Por Ed Welch[1]
Aqui está uma razão para você ser chamado ao
ministério pastoral: as pessoas que você ama, não amarão você de volta – ao menos
algumas delas não amarão você de volta. Elas dirão coisas totalmente horríveis
sobre você. Por isso, é melhor você estar certo de que quer fazer isto. Uma
coisa é ser humilhado pelo mundo em sua volta; outra coisa é ser humilhado por
sua própria família eclesiástica por quem você está derramando o coração.
Ataques Pessoais
Esta é a pior característica do ministério
pastoral. Todo pastor, a menos que ele esteja rodeado por outros que o protejam
das críticas, tem dezenas de histórias de partir o coração. Tome o exemplo do
pastor que recebe semanalmente cartas anônimas de um congregado que, alegando
falar em nome de muitos outros, escreve dizendo que “ora todo dia para que você
deixe a igreja”. As cartas são recortes de revistas e jornais de modo que eles olham
assustados como uma ameaça de homicídio.
Mas existem algumas boas notícias. Você não está sozinho. Leia a Segunda Carta de Paulo aos Coríntios e tenha seu coração partido.
Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou
necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de
recomendação de vós? (2Co 3.1)
Recebei-nos em vossos corações (2Co 7.2)
Paulo plantou esta igreja do zero. Ele ficou com
eles por um ano e meio, nunca foi um fardo para eles e seu amor por eles estava
em constante exposição.
A resposta deles? “Quem é este Paulo, de qualquer jeito, especialmente comparados com aqueles maravilhosos pregadores itinerantes articulados que nos visitam? Sigamos alguém que tenha aqueles dons abertamente e que pode acrescentar status lutando em nossa congregação. Sigamos alguém que ‘tenha visão’”. Eles ansiavam por um guru espiritual que se encaixasse no perfil mundano de um “ativista influente”
Os Sofrimentos de Cristo
Pastor, isto deve incentivá-lo. Paulo está tanto identificando
sua experiência em Corinto, como profetizando que pastores que segui-lo compartilharão
de suas experiências. Sua lógica é simples: Jesus foi abandonado e traído pelos
que estavam próximos a ele, então deveríamos esperar algumas daquelas vergonhas
no moderno ministério pastoral. Conhecendo isto, sua confiança na Escritura
cresce e você pode realmente tornar-se mais ousado frente às adversidades. Quando
as Escrituras reformulam suas dificuldades e lembram que você está seguindo os
passos do seu Messias, você se sente quase indigno.
Isto não isenta as coisas desrespeitosas que os congregados dizem. Tal desrespeito é um mal pernicioso que podemos deixar para outro dia. Neste ponto, por favor, seja encorajado que você está experimentando algo do transbordar natural dos sofrimentos de Jesus, o que significa que você é honrado. Aqueles que desonram a você são aqueles que serão chamados a prestar contas.
[1] Edward T. Welch, (M.Div., Ph.D) é
um Conselheiro e Membro do Corpo Docente da CCEF. Obteve seu Ph.D em
Aconselhamento (Neuropsicologia) pela Universidade de Utah e seu Mestrado em
Teologia pela Biblical Theology Seminary. Ed Welch tem sido Conselheiro por
mais de 30 anos e escreveu extensivamente sobre os tópicos: depressão, medos e vícios.
Seus
livros incluem: When
People Are Big and God is Small; Addictions: A Banquet in the Grave; Blame it
on the Brain; Depression—A Stubborn Darkness; Running Scared; Crossroads: A
Step-by-Step Guide Away From Addiction; and When
I Am Afraid: A Step-by-Step Guide Away from Fear and Anxiety.