segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Google libera Manuscritos do Mar Morto para consultas online

Os documentos foram digitalizados e podem ser lidos em grego, aramaico e hebraico com um deles em tradução para o inglês

Google libera Manuscritos do Mar Morto para consultas online

Os Manuscritos do Mar Morto já estão liberados para consulta pública na internet, segundo anunciou a empresa Google. Os cinco pergaminhos escritos entre os séculos III e I foram digitalizados e agora podem ser consultados.

Os arquivos têm resolução altíssima de 1.200 megapixels (200 vezes a resolução de uma câmera comum), permitindo que o usuário visualize todos os detalhes dos documentos que estão disponíveis nas línguas originais – hebraico, aramaico e grego.

Somente o manuscrito principal, atribuído a Isaias, possui tradução para o inglês. Mas o projeto do Google é traduzir os textos para outros idiomas.

Em 68 a.C. os textos foram escondidos em 11 cavernas às margens do Mar Morto para serem protegidos durante a invasão do exercito romano. Em 1947 um pastor beduíno jogou uma pedra em uma caverna e percebeu que havia algo lá dentro e assim descobriu esses documentos.

Desde 1965, os Manuscritos são mantidos no escuro, em salas climatizadas do Museu de Israel, em Jerusalém, onde somente quatro funcionários especialmente treinados têm autorização para manusear os pergaminhos e papiros. O museu possui oito dos manuscritos, que estão divididos em 30 mil fragmentos, mas ainda existem outros em poder da Autoridade de Antiguidades de Israel e colecionadores particulares.


Confira os Manuscritos do Mar Morto no link:

http://dss.collections.imj.org.il/

sábado, 24 de setembro de 2011

Casal é multado pela prefeitura por promover estudos bíblicos em casa - Calma, por enquanto não por aqui...

A multa foi de US$ 300 e coloca em cheque a liberdade religiosa do país

Casal é multado pela prefeitura por promover estudos bíblicos em casa

Um casal morador da cidade de San Juan Capistrano, na Califórnia, Estados Unidos, foi multado por fazer estudos bíblicos e encontros religiosos em sua residência. A multa aplicada pela prefeitura foi de US$ 300 dólares, cerca de R$ 540 reais, referente a um descumprimento de lei municipal.

Apesar de abrigar a igreja mais antiga da Califórnia, a cidade de San Juan Capistrano tem uma lei que proíbe “organizações religiosas, fraternais ou sem fins lucrativos em bairros residenciais sem a autorização condicional de uso”, de acordo com o texto divulgado pela prefeitura.

Chuck e Stephanie Fromm tentam se defender dizendo que as reuniões organizadas em sua residência não têm ligação com nenhuma igreja e que tão pouco estão tentando estabelecer uma nova igreja.

“Como eles ousam nos dizer que não podemos ter o que queremos em nossa casa”, disse Stephanine Fromm. “Queremos ter o direito de usar a nossa casa. Pagamos muito e investimos muito em nossa casa e quintal… eu deveria ter o direito de receber visitas em minha casa”, continua.

Essa lei municipal só é aplicada quando há reclamações por parte da vizinhança, mas de acordo com o Pacific Institute, grupo legal que representa o casal, os encontros eram apenas conversas e músicas calmas eram tocadas no rádio. As reuniões aconteciam na sala de estar e no pátio da casa que tem 4.700 metros quadrados.

“Obrigar alguém a pedir licença para fazer estudo bíblico em sua casa é ultrajante”, disse Brad Dacus, presidente do Pacific Institute por meio de um comunicado.

“Uma reunião informal em um lar não podem ser tratada com desconfiança pelo governo, ela não é pior do que qualquer outro encontro de amigos, só porque tem um sentido religioso. Não podemos permitir que isso aconteça nos Estados Unidos, e vamos lutar tão longa e tão difícil quanto é preciso para restaurar esse grupo a liberdade religiosa”, diz o representante jurídico do casal.

Fonte: Gospel Prime

A URGÊNCIA DO VOTO DISTRITAL - A PANTOMIMA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DA CÂMARA - QUANDO PETISTAS E PSEDEBISTAS SE ENTENDEM

Primeiro veja o vídeo abaixo. Em seguida leia a matéria. De fato, estamos em maus lençóis com os nossos políticos. Cada dia que passa, mais revoltante fica. Mas, cadê a indignação popular? Até quando serão roubados, ludibriados, enganadas, espoliados pelos políticos deste País? Já está na hora (e já vemos pequenos sinais - Marcha contra a Corrupção) dos Brasileiros, que amam o Brasil, gente séria, reagir contra esses corruptos. Até o "evangélico" Anthony Garotinho (PR - RJ) participou dessa safadeza. Também um padre e um ex-coroinha estavam envolvidos na pantomima. Acorda, Brasil! VOTO DISTRITAL JÁ! ASSINE A PETIÇÃO E VAMOS CHEGAR AOS 100 MIL INSCRITOS!

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O portal oficial da Câmara na internet levou ao ar uma ata mentirosa. O documento falseia a lista de presença de reunião da Comissão de Constituição e Justiça.

Anota-se no texto (disponível aqui) que a comissão reuniu-se às 11h53 da última quinta-feira (22) “com a presença” de 34 deputados federais. Falso.

Havia em plenário duas almas: Cesar Colnago (PSDB-ES) e Luiz Couto (PT-PB). Os outros 32 tinham voado para seus Estados após rubricar a lista de “presença”.

O regimento da Câmara exige um quórum mínimo de 31 deputados para que a Comissão de Justiça possa deliberar. Produziu-se uma pantomima.

Os dois presentes tomaram os seus lugares. O tucano Colnago (foto lá no alto), 3o vice-presidente da comissão, acomodou-se na presidência. O petista Couto sentou-se no plenário.

Na “abertura”, a ata da sessão-fantasma registra: “Havendo número regimental, o senhor presidente [Colnago] declarou abertos os trabalhos.”

Conforme noticiado pelo repórter Evandro Éboli, os “trabalhos” resultaram na aprovação de 118 projetos. Deu-se na velocidade de um raio: três minutos.

Repetindo: com a presença de dois míseros deputados, a Comissão de Justiça da Câmara aprovou mais de uma centena de propostas em três minutos.

A ata omite o tempo de duração da sessão. Limita-se a registrar um resumo de tudo o que foi “discutido” e “deliberado”. As proposições foram reunidas em quatro blocos.

Num, passaram 38 novas concessões para a exploração de emissoras de rádio. Noutro, renovaram-se 65 concessões radiofônicas antigas…

…Num terceiro, aprovaram-se nove projetos de lei. No derradeiro bloco, referendaram-se meia dúzia de acordos internacionais firmados pelo Brasil com outros países.

A lista inclui uma “cooperação cultural” com o governo de Belize, um acordo sobre “isenção parcial de vistos” com a Guiana…

…Acertos com a Libéria e o Congo sobre “exercício de atividades remuneradas” de dependentes do corpo diplomático, militar e administrativo das embaixadas…

…E um tratado de “cooperação em matéria de Defesa” firmado com o governo da República Dominicana.

A cada bloco de projetos levado a “votação” correspondeu uma encenação. Dirigindo-se ao ermo de um plenário reduzido à presença singular de Luiz Couto, Cesar Colnago dizia, em plural enigmático:

“Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram.” Postado na primeira fileira, o petista Couto (foto à direita) mantinha-se inerte.

E o tucano Colnago: “Em discussão. Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado.”

Decorridos três minutos e quatro encenações, Colnago declarou “encerrada a sessão.”

Voltando-se para Couto, que além de deputado é padre, Colnago, que fora auxiliar de sacristia quando menino, fez troça: “Um coroinha com um padre, podia dar o quê?!”

Responsável pela redação da ata mentirosa, a servidora Rejane Salete Marques informou à dupla, entre risos: “Votamos 118 projetos!”

E o tucano Colnago, virando de novo para o petista Couto: “Depois diz que a oposição não ajuda…”

A ata de fancaria contém os nomes dos 32 “presentes” que se abstiveram de comparecer. A lista é pluripartidária.

Inclui, por exemplo, o evangélico Anthony Garotinho (PR-RJ), o superdelegado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o ex-comunista Roberto Freire (PPS-SP)…

…o relator defenestrado do novo Código Civil Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o relator nomeado do mesmo Código Civil Sérgio Carneiro (PT-BA)…

…o sobrenome ilustre Brizola Neto (PDT-RJ) e o pretenso pré-candidato petista à prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto (PT-SP).

Ouvido sobre o teatro que dirigiu, Cesar Colnago enxergou normalidadeno anormal: "Regimentalmente, não fizemos nada de errado”, disse ele.

“Além do mais, os projetos em pauta não eram polêmicos. Como ninguém pediu verificação de quórum, os projetos entraram em votação…”

“…Todas as matérias aprovadas eram de consenso e foram analisadas pela assessoria do PSDB. As matérias foram votadas simbolicamente.”

Espremido –por que não interrompeu a sessão?— Colnago passou a simular indignação: “Essa permissividade tem que acabar…”

“…É muito ruim porque esvazia o debate e faz a Casa perder credibilidade. Eu poderia ter pedido a verificação de quórum para interromper a sessão…”

“…Mas os projetos não eram polêmicos. O próprio presidente da CCJ, João Paulo Cunha, pediu que os projetos andassem logo.”

Não se constrange com a encenação? “Esse esvaziamento é muito frequente. Estou cansado de votar projetos na CCJ com 10, 15, 20 deputados…”

“…Ocorre que os projetos de quinta já tinham convergência dos deputados. Na verdade, o quórum alto depende do interesse do governo.”

Tomado pelas palavras, o deputado Colnago dá razão ao chanceler Otto Von Bismarck (1815-1898): "Leis são como salsichas; é melhor não saber como são feitas."

Cabe perguntar: se essa bandalheira ocorre na Comissão de Justiça (?!?!), a maior e mais importante da Câmara, o que não estará sucedendo nas demais comissões?


Fonte: Folha Online / Ver também: Lauro Jardim em Veja Online

Justiça aceita denúncia contra Edir Macedo

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O líder da Igreja Universal do Reino de Deus é acusado de evasão de divisas e formação de quadrilha
Fausto Macedo, de O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - A Justiça Federal em São Paulo abriu ação criminal contra o bispo Edir Macedo, líder mundial da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Além de Macedo, serão processados outros três dirigentes da igreja - a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa, o bispo e ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva e o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição. A Justiça decretou sigilo dos documentos do processo.

A Procuradoria da República, ao apresentar denúncia contra Macedo e seus aliados, pretendia também processá-los por outros dois crimes, estelionato e falsidade ideológica. Mas a Justiça rejeitou essa parte da acusação. A procuradoria vai recorrer porque está convencida de que a conduta dos bispos da Universal se enquadra na forma de organização criminosa, conforme previsto na Convenção de Palermo, ratificada pelo Brasil em 2004.

Segundo a denúncia, subscrita pelo procurador Sílvio Luís Martins de Oliveira, Macedo e seus próximos montaram uma quadrilha para lavar dinheiro da Iurd, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005. O procurador sustenta que o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis, iludidos com “oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela igreja”.

O estelionato contra os fiéis é o crime antecedente da lavagem de dinheiro que, segundo a procuradoria, ocorria por duas vias: remessas ao exterior pela Diskline Câmbio e operações comerciais e financeiras no Brasil usando a Cremo Empreendimentos Ltda como empresa de fachada.

“Agora eu vou saber os termos da acusação e vou poder apresentar defesa preliminar para mostrar as inconsistências da acusação, que não são poucas”, declarou o criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende a Universal.

Ele disse que não teve acesso à cópia da denúncia nem da decisão judicial pela abertura da ação penal. Para Pitombo, o recebimento parcial da denúncia “confirma que a acusação não tem nenhum cabimento”. O advogado ironizou. “Se o estelionato era o crime antecedente de lavagem e não foi reconhecido pela Justiça, vamos ver o que vai sobrar.”

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Marcelo Gleiser: partícula mais rápida que a luz é 'muito improvável'

'Aposto dez dólares que em duas semanas eles vão descobrir o erro', diz o professor de física e astronomia do Darthmouth College, nos Estados Unidos


Marco Túlio Pires
Marcelo Gleiser: cientistas "devem ter deixado passar algo errado"

Marcelo Gleiser: cientistas "devem ter deixado passar algo errado" (Luciana Whitaker)

Conhecido por seus livros de divulgação científica, o físico Marcelo Gleiser, professor do Darthmouth College, nos Estados Unidos, recebeu com ceticismo o anúncio feito por cientistas do CERN de que neutrinos haviam superado a velocidade da luz, o que vai contra um dos pilares da física moderna. "Aposto dez dólares que em duas semanas eles vão descobrir o erro", afirmou. Em entrevista ao site de VEJA, ele adiantou os possíveis problemas com o experimento (veja lista). Mas não descartou a possibilidade de a experiência estar de fato correta: "Grandes revolução já aconteceram com pequenas variações."

Qual sua impressão imediata? Acho que vão encontrar um erro sistemático. É muito pouco provável que esse experimento detecte uma violação tão flagrante da Teoria da Relatividade Restrita (postulada por Albert Einstein). Eles estão dizendo que é muito simples - que basta dividir a distância pela velocidade -, mas não é assim. A maior imprecisão é no processo gerador dos neutrinos. Quando eles realmente aparecem? Ninguém sabe dizer ao certo. Estou apostando dez dólares que daqui a duas semanas vão descobrir o erro.

Pequenas variações,
grandes descobertas

A ciência também avança quando são descobertas pequenas variações em teorias já estabelecidas. Conheça algumas delas

ÓRBITA DE MARTE
Kepler, em 1605 descobriu que a órbita de Marte era elíptica e não circular por causa de um erro de 8 minutos de grau no descrição da trajetória do planeta.

ÓRBITA DE MERCÚRIO
Existia uma anomalia de 1,5 grau por século na órbita de Mercúrio em torno do Sol que a física clássica não conseguia explicar. A Teoria da Relatividade de Einstein foi capaz de resolver o problema.

Não está claro o processo de criação de um neutrino? Você precisa saber quando começa a corrida. Esse início ainda não é preciso. A física da geração desses neutrinos não é tão bem compreendida assim.

Mas e se os cientistas do CERN estiverem certos? Significa que a velocidade da luz não é o limite máximo da velocidade da natureza e uma das consequências interessantes é quanto à causalidade. Um efeito precisa, necessariamente, ter uma causa anterior. Existe uma ordem natural das coisas: primeiro a causa, depois o efeito. Essa ordem depende da velocidade da luz. Como uma causa não pode ir mais rápida que a velocidade da luz, em principio você pode viajar para o passado se essa regra fosse violada. É interessante notar que, se o neutrino fizer isso, eles são como criaturas que vêm do futuro.

Como assim? A velocidade da luz tem a ver com a velocidade máxima que a informação pode atingir. Todas as informações viajam, no máximo, na velocidade da luz. Se tem algo mais rápido que isso, a informação chega antes dos processo que utilizamos para obter informação. Por exemplo: você me vê entrando numa sala. A luz bate em mim, você me detecta. Se eu tivesse emanando neutrinos e você pudesse percebê-los, você me veria antes de entrar na sala.

Se for confirmado, o que muda? No máximo vai ser aberto um subcapítulo para acomodar esse tipo de efeito. Continuo, no entanto, achando pouco provável. A diferença entre o neutrino e a velocidade da luz é 10-5. Um centésimo de milionésimo. Esse equipe de cientistas é muito cuidadosa, mas eles mesmos acham que tem alguma coisa que passou despercebida. Eles testaram todos os possíveis erros sistemáticos, porém talvez algo tenha escapado. É interessante isso estar acontecendo. É importante porque tem um efeito misterioso. Ciência adora mistério. Quanto mais crise melhor. É bom que surjam enigmas desse tipo. Grandes revoluções já aconteceram com pequenas variações.

Neutrino ‘mais veloz que a luz’ põe físicos em suspense

Entre a cautela e a apreensão, comunidade científica aguarda seminário nesta sexta que discutirá medições de partículas viajando a uma velocidade acima da luz. Caso sejam confirmadas, a física pode mudar para sempre

Jones Rossi e Marco Túlio Pires
cern opera

O detector de partículas Opera, do CERN: ali foi descoberto neutrino que ultrapassou a velocidade da luz (Divulgação)

"Se for provado que o neutrino viaja acima da velocidade da luz, os teóricos terão que quebrar a cabeça para pacificar essa observação com tudo que já construímos e verificamos estar correto."

A revelação feita por cientistas do CERN de queflagraram partículas viajando acima da velocidade da luz — algo até agora considerado impossível — pôs a comunidade científica em suspense. Entre a cautela e o assombro, muitos físicos apostam em um possível erro do laboratório europeu. Mas, dada a respeitabilidade do centro científico que criou o acelerador de partículas LHC, todos aguardam o seminário que será realizado nesta sexta-feira para discutir as medições e, mais ainda, futuras tentativas de reproduzir o mesmo experimento. A cautela é compreensível: caso a descoberta se confirme, a física como a conhecemos poderá mudar para sempre.

Em entrevista ao site de VEJA, o físico brasileiro Ernesto Kemp disse ser bem possível que esteja errada a velocidade dos neutrinos medida no trajeto de 732 quilômetros entre o CERN, em Genebra, na Suíça, e o detector de partículas OPERA, em Gran Sasso, na Itália. Contudo, o cientista está apreensivo porque conhece o trabalho do OPERA. Kemp trabalha no laboratório ao lado: é colaborador do Large Volume Detector (LVD), um experimento que também mede neutrinos, mas vindos do espaço e não do CERN. "Conheço o trabalho dos pesquisadores do OPERA e eles não teriam publicado um dado assim se não tivessem certeza das medições que fizeram."

Saiba mais

O que é um neutrino?
Neutrinos são partículas subatômicas (como o elétron e o próton), sem carga elétrica (como o nêutron), muito pequenas e ainda pouco conhecidas. São gerados em grandes eventos cósmicos, como a explosão de supernovas, em reações nucleares no interior do Sol e também por aceleradores de partículas. Viajam perto da velocidade da luz e conseguem atravessar a matéria praticamente sem interagir com ela. Como não possuem carga, não são afetados pela força eletromagnética. Existem três "sabores" de neutrinos: o neutrino do múon, o neutrino do tau e o do elétron.

Por que um corpo com massa não é capaz de atingir a velocidade da luz?
De acordo com as equações da Teoria da Relatividade, quanto mais um corpo se aproxima da velocidade da luz, mais energia é necessária para que ele continue ganhando velocidade. Essa energia teria que ser infinita — uma quantidade maior, por exemplo, do que a existente no universo — para que esse corpo fosse acelerado até a velocidade da luz.

Einstein errou?
Até hoje, as previsões feitas pela Teoria da Relatividade que puderam ser verificadas na prática foram todas confirmadas. Algumas proposições, como a existência de ondas gravitacionais que teriam sido emitidas durante a criação do universo, nunca foram detectadas, mas existem experimentos em desenvolvimento para tentar descobri-las.

De acordo com Kemp, apesar de o LVD não ter recebido o mesmo ajuste fino que o OPERA para analisar o feixe de neutrinos, seu experimento nunca detectou tamanha discrepância. "Pelo contrário, sempre percebemos que os neutrinos viajavam dentro da velocidade da luz, em concordância com a Teoria da Relatividade", disse.

Incerteza - Em entrevista à revista Science, Chang Kee Jung, porta-voz de outro experimento que faz a detecção de neutrinos, chamado T2K, explica que a parte complicada neste tipo de estudo é medir com precisão o tempo entre a criação da partícula e o momento em que ela atinge o detector. A medição depende do Sistema Global de Posicionamento, ou GPS, e a margem de erro pode chegar a dezenas de nanossegundos, diz ele, e não apenas 10, como o grupo do CERN afirma ter conseguido.

Em 2007, Philippe Gouffon, professor do Departamento de Física Experimental do Instituto de Física da USP, também observou neutrinos acima da velocidade da luz em uma pesquisa feita na universidade, publicada noPhysical Review D, periódico da Sociedade Americana de Física. Ele afirma, contudo, que o resultado foi descartado por estar dentro do intervalo de incerteza, comum nesse tipo de experimento. "Vamos rever nossos experimentos", disse ao site de VEJA.

Erro sistemático - De acordo com Gouffon, o experimento do CERN ainda precisa ser confrontado: há uma série de erros possíveis. Assim como apontou Chang Kee Jung naScience, Gouffon também citou a possibilidade de um erro de sincronização no GPS. "E há outro problema: os próprios aparelhos de GPS são feitos baseados na Teoria da Relatividade", diz. "É como tentar medir um erro no instrumento usando o próprio instrumento."

Desvios metodológicos deste tipo acabam influindo em todo o experimento. É o que os cientistas chamam de "erro sistemático", o que explicaria por que 16.000 medições feitas pelos cientistas do CERN podem estar todas erradas. De qualquer forma, adverte Gouffon, é preciso esperar pelo seminário que ocorrerá nesta sexta-feira para confirmar os resultados. "Será chocante se isso estiver correto."

Revoluções - Kemp explica que se os resultados estiverem corretos, a revolução será profunda, mas não irá invalidar as descobertas já feitas a partir da Teoria da Relatividade, pilar da física moderna, em que Albert Einstein postulou que a velocidade da luz é constante e nada pode ultrapassá-la.

"Einstein não invalidou o mundo todo construído a partir da mecânica clássica", disse Kemp. "Quando propôs a Teoria da Relatividade, ele estava tentando pacificar várias observações físicas que não eram compatíveis teoricamente. Agora, se for provado que o neutrino viaja acima da velocidade da luz, os teóricos terão que quebrar a cabeça para juntar essa observação a tudo que já construímos em uma teoria única." O pesquisador lembra que tudo na ciência é feito com muita cautela e em passos de formiga. Daí a necessidade de replicar diversas vezes o experimento.

Ficção científica - Se confirmada, a descoberta pode dar margem a desdobramentos que hoje só a ficção científica pode vislumbrar. "Quando você postula a existência de partículas que são mais rápidas que a luz, elas teriam acesso a regiões do espaço-tempo antes proibitivas. Aí é domínio da especulação e ficção científica: seria possível voltar no tempo, alimentando equações da mecânica quântica com partículas mais rápidas que a luz com acesso a regiões do espaço-tempo no passado", diz Kemp. "Uma coisa é certa: se for verdade, é uma espécie de revolução. Muita coisa terá que ser revista e tudo isso é muito empolgante."

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Troy Davis é executado nos EUA

Por Jessica Mcgowan | AFP


O americano Troy Davis foi executado na noite de quarta-feira (21) por injeção letal, informou a penitenciária de Jackson, no estado americano da Geórgia, apesar dos protestos internacionais a respeito do caso, sobre o qual existiam sérias dúvidas da culpa do réu no assassinato de um policial em 1989.

A execução ocorreu às 23h08 local (00h08 Brasília de quinta), pouco tempo depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitar um pedido de suspensão da sentença.

Durante o dia, os advogados de Davis esgotaram todas as possibilidades legais no estado da Geórgia, em diversas instâncias, na tentativa de evitar sua morte.

A execução estava prevista inicialmente para as 19h00 locais, mas foi adiada para aguardar a decisão do Supremo.

Segundo testemunhas. Davis reiterou ser inocente em suas últimas palavras.

"A briga na qual o policial morreu não foi minha culpa, eu não tinha arma", declarou, de acordo com um jornalista que estava presente no momento em que Davis recebeu a injeção letal.

A execução foi assistida pela viúva do policial e os dois filhos da vítima.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se recusou a intervir para impedir a execução de Troy Davis, estimando que o caso cabia ao Estado da Geórgia e não ao poder federal.

"Obama tem trabalhado para garantir eficiência e justiça no sistema judiciário, especialmente nos casos de pena capital, mas não é apropriado que o presidente dos Estados Unidos se envolva em casos específicos como este, que são da justiça estadual", informou seu porta-voz Jay Carney.

Executado após passar 20 anos no corredor da morte, Davis foi condenado à pena capital pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, ao final de um processo repleto de vícios judiciais, que revelaram dúvidas sólidas sobre sua inocência.

Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA, revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a Justiça a rever seu veredicto.


Fonte: Yahoo! Notícias

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ISRAEL SEMPRE DISSE SIM; MAS A PALESTINA SEMPRE DISSE NÃO.

Veja o vídeo abaixo. A história contada na Mídia e nos "Livros"(?) de história é que a paz no Oriente por meio da criação de um Estado Palestino é culpa de Israel que não aceita os acordos. Será mesmo? Ainda não tem legenda em Português. Assim que houver, publico. Por enquanto, vai a legenda em inglês. Depois do vídeo veja a análise abaixo:



A diplomacia israelense lançou um vídeo pelas redes sociais e no YouTube em resposta à campanha mundial palestina que pede o reconhecimento de seu Estado na ONU e que reafirma seu objetivo final como sendo a "destruição do Estado de Israel".

O vídeo, protagonizado pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Danny Ayalon, lembra alguns fatos da história do conflito árabe-israelense, desde o início do século 20, enfatizando o absoluto "NÃO" que a comunidade árabe sempre deu e continua dando à existência de Israel.

"A liderança palestina quer um Estado a menos", por isso "quer o final do Estado judeu", diz Ayalon em comunicado de seu escritório, ressaltando o título do vídeo: "A verdade sobre o processo de paz".
Obstinação árabe
O filme mostra que a obstinação árabe que persiste há décadas é a razão pela qual não há um processo de paz bem-sucedido.

"A principal razão do conflito não é a presença de Israel na Margem Ocidental (do Rio Jordão, ou seja, a Cisjordânia), mas a sucessiva oposição dos líderes palestinos à soberania judia", disse.


O lançamento do vídeo, na noite de terça-feira, coincidiu com o 18º aniversário da assinatura em Washington do processo de paz de Oslo, e precede a visita palestina à ONU na semana que vem em busca de reconhecimento internacional.


"A palestina está usando a chamada 'ocupação' como desculpa para ir às Nações Unidas em busca de reconhecimento, quando os fatos desmentem este argumento", ressalta Ayalon no segundo vídeo sobre o que descreve como "a verdade sobre alguns assuntos relacionados ao conflito palestino-israelense".


Visão israelense

Os argumentos apresentados no vídeo ressaltam exclusivamente a postura árabe de rejeição a Israel, e afirma que Israel sempre deu o "SIM", mas em resposta recebeu "ataques terroristas".


"É importante mostrar que na verdade já oferecemos muitas vezes nas últimas décadas um Estado palestino, mas este foi rejeitado porque não queriam reconhecer a soberania judia", declarou o vice-ministro.