sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sete Coisas que você não pode fazer como um Relativista Moral

Por Greg Koukl

Você decidiu tornar-se um relativista moral. Bom para você! O que poderia ser melhor do que fazer aquilo faz você se sentir bem? O que poderia ser pior do que deixar alguém dizer a você o que deveria ou não fazer? Além disso, é uma das visões mais fáceis de se adotar: basta deixar cada um na sua e pedir que eles façam o mesmo por você, e você nunca terá que se preocupar novamente sobre se suas ações são certas ou erradas. De fato, há realmente apenas sete coisas que você não poderá fazer como um relativista moral. Basta seguir as dicas abaixo e você será absolutamente livre para sempre!



Dica 1: Um Relativista não pode acusar os outros de Certo ou Errado

O Relativismo torna impossível criticar o comportamento de outros, porque, em última análise, o relativismo nega que haja tal coisa como certo-errado. Em outras palavras, se você crê que moralidade é assunto de definição pessoa, então você nunca poderá julgar as ações dos outros. Relativistas não podem, nem mesmo reclamar de racismo. Afinal, qual o sentido de alguém que não acredita em certo e errado julgar que “apartheid é errado”? Que justificação existe para intervir? Certamente não são os Direitos Humanos, pois não existe tal coisa como direitos, certo? O Relativismo é, em último caso, uma posição pró-escolha porque ele aceita que cada pessoa deve escolher sua posição, mesmo a escolha de ser racista.


Dica 2: O Relativista não pode reclamar do Problema do Mal.

A realidade do mal no mundo é uma das principais objeções levantadas contra a existência de Deus. o argumento é que se Deus fosse absolutamente poderoso e, finalmente, bom, então ele daria um jeito no mal. Mas, desde que o mal existe, um dos três cenários possíveis tem de ser verdadeiro: Deus é muito fraco para se opor ao mal; Deus é muito ocupado para se preocupar com o mal; ou Deus simplesmente não existe. Claro que, para avançar qualquer um desses argumentos quer dizer que você também tem que crer no mal, o que um relativista não pode, claro. De fato, nada pode ser chamado de mal – nem mesmo o Holocausto – porque fazer isso seria afirmar algum tipo de padrão moral.


Dica 3: Um Relativista não pode censurar, culpar ou aceitar honrarias.

Os conceitos de censura, culpa e honra são completamente sem sentido dentro do relativismo, porque não existe padrão moral pelo qual ele deva julgar algo como digno de censura ou de aplauso. Sem absolutos, no final nada é ruim, deplorável, trágico ou digno de culpa. Nem é qualquer coisa, em último caso, bom, honrável, nobre ou digno de honra. Fica tudo perdido em uma zona de cinzenta do nada moral. Aqueles que reivindicam ser relativistas são quase sempre inconsistentes aqui – eles querem evitar a culpa, mas são prontos para aceitar o louvor. Então, tome cuidado!


Dica 4: Um Relativista não pode alegar que qualquer coisa é justo ou injusto.

Sob o Relativismo, justiça e injustiça são dois conceitos que não fazem qualquer sentido em absoluto. Primeiro, e nesse caso, as palavras em si mesma não têm significado, pois ambas sugeririam que as pessoas merecem igualdade de tratamento com base em padrão externo do que é certo, e como já foi dito diversas vezes, um relativista não pode acreditar em certo e errado. Segundo, nesse caso não haveria tal coisa como um culpado. Justiça implica em punir aqueles que são culpados e a culpabilidade depende da imputação da culpa, a qual, como já está provado, não existe.


Dica 5: Um Relativista não pode aperfeiçoar sua moralidade

Com o relativismo, o aperfeiçoamento moral é impossível. Claro, os relativistas podem mudar sua ética pessoa, mas eles nunca podem se tornar pessoas morais. A reforma moral implica algum tipo de regra de conduta como um padrão para se alcançar. Mas esta regra é exatamente o que o relativista nega. Se não existe nenhum modo de vida melhor, então não pode haver aperfeiçoamento. Não apenas isso, mas não existe motivação para melhorar cada vez mais. O Relativismo destrói o impulso moral que faz as pessoas superarem-se porque não existe nada para se superar. Por que mudar um ponto de vista moral se o seu ponto de vista atual serve bem ao seu interesse e você se sente bem assim?


Dica 6: Um Relativista não pode manter uma discussão moral significante.

Um relativista torna impossível uma discussão sobre moralidade. O que existe para se discutir? Uma discussão ética envolve comparar os méritos de uma visão com outra a fim de encontrar qual seja a melhor. Mas, se a ética é inteiramente relativa e todas as visões são igualmente válidas, então nenhum modo de pensar é melhor do que outro. Nenhuma posição ética pode ser julgada adequada ou deficiente, irracional, inaceitável ou mesmo cruel. De fato, se um debate sobre a ética só faz sentido quando a moral é objetiva, então o relativista só pode ser vivido em um consistente silêncio. Você não poderá nem mesmo dizer: “é errado impor sua moralidade aos outros”


Dica 7: Um Relativista não pode promover a obrigação da tolerância

Finalmente, não existe tolerância no relativismo, porque a obrigação moral de ser tolerante viola a própria regra. O princípio da tolerância é frequentemente considerado um dos pilares do relativismo. A moralidade é individual e, por isso, deveríamos tolerar os pontos de vistas dos outros não julgando seus comportamentos e atitudes. Mas, deveria ser óbvio que este princípio cai em tremenda contradição. Se não existem valores moais, então não se pode requerer tolerância como um princípio moral. De fato, se não existem absolutos morais, por que, no fim das contas, se deve tolerar? Por que não forçar sua moralidade aos outros, se isto é do seu interesse e de sua ética pessoal permitir forçá-la sobre os outros? Apenas pense nisso quando falar em fazer isso, ok?

Fonte: Stand to Reason e SalvoMag


Traduzido e Adaptado por Gaspar de Souza

Um comentário:

Filósofo Calvinista disse...

Pois é! Por conta dos relativistas culturais da FANAI, ainda há no Brasil cerca de 23 tribos que praticam o Infanticídio. Franz Boas fez um bom estrago com suas ideias.

Postei algumas reflexões sobre essas questões (ainda não concluída). Na postagem consta alguns vídeos sobre o infanticídio:

http://filosofiacalvinista.blogspot.com/2009/09/etica-x-moral-conceitos-e-confusoes.html