
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Neuza Itioka e a Falsa Profecia da 2ª Volta de Cristo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
AGORA DANOU-SE! AS FEMINISTAS (NÃO AS FEMININAS) VÃO FICAR LOUCAS!
Mulheres buscam homens que as sustentem, diz estudo.
- MICHELLE ACHKAR
Não se trata de um carro ou de um destino turístico. O novo símbolo de status entre os casais é a possibilidade de o marido manter a mulher em casa, cuidando da rotina doméstica e dos filhos, sem que ela precise trabalhar para complementar a renda familiar. Depois de batalhar para conquistar espaço no mercado de trabalho, muitas mulheres estão novamente brigando para reconquistar o direito de ficar em casa.
Este é o resultado de uma pesquisa conduzida pela renomada London School of Economics. O percentual de mulheres que afirmou desejar a situação beira os 70%:
Os homens sentem que podem estar mais focados na carreira, sabendo que as parceiras estão à frente da família, o que evita, por exemplo, ter que sair do trabalho para socorrer imprevistos ou pequenos acidentes domésticos.
Mas a principal delas é, segundo eles, a definição clara dos papéis sobre quem faz o que, o que evita discussões à respeito da louça suja sobre a pia ou a arrumação da casa.
Para as mulheres isso inclui não reclamar da pouca ou nenhuma ajuda que os homens oferecem nos afazeres domésticos, fazer mimos e manter as coisas exatamente como eles querem, como manter as roupas limpas e bem-passadas, no caso dos maridos que tem altos cargos.
As mulheres que afirmaram ter tomado a decisão de deixar a carreira para cuidar dos filhos e da casa disseram viver a fase mais feliz de suas vidas, apesar de as amigas não concordarem com a decisão.
As mulheres apontaram que não se imaginam mais cuidando da carreira ao mesmo tempo em que realizam todas as tarefas da casa e cuidam dos filhos.
Fonte: Terra
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Apologética para a Glória de Deus

CÓD. CEP-0741
Apologética para a glória de Deus
John Frame
Preço R$ 44,00Comprar
Disponibilidade em estoque: Disponível
Sinopse
Este livro é uma "introdução" em vez de um sistema compreensivo de apologética. Entretanto, é escrito para pessoas aptas para leitura de material acadêmico de nível universitário que estejam seriamente dispostas a resolver questões que apresentam certo grau de dificuldade.
Por que mais uma introdução à apologética? Bem, à parte dos escritos de Val Til, poucas introduções à apologética, se houver, vão à própria Bíblia para inquirir mais detalhadamente sobre normas para a apologética. Espero que este livro preencha o vazio.
John Frame, do Prefácio
John M. Frame (A.B. pela Princeton University; B.D. pelo Westminster Theological Seminary; A.M. e M.Phil. pela Yale Univsersity) é professor de Teologia Sistemática e Filosofia no Reformed Theological Seminary, no campus de Orlando.
Ficha Técnica
- Título: Apologética para a glória de Deus
- Subtítulo: Uma introdução
- Autor(es): John Frame
- Código: CEP-0741
- ISBN: 9788576223498
- Páginas: 224
- Tamanho: 16 x 23 x 1.2 cm
- Acabamento: Brochura
- Peso: 340g
- Categoria: Livros - Apologética
- Categoria: Livros - Teologia
- Ano: 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
UMA CRÍTICA À CRÍTICA - FILOSOFIA-CALVINISTA OU SUPOSTO OBJETIVISMO DE UM BLOGUEIRO?

O que me surpreendeu na crítica? Um princípio de subjetividade tamanha para um exercício da ratio na tarefa crítica, principalmente quanto se queria ver "objetividade concreta" nos blogs criticados. Ao procurar analisar a “postura para com nossos governantes”, citando um célebre documento teológico, o autor da crítica destaca o dever de orar pelos magistrados, honrar as suas pessoas etc. Tudo bem que, para quem defende a pirataria, o “pagar tributos e outros impostos”, obedecendo às suas ordens legais e sujeitar-se à sua autoridade, e tudo isso por amor da consciência, não deva ser tão importante quanto à primeira proposição. Mas isto é outra história.
O que chama a atenção é que o autor, não encontrando encômios [orações e honras] públicos nos blogs por ele criticados, mas apenas as críticas aos governantes, acredita que alguns irmãos “estão esquecendo desse capítulo”. Para alguém dado à filosofia, não se deveria andar por “impressão”. Primeiro porque, de fato, ninguém está isento de prestar honras aos governantes. Isto não quer dizer, em hipótese nenhuma, que não haja entre nós o direito à resistência ao Estado, dentro dos meios legais: voto, protesto, cartas e, até mesmo, por repúdio aos seus vícios. Calvino, após falar sobre a “reverência” que os Cristãos devem ao magistrado e aos governantes – Calvino diz que para levantar-se contra estes, deve-se buscar aqueles – os “príncipes” sofrerão “sentimentos de aborrecidmentos”:
Porque, quando em meio de tantos vícios, tão enormes e alheios, não só ao ofício de governante, mas inclusive a todo senso de humanidade, não se vê nos superiores prova alguma da imagem de Deus que deve resplandecer em todo governante, nem qualquer rastro de um ministro do Senhor, que foi posto para louvor dos bons e castigo dos maus, não reconhecem nele àquele superior cuja autoridade e dignidade a Escritura nos recomenda. E certamente, sempre esteve não menos arraigado no coração dos homens o sentimento de aborrecimento e ódio aos tiranos, que o de amor aos reis justos, que cumprem com seu dever. (Inst. Liv. IV, §24).
Não se pode confundir o repudiar “o governante” em repudiar “o governo”, ou seja, a Esfera Modal de Estrutura Governamental. Ora é isso que encontramos não apenas entre os Reformados (não estou falando dos Radicais), mas nas Escrituras. É “dar a César o que é de César”(Estrutura Governamental), mas não menos justo em dizer, como foi dito de Herodes (Governante), “dizei àquela raposa”(Lc 13.32). Diante disto se reconhece que “Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado”(Jo 19. 11).
O que isto tem a ver conosco? Devemos reconhecer a Estrutura de Governo que temos (democracia – quase morri de rir), mas, caso o governante não seja justo, podemos ter “sentimento de aborrecimento” sobre ele. O que de tão difícil tem em reconhecer isto? Por acaso isto impede dos cristãos orarem por Dilma e os seus? Claro que não. Antes, é estabelecido. É agora que entra o mais mimoso da “crítica”.
O autor diz que as “violentas críticas aos governantes do Brasil” “são carregadas de motivos partidários”. Fico a imaginar que, se as críticas demonstram partidarismo, os “elogios e apologias” demonstrariam o quê? Assim, caindo na mesma armadilha, o autor “acaba tirando do povo, daqueles mais incautos” a liberdade de escolha entre os maus e os bons governantes. Para que o “povo”, seja lá o que isso seja, escolha entre bons e maus governantes, é preciso que haja quem apresente ambos, não é? Agora eu entendo o motivo de ele achar “até saudável” haver oposição ao governo. Ah, bom. Pelo menos isso, não é? Ah, e ele não precisa ficar com “dó de Dilma”, pois ela o terá para tecer elogios apartidários....
Há uma confusão não cabeça do amigo entre a relação que os cristãos devam ter com o governo. Ele acredita que há incompatibilidade entre criticar as injustiças dos governantes e, ao mesmo tempo, orar pelos mesmos governantes, como se uma coisa excluísse a outra. Ele comete uma falácia do “falso dilema” para, dái, chegar a um “non sequitur”: ou crítica ou ora e honra. Como ele só leu nos blogs a primeira, conclui-se que os blogueiros não fazem a outra. Há muitas razões por que não publicamos nossas honrarias aos governantes, p.e, eles já têm os blogs que façam isso.
Por isso, para ele, é preciso ver onde estão as orações e as honras nesses blogs. Ora, talvez o autor devesse perguntar aos blogueiros quais as atitudes deles em suas igrejas, em seus quartos, “onde o Pai vê em secreto”, em suas reuniões de lideranças etc., etc., etc. São tantas as opções sobre orar pela presidente Dilma, inclusive, se for o caso, imprecatórias [podemos, não é?] e pelos novos governadores e representantes do povo, que não preciso dizer que o filósofo-calvinista precisaria deixar o concretismo do blog e, no mínimo, tentar refletir sobre a subjetividade dos blogueiros. Neste caso, o filósofo-calvinista lembraria que não é onisciente. Por enquanto, resta-lhe a dúvida se oramos ou não pela presidente.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Seis tendências do cristianismo nos EUA
A matéria fornece seis tendências principais. Vejamos:
1. A Igreja Cristã está se tornando menos alfabetizada teologicamente
As pesquisas apontaram que o que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de norte-americanos. Os estudos revelaram que enquanto a maioria das pessoas consideram a Páscoa como um feriado religioso, apenas uma minoria de adultos a associam com a ressurreição de Jesus Cristo. Outros exemplos, relata a matéria, incluem a constatação de que poucos adultos acreditam que sua fé é para ser o ponto focal de sua vida ou ser integrados em todos os aspectos da sua existência. Além disso, uma crescente maioria acredita que o Espírito Santo é um símbolo da presença de Deus ou do poder, mas não é uma entidade viva. A teologia livre para todos que está invadindo as igrejas protestantes em todo o país sugere que a próxima década será um momento de diversidade teológica incomparável e inconsistência.
2. Os cristãos estão se tornando mais isolados dos não-cristãos
Os cristãos estão cada vez mais espiritualmente isolados dos não-cristãos do que era há uma década. Exemplos dessa tendência incluem o fato de que menos de um terço dos cristãos tem convidado qualquer pessoa para se juntar a eles em um evento da igreja durante a época da Páscoa. Os adolescentes são menos inclinados a discutir o cristianismo com seus amigos do que acontecia no passado.
3. Um número crescente de pessoas estão menos interessadas em princípios espirituais e desejosos de aprender mais soluções pragmáticas para a vida.
Quando perguntado o que mais importa, os adolescentes norte-americanos disseram priorizar a educação, carreira, amizades e viagens. A fé é importante para eles, mas é preciso primeiro um conjunto de realizações de vida. Entre os adultos, as áreas de importância crescente são o conforto, estilo de vida, sucesso e realizações pessoais. Essas dimensões têm aumentado à custa do investimento em fé e família. O ritmo corrido da sociedade deixa as pessoas com pouco tempo para reflexão. O pensamento profundo que ocorre normalmente refere-se a interesses econômicos. As práticas espirituais como a contemplação, solidão, silêncio e simplicidade são raras. (É irônico que os mais de quatro em cada cinco adultos dizem viver uma vida simples.)
4. Entre os cristãos, o interesse em participar da ação da comunidade é cada vez maior
Os cristãos estão mais abertos e mais envolvidos em atividades de serviço comunitário do que no passado recente. No entanto, conforme alerta a matéria, apesar dessa tendência, as igrejas correm o risco desse engajamento diminuir, a menos que abracem uma base espiritual muito forte para tal serviço, e não por estímulo momentâneo.
5. A insistência pós-moderna de tolerância é de conquistar a Igreja Cristã
O analfabetismo bíblico e a falta de confiança espiritual fez com que os americanos evitassem escolhas baseadas na exigências bíblicas, com medo de serem rotulados de julgadores (ou preconceituosos). O resultado é uma Igreja que se tornou tolerante com uma vasta gama de comportamentos moralmente e espiritualmente duvidosos. A idéia de amor foi redefinido para significar a ausência de conflito e confronto, como se não existem absolutos morais que vale a pena lutar. Isso não pode ser surpreendente em uma Igreja na qual uma minoria acredita que existe uma moral absoluta ditada pelas escrituras.
6. A influência do cristianismo na cultura e na vida individual é praticamente invisível
O cristianismo é sem dúvida a cosmovisão que mais influenciou a cultura americana do que qualquer outra religião, filosofia ou ideologia. No entanto, isso não tem corrido nos últimos tempos.
Fonte: Púlpito Cristão
sábado, 8 de janeiro de 2011
O DEUS TRIÚNO – NOSSO CONFORTO
Este Catecismo é considerado um dos mais robustos e firmes documentos teológicos da Reforma Protestante, possuindo uma síntese da Fé Cristã e uma forte expressão calvinista.
Numa época de superficialidade bíblica, com inovações doutrinárias e litúrgicas, de ignorância da fé cristã histórica - motivo por que tantas bobagens têm acontecido no meio evangélico - o resgate e o aprendizado do Catecismo se faz fundamental como guia para estudo sério e aprofundado das Escrituras, bem como preparação dos "novos convertidos" e reciclagem dos "antigos convertidos".
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Resposta: O meu único conforto é meu fiel Salvador Jesus Cristo (1Co 3:23; Tt 2:14). A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte (Rm 14:8; 1Ts 5:9,10.) , e não pertenço a mim mesmo (1Co 6:19,20). Com seu precioso sangue Ele pagou (1Pe 1:18,19; 1Jo 1:7; 1Jo 2:2,12) por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo (Jo 8:34-36; Hb 2:14,15; 1Jo 3:8). Agora Ele me protege de tal maneira (Jo 6:39; Jo 10:27-30; 2Ts 3:3; 1Pe 1:5) que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo (Mt 10:29,30; Lc 21:18). Além disto, tudo coopera para o meu bem (Rm 8:28.). Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna (Rm 8:16; 2Co 1:22; 2Co 5:5; Ef 1:13,14) e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração (Rm 8:14; 1Jo 3:3).
Breve Comentário
1) Somos propriedades de Deus nesta vida e na eternidade. Não pertencemos a nós mesmos. Com isto estamos afirmando que o Ser Humano possui valor por ser obra de Deus. Não há nada no Ser Humano – corpo, alma, vida e morte – que esteja sob o domínio do Homem. Para o Cristão o fator se estende para a obra sacrificial de Jesus Cristo. Eles foram comprados pelo sangue de Jesus Cristo, tendo todos os seus pecados perdoados e não mais sujeitos ao domínio do Diabo.
2) Que mesmo pertencendo a Jesus Cristo, o Cristão não está livre das tribulações desta vida. Antes, mesmo em um mundo caótico, Jesus Cristo protege os seus que, sem a vontade do Pai Celestial, nenhum cabelo dos eleitos cairá. Então perceba que a primeira parte da pergunta consolida a segunda e terceira partes: por pertencermos a Jesus Cristo, temos sua proteção; que se um “fio de cabelo” nosso cai é porque isto cooperará para o meu bem. Isto nos leva a:
3) tudo coopera para o bem daqueles que pertencem a Deus. Quando Paulo recebeu um espinho na carne, um mensageiro de satanás para o esbofetear, o objetivo era para que Paulo não ficasse orgulho pelas visões que teve. Quando Paulo esteve preso em Roma, ele disse: “E quero, irmãos, que saibais as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; de maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor”(Fil. 1. 12 – 14). Veja que as prisões de Paulo redundaram em benefício para a proclamação do Evangelho salvando os Eleitos da casa de César (Cf. Fil. 4. 22).
4) Como sinal deste conforto, Jesus Cristo nos deu o seu Espírito Santo como garantia de suas promessas, principalmente a promessa da vida eterna. Também o Espírito Santo nos capacita a viver de modo santo, nos dispondo a amar ao Senhor com todo o nosso ser.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
A opinião na camisa de força" - A IAB e a PL 122/06
Recomenda-se, antes, a leitura do Artigo do Rev. Hermany Soares assessor do bispo Robinson Cavalcanti, da Diocese do Recife - Comunhão Anglicana, para esclarecimentos sobre o que vem a ser a "Igreja Anglicana do Brasil", que não possui vínculo com a Comunhão Anglicana que está sob a orientação da Sé em Cantuária. Leia o Artigo em: http://oliveiradimas.blogspot.com/2011/01/sobre-texto-da-igreja-anglicana-ser.html
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Por Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 4 de janeiro de 2011
As declarações recentes da Igreja Anglicana do Brasil em favor do Projeto de Lei 122/06 fornecem-nos o exemplo completo e acabado da duplicidade de linguagem a que é preciso recorrer quando se defende o indefensável. Embora o estilo bífido seja o mais notório hábito do demônio, seu emprego não merecendo respeito nem tolerância sobretudo quando praticado em nome da religião, isto não implica, da parte de seus usuários, nenhuma intenção consciente de ludibriar o ouvinte ou leitor. Ao contrário: nos dias que correm, aquela ambigüidade sorrateira, perversa, que encobre com as mesmas palavras as ações mais opostas e contraditórias, já se tornou em muitas pessoas um vício automatizado e quase que uma segunda natureza. Isso não as desculpa de maneira alguma: o mal não se faz menos detestável porque uma rotina entorpecente o tornou indiscernível do bem.
Em si, o documento não tem aquele mínimo de consistência que o tornaria merecedor de uma resposta; está abaixo da possibilidade de ser debatido; só pode ser analisado como sintoma de vícios de pensamento que hoje em dia são gerais e endêmicos na sociedade brasileira.
O objetivo nominal com que se apresenta é contestar, com ares de quem passa pito, algumas objeções correntes àquela proposta legislativa, especialmente as que a vêem como instrumento destinado a limitar severamente a liberdade de expressão.
“Crítica comum ao PLC n.º 122/06 é a de que o mesmo proibiria as pessoas de ‘criticarem a homossexualidade’ (sic) e que implicaria numa ‘ditadura’, numa ‘mordaça’ àqueles que ‘não concordam’ com o ‘estilo de vida homossexual’. Contudo, essas colocações se pautam ou em um simplismo acrítico ou em má-fé de seus defensores.”
Contra essa objeção, alega a Igreja Anglicana que naquele projeto de lei “não há criminalização específica da discriminação não-violenta por orientação sexual ou por identidade de gênero”. Assim, estaria resguardado o direito à crítica: “Opiniões respeitosas, embora críticas, à pessoa homossexual não configurarão crime por força do PLC n.º 122/06”.
Se o leitor suspira aliviado diante dessas observações, faria melhor em notar que elas significam o oposto do que parecem dizer. Prossegue o documento: “Criticar a homossexualidade e não a pessoa homossexual concreta implica em (sic) um discurso segregacionista ... que se equipara a discursos de ódio que não pode ser tolerado.” A redação abominável mal esconde o sentido ameaçador daquilo que pretende vender como inofensivo: você pode criticar o homossexual por qualquer outra coisa – por usar uma gravata berrante, por cometer tantos erros de português quanto o porta-voz da Igreja Anglicana ou por soltar gases no elevador – mas nunca por sua conduta homossexual. Pior: não pode falar mal do homossexualismo em si, genericamente, sem qualquer referência a uma pessoa concreta, pois ser contra o homossexualismo é “discurso de ódio”, obviamente punível pelo PLC-122/06. Mais claramente ainda, o documento afirma que todas as modalidades de discriminação serão castigadas, ainda que “sejam tais ações perpetradas por motivação moral, ética, filosófica ou psicológica.” Quer dizer: a motivação moralmente elevada e a alta elaboração intelectual da crítica ao homossexualismo não a tornarão menos criminosa, nem menos punível.
Notem que aí o conceito de discriminação abrange quatro ações possíveis: agredir, constranger, intimidar e vexar. Vexar, prossegue o documento citando o Dicionário Houaiss, é “causar vexame ou humilhação, sendo vexame tudo o que causa vergonha ou afronta”. Ora, qualquer ensinamento que tente mostrar a um cidadão o caráter imoral ou pecaminoso da sua conduta, mesmo que o faça nos termos mais gentis e carinhosos do mundo, não tem como deixar de lhe infundir um sentimento de vergonha. Mais que vergonha, culpa e arrependimento, que não vêm sem humilhação. Em suma: a simples pregação moral que tente induzir um indivíduo a abandonar as práticas homossexuais já está catalogada de antemão como crime e nivelada às ações de “agredir, constranger e intimidar”.
A permissão de “opiniões respeitosas, embora críticas” é com toda a evidência uma armadilha destinada a proibir toda e qualquer opinião crítica, mesmo moralmente digna e fundada em motivos intelectualmente relevantes.
A própria escolha do adjetivo revela a ambigüidade maliciosa do autor do escrito. “Opiniões respeitosas”, diz ele. Respeitosas a quem e a quê? Respeitosas à pessoa humana somente ou respeitosa aos seus hábitos homossexuais também? É evidente que, se alguém considera um hábito respeitável, não tem por que criticá-lo do ponto de vista moral; se o critica, é porque não o considera respeitável de maneira alguma. Dito de outro modo: você pode criticar o homossexual, desde que aceite sua conduta homossexual como respeitável e superior a críticas e desde que se abstenha de dizer até mesmo alguma palavra contra a homossexualidade em geral.
Chamar isso de mordaça é eufemismo. Mordaça impede apenas de falar, não de pensar. O PL-122/06 não é uma mordaça: é uma camisa-de-força mental que impõe a todos os possíveis críticos do homossexualismo uma obrigação psicológicamente impossível, a de criticar sem críticas. Muito mais que restringir a liberdade de expressão, estrangula a liberdade de pensamento. É uma lei propositadamente absurda, feita na base da estimulação contraditória para instilar na população um estado de perplexidade apatetada, temor irracional e obediência canina. Se esse monstrengo jurídico digno da Rainha de Copas nasceu da pura confusão mental de seus autores ou de um propósito maquiavélico de reduzir o público à menoridade mental, é algo que se pode conjeturar. As duas hipóteses não se excluem – nem no projeto em si, nem na sua apologia anglicana.
Fonte: Olavo de Carvalho