE OS LIVROS QUE FAZEM PARTE DA ESTANTE DA DILMA
“Discriminação! Cadê O País dos Petralhas???”, bradou Reinaldo Azevedo, que reproduziu o texto do Estadão em seu blog. Meu amigo e vizinho de site está coberto de razão. Se a equipe do marqueteiro João Santana quis mostrar que Dilma se converteu numa democrata tão radical que lê até as obras dos grandes satãs do PT, não poderia ter esquecido o best-seller de Reinaldo. A menos que a entrada em cena de Lula é Minha Anta tenha sido coisa de algum tucano infiltrado, admirador de Reinaldo Azevedo, que deixou em casa o exemplar autografado para não ser identificado pela dedicatória.
Lula, que nunca leu nada na vida, já teria motivos para sentir-se afrontado com a mera presença da estante. A ideia de juntar com estudada displicência livros de diferentes gêneros e autores é ofensa grave. Se o padrinho não passou sequer da orelha daquele livro de Paulo Coelho, a afilhada deveria ter-se dispensado de fingir que leu todos os poemas de Manuel Bandeira, os clássicos de William Faulkner, livros de química e física, lançamentos recentíssimos e até obras por traduzir.
Mais que afronta, mais que ofensa grave, a inclusão de Lula é Minha Anta talvez seja o primeiro indício veemente da ruptura inevitável. É possível que a criatura, anabolizada pelas últimas pesquisas de opinião, já esteja desconfiando de que não deve tanto assim ao criador. Nessa hipótese, Dilma começou a trair Lula ─ com Diogo Mainardi.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
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