domingo, 28 de agosto de 2011

Igreja Presbiteriana do México rejeita Ordenação Feminina ao Oficialato Pastoral: E quando chegar a nossa vez, o que será feito?


Com uma votação de 158 votos contra 14, a Assembleia Geral da Igreja Nacional Presbiteriana do México (INPM), rejeitou a ordenação de mulheres ao sacerdócio.

Argumentando a favor da ordenação feminina, o sociólogo Leopoldo Cevantes Ortiz disse que a Igreja deve recuperar o seu rosto inclusivo e propôs que a Assembleia desse liberdade aos presbitérios para ordená-las ou não. O delegado ao encontro Emmanuel Flores fundamentou seu argumento a favor do ministério feminino na doutrina da imagem de Deus, que criou homens e mulheres.

Otoniel López alegou que as ordens bíblicas não incluem a possibilidade das mulheres serem ordenadas e José Luis Zepeda, mesmo admitindo que Deus possa chamar mulheres para o seu serviço, enfatizou a inexistência de textos bíblicos que justifiquem o ministério feminino.

Amparo Lerín mostrou a necessidade de superar as posturas patriarcais e machistas, e pediu que os pastores se informassem sobre antecedentes históricos da ordenação feminina na história da Igreja.

O representante do presbitério Filadelfia, Nehemias Morales Macario, leu a proposta redigida por Ernesto García, secretário de atas do Ministério. O texto reflete a absoluta rejeição aos avanços democráticos e sociais dos princípios expressados pela Revolução Francesa, que ele qualificou como “movimento apóstata” que introduziu perniciosamente o conceito e a prática da emancipação das mulheres.

A Assembleia mostrou-se predisposta ao “não” desde o princípio. Muitos delegados expressaram descontentamento aos conferencistas que se manifestaram a favor da ordenação feminina.

Dois delegados, Moisés Zapata e Héctor Bautista, exigiram “mão de ferro” para os que não cumprirem as diretrizes aprovadas na Assembleia. Eles lembraram a realização de dois concílios, em 1980 e 2006, quando o tema foi discutido. Agora, disseram, é tempo de tomar medidas disciplinares sem concessões.

Com 102 votos a favor da medida, a Assembleia determinou que presbitérios e igrejas que ordenaram mulheres anulem, de imediato, tais medidas.

Estava preparado, assim, o caminho para o rompimento de relações com a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), uma vez que esta ordena aos ministérios pessoas com orientações sexuais diversas, o que foi destacado várias vezes na Assembleia da igreja mexicana.


Fonte: O Verbo

2 comentários:

Vaniny disse...

Vejo que em muitas Igrejas Presbiterianas mulherers exercendo funções e pregações tão abençoadas e tão efetivas, quanto as do sexo masculino. Por que não conferir a elas tantas que se prepararam e se dedicam o mesmo título e lugar na ordenação. Veja que na constituição já é previsto os direitos iguais.

cristianismo-relevante disse...

Duas colocações apenas:

1) em que lugar da Constituição? Se você se refere a CI IPB, a referência diz respeito à mulheres piedosas que podem realizar o serviço de assistência social e nada mais.

2) Seu argumento é pragmático. Oras, se um dia eu ouvir um homossexual pregando abençoadoramente (claro, um imperativo hipotético) terei também que ordená-lo???