terça-feira, 29 de junho de 2010

DISCIPULADO É DIFERENTE DE "AGRUPAMENTO DE 'CRENTES'"

A entrevista abaixo foi feita com o filósofo cristão Dallas Willard. Veio como um bâlsamo em minhas reflexões ministeriais. São algumas respostas para questionamentos que tenho feito. Cada vez mais vai ficando claro que o que temos tido hoje não são TANTOS DISCÍPULOS DE CRISTO, mas "agrupamentos de crentes". São coisas completamente diferentes. Os "clubes gospel" a quem erroneamente estão dando o nome de "igreja", confundindo a instituição com a IGREJA por quem Cristo morreu, estão ficando cada vez mais longe do discipulado e se aproximando da religião fria e formal dos dias de Cristo Jesus. Estes "agrupamento", que bem poderiam ser de "discípulos" comprometidos com a missão de fazer novos discípulos e não novos adeptos, têm matado pessoas, deixado pessoas feridas, pastores e suas famílias feridas....

Vou descobrindo que as INSTITUIÇÕES entram em colapso, mas a IGREJA DE CRISTO, nem as portas do inferno podem prevalecer contra ela!

Deus abençoe ao Dr. Dallas Willard
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Em entrevista, Dallas Willard diz que pode até ser possível, mas na maioria das vezes não muito encorajador e nem preciso. Isso pode provocar sérios erros e conseqüências.

Como as igrejas podem saber se estão sendo eficazes em fazer discípulos?

Muitas igrejas estão medindo as coisas erradas. Nós medimos coisas como frequência aos cultos e doações financeiras, mas deveríamos olhar para coisas mais fundamentais como a ira, o desdém, a honestidade e em que nível as pessoas estão entregues à sua cobiça. Essas coisas podem ser contadas, mas não tão facilmente como as ofertas.

Por que mais igrejas não avaliam essas qualidades entre o seu povo?

Primeiro de tudo, muitos líderes não querem medir essas qualidades, porque o que normalmente descobrem não vale a pena alardear. Preferimos nos concentrar nas medidas institucionais de sucesso. Segundo, devemos ter pessoas que estejam dispostas a ser avaliadas dessa maneira. E, finalmente, precisamos das ferramentas certas para medir a formação espiritual.

No passado, as pessoas cresciam através dos relacionamentos com mentores espirituais e ao se envolverem na comunidade da igreja. Há um perigo de que essa avaliação individual anule o papel da comunidade na formação?

Qualquer um desses artifícios pode ser usado em um contexto comunitário. Ferramentas de avaliação que funcionam melhor são uma combinação de auto-avaliação e a avaliação de um terceiro é importante que lhe conheça bem. Eles não funcionam com pessoas que não querem ser avaliadas, e não deveriam ser administrados como testes de personalidade individuais, usados por alguns empregadores.

Se você tem um grupo de pessoas que se reúne em torno de uma visão de discipulado verdadeira, pessoas que estão comprometidas com crescimento, mudança e aprendizado, então uma ferramenta de avaliação espiritual pode funcionar. Mas deve haver uma profunda comunhão de confiança para apoiar essa tarefa. Não penso que nenhum grupo passasse por uma avaliação sem isso. Eu não aconselharia um pastor a usar uma dessas ferramentas em sua congregação sem primeiro estabelecer um claro compromisso com o discipulado. Você não pode simplesmente impor uma dessas avaliações à sua congregação em geral.

Você já ficou desanimado por sentir como poucas igrejas têm esse tipo de compromisso claro com o discipulado?

Eu não me desanimo porque creio que Cristo está no controle de sua igreja, com todos seus nós, manchas e dificuldades. Ele sabe o que está fazendo, e continua marchando.

Mas me entristeço por pessoas dentro da igreja que estão sofrendo – especialmente os pastores e suas famílias. Eles sofrem porque boa parte da América do Norte e da Europa comprou uma versão do cristianismo que não inclui vida no reino de Deus como um discípulo de Jesus Cristo. Eles estão tentando fazer valer um sistema que não funciona. Sem transformação dentro da igreja, pastores são os mais prejudicados. É por isso que há um fluxo constante deles para fora do pastorado. Mas eles não são os únicos. Pessoas novas estão entrando na igreja, mas muitas delas também estão saindo. Cristãos decepcionados povoam a paisagem porque não temos levado o discipulado a sério.

O que os pastores podem fazer para mudar essa dinâmica?

Mudar sua definição de sucesso. Eles precisam ter uma visão de sucesso enraizada em termos espirituais, determinada pela vitalidade da própria vida espiritual de um pastor e sua capacidade de transmiti-la a outros.

Quando pastores não têm vidas espiritualmente ricas com Cristo, são vitimados por outros modelos de sucesso – modelos comunicados a eles por sua formação, sua experiência na igreja ou apenas por sua cultura. Eles começam a pensar que seu trabalho seja o de administrar um conjunto de atividades ministeriais, e que o sucesso diz respeito a conseguir mais pessoas para engajarem-se nessas atividades. Pastores, e aqueles que eles lideram, precisam ser libertos dessa crença.

Dallas Willard é professor na Universidade do Sul da Califórnia e autor de vários livros, entre eles: A grande omissão, ouvindo Deus e A conspiração divina.

Fonte: Cristianismo Hoje

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os evangélicos e a criminalização da homofobia - LEIAM COM ATENÇÃO PARA ONDE ESTAMOS CAMINHANDO!

Por Gilberto Garcia em 22/6/2010

A Rede Boas Novas de Televisão - RBN promoveu um excepcional debate sobre tema: "A Criminalização da Homofobia" no programa Antenados na Geral, exemplo que foi recentemente seguido pelo Sistema Brasileiro de Televisão - SBT, o qual, no Programa do Ratinho, também colocou na pauta a discussão oProjeto de Lei 122/2006, pelo que, esperamos que estas práticas sejam repetidas por outras emissoras de televisão, neste, e em outros assuntos de relevância para a sociedade brasileira, num exercício de cidadania, eis que, estas são concessões públicas, tendo as mesmas responsabilidade social.

Estes são bons exemplos da mídia televisiva, e estes espaços tem sido escassos para a fomentação de debates em alto nível de temas tão palpitantes para a família brasileira. No caso do debate no programa Antenados na Geral foi gratificante participar de tão democrático encontro porque enriquecido pela presença de dois atuantes ativistas do Movimento Gay, os quais estavam cientes de que a RBN é uma televisão de direção evangélica, mas que sua programação é eclética e visa atingir o público em geral, levando uma mensagem alusiva aos valores cristãos, e na propagação de cidadania em nosso país.

Compartilhamento de visões diferentes

Podemos perceber pelas intervenções a dificuldade de alguns dos telespectadores evangélicos em entender que o homossexual é um cidadão brasileiro, e que por isso, possuí todos os direitos oriundos da Constituição Federal de 1988, que proíbe a discriminação de pessoas, qualquer seja a motivação, estando apto para usufruir todos os benefícios e obrigações legais.

Desta forma, o exercício de sua sexualidade é um tema privativo de seu interesse pessoal, não podendo a Igreja ter a pretensão de limitar esta sua opção de vida, impondo-lhe um padrão de vida bíblico próprio para os cristãos, que tem na Bíblia Sagrada sua regra de fé e prática.

Por outro lado, é interessante perceber também que os ativistas do Movimento Gay pretendem, através da aprovação do Projeto de Lei 122/2006, que se encontra no Senado da Republica, concretamente cercear, especialmente, a liderança evangélica e católica de propagar a mensagem bíblica contrária a prática do homossexualismo, objetivando caracterizar referida pregação como apologia a discriminação dos homossexuais, tendo dificuldade de conviver com a pregação da Bíblia.

É vital estarmos atentos que é direito inalienável de cada cidadão brasileiro fazer a opção sexual que melhor lhe convier, devendo esta ser respeitada por todos, seja heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, lésbica etc, eis que são opções pessoalíssimas e protegidas constitucionalmente, por isso, altamente preocupante para a tradição jurídica nacional, a movimentação relativa a aprovação do projeto de lei que criminaliza a "homofobia".

Cerceamento do direito de expressão

Daí a efetiva preocupação de que se aprovado o referido projeto de lei nos termos em que está proposto, os religiosos, especialmente os evangélicos e católicos, terão efetivamente cerceado seu direito constitucional de expressão seu pensamento ao propagarem sua fé na Bíblia Sagrada, que condena explicitamente a prática do homossexualismo, podendo ser processados e eventualmente condenados judicialmente, por exporem suas convicções espirituais relativas ao ser humano, como macho e fêmea, criados por Deus, numa afronta a princípios constitucionais.

Percebe-se o pouco conhecimento do Projeto de Lei 122/2006, em trâmite no Senado Federal, por isso fazemos a divulgação para que a Sociedade Brasileira tenham consciência do que o Congresso Nacional composto de representantes eleitos pelo povo está para votar, nos itens que mais afetam as Igrejas e Organizações Religiosas.

(...). Art. 2º A Ementa da Lei Nº 7.716, de 5 de Janeiro de 1989, Passa a vigorar com a Seguinte Redação: "Define Os Crimes Resultantes de Discriminação ou Preconceito de Raça, Cor, Etnia, Religião, Procedência Nacional, Gênero, Sexo, Orientação Sexual E Identidade De Gênero."(NR)

Art. 3º O caput do art. 1º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero."(NR)

Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 4º-A:"Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta - Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos."

Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7° da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:"Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público – Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos."(NR)

"Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional - Pena: reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. (Revogado)."(NR)"Art. 7º Sobretaxar, recusar, preterir ou impedir a hospedagem em hotéis, motéis, pensões ou similares - Pena: reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos."(NR) (...)

Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B: "Art. 8º-A Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no art. 1º desta Lei - Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos."

"Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs - Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos." (…)

Sociedade pluralista e solidária

Destaque-se uma determinação do Poder Judiciário, como decidiu uma Juíza em Campina Grande/PB, que proibiu manifestações públicas contrárias ao Projeto de Lei, determinando a retirada de outdoors contendo a expressão: "Homossexualismo. E fez Deus homem e mulher e viu que era bom!", e ainda, de um Juiz que está sendo acusado de discriminação por não ter autorizado a presença de menores em passeata gay.

A mídia, que tem sido restritiva na concessão de espaços para ambos os lados exporem suas posições, denominou de "Combate à Homofobia" o Projeto de Lei do Senado 122/2006, que fundamentalmente "determina sanções às práticas discriminatórias em razão da orientação sexual das pessoas", o qual foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e sua iminente aprovação pelo Senado da República, nos termos em que está proposto, implicará no cerceamento da exposição de posicionamentos que as Igrejas Cristãs tem ao longo da história, com base na Bíblia, defendido no que tange a prática do homossexualismo.

Em nosso país temos construído uma sociedade pluralista e solidária, que rejeita discriminação das pessoas, quaisquer sejam elas, inclusive, por raça, origem, étnica, religião, política, cultural, econômica, por opção sexual etc, devendo estes preconceitos serem rechaçados também por todos os cristãos, mas tendo estes o direito de expressar sua discordância com praticas anti-bíblicas, propagadas como normais pela sociedade hodierna.

Complemento do Projeto de Lei

Seguimos na divulgação do texto do Projeto de Lei 122/2006 em trâmite no Senado Federal nos aspectos que mais interferem com a manifestação das Igrejas e Organizações Religiosas de todas as confissões de fé cristãs, especialmente, evangélicas e católicas.

(...) art. 8º os arts. 16 e 20 da lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação: (...) "art. 16. constituem efeito da condenação: (...) v – multa de até 10.000 (dez mil) ufirs, podendo ser multiplicada em até 10 (dez) vezes em caso de reincidência, levando-se em conta a capacidade financeira do infrator; vi – suspensão do funcionamento dos estabelecimentos por prazo não superior a 3 (três) meses. (...)

"Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero: § 5º o disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica."(nr) art. 9º a lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 20-a e 20-b:

"Art. 20-a. a prática dos atos discriminatórios a que se refere esta lei será apurada em processo administrativo e penal, que terá início mediante: i – reclamação do ofendido ou ofendida; ii – ato ou ofício de autoridade competente; iii – comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos."

"Art. 20-b. a interpretação dos dispositivos desta lei e de todos os instrumentos normativos de proteção dos direitos de igualdade, de oportunidade e de tratamento atenderá ao princípio da mais ampla proteção dos direitos humanos. § 1º nesse intuito, serão observadas, além dos princípios e direitos previstos nesta lei, todas as disposições decorrentes de tratados ou convenções internacionais das quais o Brasil seja signatário, da legislação interna e das disposições administrativas. [...]

§ 3º se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa."(nr) [...]".

Parâmetros de tolerância e convivência

Na medida em que o debate que tem ocorrido em todo o Brasil no que tange ao Projeto de Lei "Criminalizando a Homofobia", defendido ardorosamente pelo Movimento dos Homossexuais tipifica penalizando, especialmente, no cerceamento da liberdade do cidadão, sobretudo religioso, expor sua opinião pessoal contrária à cultura gay, com fulcro em seus valores morais e espirituais, seria enquadrado, sob o prisma de discriminação por opção sexual.

Nosso país é respeitado mundialmente exatamente por enfrentar o desafio da construção de uma sociedade igualitária e de cultura pacifica, onde as famílias incentivam seus filhos a respeitar os posicionamentos das outras pessoas, por isso, estes necessitam ser exercidos nos limites da lei, à qual visa estabelecer os parâmetros de tolerância da convivência social, e ainda, numa perspectiva mais ampla de uma abordagem ética.

Ressalte-se que o fato das Igrejas, enquanto Organizações Religiosas, na condição de pessoas jurídicas de direito privado, estão obrigadas ao cumprimento de preceitos legais, destacadamente os contidos na Constituição Federal, no Código Civil, Código Penal, Código Tributário, Consolidação das Leis do Trabalho, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Lei Maria da Penha etc, ainda que estes atinjam o exercício de fé de seus congregados, inclusive no que tange ao espaço utilizado para o culto ser considerado um espaço privado de uso público, portanto, aberto as pessoas, mesmo as que não são membros ou fiéis.

Por isso, tanto a pregação de textos bíblicos que condenam a prática do homossexualismo, bem como, o cerceamento da expressão de afetividade entre um casal de homossexuais, mesmo dentro dos templos, e ainda, a exposição de idéias através de textos impressos contrários ao Comportamento Gay, poderá ser entendido pela autoridade policial, e ainda, pelo Judiciário brasileiro, como apologia ao crime de "homofobia", ensejando em penalização para os líderes religiosos como constante no texto do Projeto de Lei 122/2006, às quais são desnecessárias, pois já existem normas legais coibindo a discriminação de pessoas, de forma genérica, ou seja, incidente para todos os cidadãos, inclusive, sob pena de indenização por dano moral.

Contratação e impedimento de dispensa trabalhista

Registre-se que, como consequência de sua aprovação do Projeto de Lei nos termos propostos, uma Igreja ou Organização Religiosa, poderá ser obrigada numa seleção de candidatos a admitir em seus quadros funcionários de orientação sexual contraria ao ensino da Bíblia Sagrada, como também, ficará impedida de demitir um empregado se este alegar que esta dispensa é oriunda de seu Comportamento Gay, o qual afronta a norma de crença que norteia esta Instituição de Fé, sob pena de fechamento temporário dos templos, multas altíssimas, e ainda, a prisão dos líderes.

A Lei Fundamental do País8 tem no prisma da dignidade da pessoa humana seu norteamento maior para aplicabilidade de seus preceitos, pelo que destacamos alguns contidos no artigo 5º, os quais se inserem nos direitos individuais e coletivos, e por isso, cláusula pétrea, ou seja, irreformáveis, como estabelecido pelo artigo 60 da Carta Magna, o qual proíbe o legislador, mesmo em caso de reforma constitucional de alterar referidos artigos.

Dispõe a Estatuto da Nação: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]; IV - "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"[...]; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; [...] VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; [...].", mas também nele está contido no Art. 1º, III [que] "a dignidade da pessoa humana", é um dos princípios constitucionais basilares do país.

Certo é que nenhum direito é absoluto, e da mesma forma que existem preceitos garantindo que ninguém será discriminado por qualquer causa, também existem preceitos que asseguram a liberdade de expressão pelo cidadão brasileiro, em princípio trazendo a idéia de um conflito de direitos fundamentais contidos na Carta Política, encarregando o judiciário de harmonizá-los e dosar sua aplicabilidade no caso concreto, com base no Estado Democrático de Direito vigente no Brasil.

Decisão salomônica

É de se destacar a equilibrada decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, num lapidar voto do Desembargador Cláudio de Mello Tavares, num processo onde se questionou a utilização de verbas públicas em eventos divulgadores da cultura gay, em que os autores foram condenados em primeira Instância pelo fato de terem exercido o direito constitucional de impetrar uma Ação Judicial tendo que apelar para a segunda Instância, que de forma didática assevera:

"[...] É certo que os homossexuais devem ter respeitada a sua opção sexual, suas convicções sobre o homossexualismo e os seus demais direitos de cidadão igual ao heterossexual, podendo utilizar de eventos populares, como por exemplo, a paradado orgulho gay, que caracteriza uma ação afirmativa visando afastar as discriminações que ainda sofrem no Brasil e em grande parte do mundo.

Entretanto, também, não se pode negar aos cidadãos heterossexuais o direito de, com base em sua fé religiosa ou em outros princípios éticos e morais, entenderem que a homossexualidade é um desvio de comportamento, uma doença, ou seja, algo que cause mal à pessoa humana e à sociedade, devendo ser reprimida e tratada e não divulgada e apoiada pela sociedade. Assim, não se pode negar ao autor/apelante o direito de lutar, de forma pacífica, para conter os atos sociais que representem incentivo à pratica da homossexualidade e, principalmente, com apoio de entes públicos e, muito menos, com recursos financeiros. Trata-se de direito à liberdade de pensamento, de religião e de expressão [...]", (grifo nosso).

Equilibrio e respeito reciproco: liberdade de expressão & liberdade de opção sexual

É tempo dos cidadãos que defendem a liberdade de pensamento, expressão e religião, garantia do Estado Democrático de Direito vigente em nosso país, conquistado na Constituição Federal de 1988, intercederem junto aos parlamentares em Brasília, expondo seu posicionamento contrário à aprovação deste Projeto de Lei 122/2006, na formatação proposta, especialmente nestes aspectos que visam objetivamente cercear a expressão do posicionamento religioso dos cristãos, defendendo, outrossim, leis que penalizem de forma exemplar toda e qualquer odiosa discriminação em solo brasileiro.

Por outro lado, alertamos aos líderes religiosos brasileiros a necessária adoção de posicionamento de respeito ao direito das pessoas fazerem a opção sexual que lhe for mais conveniente, e que elas tem a faculdade de expressar sua afetividade publicamente, ainda que, à entender daqueles, esta escolha e expressão afronte preceitos bíblicos que pregam, mas que, também é indispensável que os religiosos tenham resguardados o direito de livre expressão pública de opinião contrária a esta opção sexual, sem que isso implique na discriminação de pessoas, como, inclusive, registra o Livro Sagrado dos Cristãos: "Deus não faz acepção de pessoas".

Daí a importância desta cobertura da mídia televisiva, um verdadeiro serviço de utilidade pública, visando a divulgação junto a sociedade brasileira, para que os eleitores tenham conhecimento do conteúdo e das concretas implicações do Projeto de Lei 122/2006, eis que, já existem leis que protege os cidadãos brasileiros no exercício de sua liberdade de opção sexual, pois se aprovado pelo Congresso Nacional, e sancionado pelo Presidente da República, nos termos propostos, em última instância, ter-se-á que apelar ao Supremo Tribunal Federal para que faça, como tem feito, respeitar o esculpido na Constituição Federal do Brasil, que garante, como direito fundamental, a liberdade de expressão de pensamento e crença, que no caso dos evangélicos, é assegurar o direito de continuar pregando sua fé com base na Bíblia Sagrada.

"Bem aventurados os que observam o direito, que praticam a justiça por todos os tempos". Salmo. 106:3


Fonte: Observatório da Imprensa

terça-feira, 22 de junho de 2010

INTERIOR PERNAMBUCANO PRECISA DE SUA COLABORAÇÃO

As fortes chuvas da última semana deixaram um rastro de desolação e tristeza. São milhares os desabrigados: casas e ruas foram destruídas; famílias tiveram perdas de parentes. Abaixo um convite e mais informçãoes.


O Rev. Flávio Marcus, Presidente do Sínodo Agreste Sul de Pernambuco, que visitou no dia de hoje as cidades de Palmares, Catende, Cortês e Barra de Guabiraba. Seu relato é impressionante e não menos as imagens. Algumas delas estão registradas no corpo da reportagem.

Fotos que tirei dia 21 (segunda), das Igrejas de Cortês e Palmares, em uma visita que fizemos aos pastores destas Igrejas.


Palmares e Cortês.

Em Palmares, uma cratera foi aberta pelas águas, em frente à Igreja, na qual encontra-se uma carreta emborcada, só com os pneus para fora, além de uma pálio e outro caminhão ameaça cair.

Em Cortês, o Rev. Moacir Maurício está hospedado na casa do pastor da Igreja Batista, pois a casa pastoral também foi atingida pela enchente.

Oremos e divulguemos o ocorrido. Preparemo-nos para ajudar. Praticamete todas as famílias da Igreja de Palmares foram atingidas. Estão precisando de água mineral, entre outras coisas.

Contatos com o Rev. Cephas Júnior: 81-8886-2161.

Contatos com Rev. Moacir Maurício - IP de Cortês: 81-8868-5878.

Houve também, o desmoronamento do templo de Palmerina. Estas três igrejas são do nosso Sínodo - Agreste Sul de Pernambuco - SAP.

Há imagens e informações no site da IPB e no blog do Rev. Marcos Andre Marques, diretor do SPN.

Pr. Flávio Marcus - Presidente do Sínodo Agrete Sul de Pernambuco. Outras fotos enviadas pelo Rev. Flávio serão publicadas oportunamente.




Abaixo um vídeo que demonstra a situação no interior pernambucano



VOCÊ ENCONTRARÁ MAIS INFORMAÇÕES, ESPECIALMENTE EM COMO AJUDAR, NO BLOG DO REV. MARCOS ANDRÉ
http://marcosandremarques.blogspot.com/

Travesti soro positivo ataca funcionárias de hospital no DF

Se o ocorrido abaixo fosse o contrário, ou seja, um travesti acatado, então a propaganda iria parar na TV, nas primeiras páginas dos grandes jornais, na CBN e em tudo mais. Mas como o "coitado", "inocente" e "desprotegido" travesti foi quem atacou e, detalhe, COM UMA SERINGA CONTENTO O PRÓPRIO SANGUE CONTAMINADO COM O HIV, então não se preocupem.... ele ainda será transformado (ops!) em vítima...

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Irritado com a demora no atendimento de uma colega, 'Maira' tirou o próprio sangue com uma seringa e partiu para a agressão


BRASÍLIA - O travesti Osmair Miliano Pinto, de 28 anos, que estava acompanhando uma amiga que passava mal no Hospital de Ceilândia, em Brasília, atacou enfermeiras com uma seringa com sangue. Ele se revoltou depois que a amiga esperou atendimento por cerca de cinco horas. O travesti retirou o próprio sangue para atacar as enfermeiras e disse ser portador do vírus HIV.

- Ele se revoltou, tinha várias pessoas chorando, desmaiando à espera de atendimento e nenhuma previsão - disse uma testemunha.

Osmair estava do lado da sala de emergência, onde teve acesso a uma sala onde ficam as seringas. Ele retirou o próprio sangue e, segundo os funcionários, começou a gritar pelo corredor. A enfermeira-chefe tentou controlar a situação e acabou tendo a mão perfurada várias vezes. A técnica de enfermagem que tentou ajudar levou uma mordida no braço.

O travesti foi preso em flagrante por um policial militar que estava no hospital. As enfermeiras tomaram um coquetel de medicamento contra o vírus HIV e foram levadas para a delegacia. Assustada, a técnica de enfermagem contou como foi a agressão.

- Ele tinha uma quantidade grande de sangue na seringa e estava ameaçando todo mundo. Os pacientes estavam pedindo, pelo amor de Deus, para tirar ele dali - afirmou.

O agressor fez no próprio hospital um teste que apontou que ele é HIV positivo. De acordo com o delegado Onofre de Moraes, Osmair vai responder por tentativa de duplo homicídio.

- A partir do momento que ficou constatado no laudo que ele é soro positivo, vai responder por duas tentativas de homicídio qualificado. A pena para cada tentativa é de 12 a 30 anos, diminuída de um ou dois terços porque o homicídio não foi consumado - explicou.

Fonte: O Globo Online

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Como o Cristianismo estimula a Pesquisa Científica


por Douglas Groothuis

Kenneth Samples em Without a Doubt (Baker, 2004) sumarizou de forma talentosa dez maneiras de como as Crenças Cristãs criam um ambiente favorável para pesquisa científica (eu modifiquei-as em algumas coisas)

1. Universo fisico é uma realidade objetiva, que é ontologicamente distinta do Criador (Genesis 1.1; Jo 1.1)

2. As Leis da Natureza exibem ordem, padrão e regularidade, visto que elas foram estabelecidas por um Deus de ordem (Salmo 19.1 – 4)

3. As Leis da Natureza são uniformes por todo universo físico, vsto que Deus criou e providencialmente as sustenta. (Hb 1. 1 – 3)

4. O universo físico é inteligível porque Deus nos criou para conhecê-lo, conhecer a nós mesmo e o restante da criação (Genesis 1 – 2; Provérbio 8)

5. O mundo é algo positivo, valoroso e digno de cuidadoso estudo porque foi criado para um propósito por um Deus perfeitamente bom (Geneis 1). Os humanos, como os únicos portadores da imagem de Deus, foram criados para discernir, descobrir e desenvolver as coisas boas da criação para glória de Deus e melhoria humana através do trabalho. O mandato da criação (Genesis 1. 26 – 28) inclui a atividade científica.

6. Porque o mundo não é divino e, por isso, não é um objeto próprio de adoração, ele pode ser um objeto de estudo racional e observação empírica.

7. Os seres humanos possuem a habilidade de descobrir a inteligibilidade do universe, visto que fomos criados à imagem de Deus e temos sido postos na terra para desenvolver estas possibilidades intrínsecas.

8. Porque Deus não revelou todas as coisas sobre a natureza, a investigação empírica é necessária para discernir os padrões que Deus estabeleceu na criação

9. Deus estimula, e ainda impele, a ciência através de seu imperativo aos humanos a ter a dominação sobre a natureza (Genesis 1.28)

10. As virtudes intelectuais essenciais para levar o empreendimento científico adiante (constância, honestidade, integridade, humildade e coragem ) são partes da Lei Moral de Deus (Êxodo 20. 1 – 17)

Enquanto o cristianismo e a ciência tiveram suas disputas, não há nada inerente à cosmovisão cristã, que seja inimiga da ciência corretamente entendida.


Fonte: The Constructive Curmudgeon


Nota do Blog: O Prof. Dr. Douglas Groothuis (se pronuncia grote-hice) é um filósofo, pregador e apologista cristão, sob a influência de Schaeffer, Calvino, Carl Henry, Os Guiness, C.S. Lewis, John Stott, James Sire entre outros. É professor de Filosofia da Religião no Denver Seminary. Tem livros publicados nas áreas de filosofia, apologética e posmodernismo. O CV do Dr. Groothuis pode ser acessado aqui. Abaixo uma bibliografia do Dr. Groothuis:

  • Christianity That Counts (Grand Rapids: Baker, 1994).
  • Confronting the New Age (Downers Grove: InterVarsity Press, 1988).
  • Deceived by the Light (Eugene: Harvest House, 1995).
  • On Jesus (South Melbourne and Belmont: Thomson/Wadsworth, 2003).
  • On Pascal (South Melbourne and Belmont: Thomson/Wadsworth, 2003).
  • Revealing the New Age Jesus (Downers Grove: InterVarsity Press, 1990).
  • The Soul in Cyberspace (Grand Rapids: Baker, 1997).
  • Truth Decay (Downers Grive: InterVarsity Press, 2000).
  • Unmasking the New Age (Downers Grove: InterVarsity Press, 1986).
  • In Defense of Natural Theology: A Post-Humean Assessment, co-editado com James F. Sennett (Downers Grove: InterVarsity Press, 2005).
Traduzido por Gaspar de Souza

MORRE JOSÉ SARAMAGO


Morre, aos 87 anos, o escritor português José Saramago

Autor de 'Ensaio sobre a cegueira' morreu nesta sexta nas Ilhas Canárias.
Escritor era um dos maiores nomes da literatura mundial contemporânea.

Do G1, com agências internacionais

O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, nesta sexta-feira (18).

A informação foi passada à agência de notícias EFE pela família do escritor de "Ensaio sobre a cegueira".

O autor de "O evangelho segundo Jesus Cristo" e "Ensaio sobre a cegueira" vivia em Lanzarote desde 1993 com sua esposa, a jornalista Pilar del Río.

Nos últimos anos foi hospitalizado em várias oportunidades, principalmente devido a problemas respiratórios.


Segundo a imprensa espanhola, que cita fontes de sua família, o escritor morreu em sua residência depois de ter passado uma noite tranquila.

Expoente da literatura mundial
O escritor português era um dos maiores nomes da literatura contemporânea e vencedor de um prêmio Nobel de Literatura no ano de 1998 e de um prêmio Camões - a mais importante condecoração da língua portuguesa.

O autor era tido como o criador de um dos universos literários mais pessoais e sólidos do século XX e uniu a atividade de escritor com a de homem crítico da sociedade, denunciando injustiças e se pronunciando sobre conflitos políticos de sua época.

O autor José Saramago, morto nesta sexta-feira 918), aos 87 anos, em foto de novembro de 2009 (Foto: AFP)

Entre seus livros mais conhecidos estão "O evangelho segundo Jesus Cristo", "A balsa de pedra" e "A viagem do elefante". O mais recente romance publicado pelo escritor foi "Caim", de 2009.

"Ensaio sobre a cegueira" foi levado às telas em um produção hollywoodiana filmada pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles (de "Cidade de Deus") em 2008.

No mesmo ano, uma exposição sobre o trabalho de Saramago foi exibida no Brasil. "José Saramago: a consistência dos sonhos" trazia cerca de 500 documentos originais e outros tantos digitalizados, reunidos em um formato que, misturando o tradicional e a tecnologia moderna, levavam o visitante a uma agradável e rara viagem pela vida e pela obra do escritor português.


Fonte: Globo.com

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Cristianismo é Infalsificável; o Ateísmo é Falsificável!

por Brian Colón

Qualquer um que tenha estudado Apologética por que dois minutos tem provavelmente ouvido a citação que soa algo como “Deus é infalsificável”. O que o Ateísta está dizendo aqui é que, basicamente, nós temos inventado Deus e o concebido de tal maneira que ele é completamente à prova de evidência. Ele é tão invisível que não pode ser visto; e tão imaterial que não pode ser sentido. As únicas pessoas que tem ouvido que ele falou, são pessoas que já estão convencidas de que ele existe. Portanto, a declaração “Deus existe” não pode ser testada por qualquer método científico.

As pessoas que pensam que esta seja uma boa razão para crer que Deus não existe apóiam-se naquilo que é comumente referido como o “Princípio da Verificabilidade”. Este princípio foi proposto por A.J. Ayer em 1936. Simplesmente declarado, o princípio diz que qualquer declaração para ser considerada válida, deve ser suscetível de verificação empírica (pelos 5 sentidos). Se uma declaração for testada empiricamente e for falsa, então é aceita como falsa. Se uma declaração for testada e for verdadeira, então é aceita como verdadeira. Se uma declaração não pode ser testada empiricamente, então a declaração é sem sentido (nem verdadeira, nem falsa). Uma das mais famosas declarações sem sentido é “Twas brillig and the slithey toves did gyre and gimble in the wabe”(Tera o Assador e os Sacalarxugos Elasticojentos no eirado giravam)[1]. Para um verificacionista, a afirmação “Deus existe” é tão significativa como esta.

Eu tenho quarto coisas a dizer em resposta a isto:

1. Sim, Deus é infalsificável
2. Uma declaração não precisa ser falsificável para ser aceita como verdade
3. O Princípio de Verificabilidade refuta a si mesmo.
4. O Ateísmo é falsificável, e é falso, portanto, sua negação (Teísmo), é verdadeira.

Deus é infalsificável

Sim, devemos admitir isto. Não existe maneira de provar que Deus é falso. Todavia, gostaria de assinalar que, se Deus FOSSE falsificável, então ela não seria Deus. Deus, e acordo com o Cristianismo Clássico, é o maior ser concebível. Isto quer dizer que não existe não acima de Deus. Deus não é limitado por qualquer coisa e, por isso, não existe nenhum teste que seria bem sucedido em detectá-lo. Se existisse tal método, então isto significaria que Deus não seria supremo. Por exemplo, que tipo de Deus seria Deus se ele se fosse capaz de gravar um mp3 com os sons que ele faz? Se tal prova fosse bem sucedida, então isto significaria que Deus seria pelo menos sujeito ao poder do microfone que o gravou. Se Deus existe e ele tem os atributos que a Bíblia diz que ele tem, então ele NÃO PODE ser falsificável. Se ele fosse falsificável, então não poderia ser Deus.

Uma Declaração não precisa ser falsificável para ser aceita como verdadeira

Considere a declaração: “Matar é errado”. Esta declaração é aceitável como verdadeira? Claro! Mas então, a questão óbvia a perguntar é como é que esta declaração pode ser verificada pelos cinco sentidos? O mais próximo que você poderá obter é refazer a declaração para “o assassinato causa morte”. No entanto, isto não traz a conclusão de assassinar ou mesmo a morte seja errado.

David Hume, um filósofo ateísta do século 16, havia assinalado que muitas vezes nós usamos o princípio indutivo que nós acreditamos que as declarações são infalsificáveis. Considere uma simples declaração: “a lei da gravidade será a mesma amanhã como foi hoje”. Todos crêem nisto, mas esta é uma declaração empiricamente verificável? Não, não é. Amanhã está no futuro; nós estamos no presente. Sem o uso de uma máquina do tempo, nós não tempos maneiras de verificar qualquer alegação de que as leis da natureza permanecerão consistentes no futuro. Claro que todo mundo diria que as leis da natureza não mudarão no futuro porque elas nunca mudaram no passado. Mas Hume salientou que isto é usar uma lógica circular.

O Princípio de Verificação refuta a si mesmo

Agora é a hora de avaliar o Verificacionismo em seu próprio jogo. Vamos assumir que o princípio de verificação é verdadeiro, e que toda declaração deve ser capaz de ser empiricamente verificada para que a declaração seja significativa. Então, vamos usar o princípio da verificação para testar mais uma declaração. A seguinte declaração é verificável empiricamente?

a fim de que uma declaração seja significativa, ela deve ser empiricamente verificável

Bem, esta declaração é verificável? Obviamente não! A declaração é apenas uma pressuposição. Ela não é uma lei que foi provada ser verdadeira. Ela não é comprovada; é uma lei assumida pela qual todas as outras declarações são provadas ou desaprovadas. O problema é que o verificacionista diz que todas as declarações dever ser verificáveis a fim de que elas sejam significativas. Mas o Princípio de Verificação não é verificável. Isto significa que se o Princípio de Verificabilidade for verdadeiro, então ela é absurda ou sem sentido!

O Ateísmo é Falsificável

A única coisa que o Ateísmo tem que o Teísmo não tem é sua capacidade de ser provado falso. No entanto, desde que o Ateísmo PODE ser provado falso, então, SE FOR provado falso, então o Teísmo, necessariamente, seria provado verdadeiro. Quando você tem apenas duas possíveis respostas para uma proposição, e uma delas é provada falsa, então a outra, necessariamente é verdadeira. Considere a sentença “Deus não existe?”, as duas respostas possíveis são “sim” e “não”. Se a resposta “não” for provada falsa, então a única resposta alternativa restante é “sim”.

Então, como pode uma proposição ser provada falsa? Existem diversas maneiras, mas a maneira escolhida para mostrar que o Ateísmo é falso é mostrando sua auto-contradição. Se uma proposição contém auto-contradições, então não pode ser verdadeira. Não existem triângulos de quatro lados; não existem casados solteiros; e não existem desempregados no Departamento de Polícia.

Aqui está a definição de Ateísmo como eu vejo: não existe deus, não existe nada além do mundo físico; a matéria é tudo que existe. Se a matéria é tudo que existe, então explicar coisas tais como....

1. Absolutos Morais – todo ateísta que encontrei crer que homicídio e estupro são maus. Mas o que é mal? Se eu concebo que tudo que existe é matéria, então existe alguma coisa má acerca da matéria? Alguém se importa com a faca usada para matar alguém? Claro que não! Talvez o mal seja alguma coisa que nós experimentamos como algo que diminui nossa felicidade. Isso não significaria que o estuprador aumenta sua felicidade por estuprar as pessoas e que estuprar pessoas seria considerado bom para ele? Quem disse que os julgamentos morais do estuprador são falhos e nãos os nossos?

2. As Leis da Lógica – considere a lei do terceiro excluído que diz que uma proposição é verdadeira ou falsa; não existe um meio termo. Qual é o fundamento ontológico desta lei? Seria esta lei apenas um resultado das funções químicas de nosso cérebro? Se sim, como pode ser universal? Uma lei pode ser material? Claro que não! As Leis da Lógica são entidades imateriais abstratas. Muitas coisas não poderiam existir se a única coisa que existe for a matéria.

3. Dignidade Humana – Se tudo que existe for a matéria, então isto que significaria que não somos nada mais do que matéria também. Se isto for verdadeiro, então o que há de tão especial no ser humano? Nada! Então, por que nos fazemos coisas como honrar nossos mortos num funeral? Por que nos pensamos que seja mau quando uma pessoa inocente é morta? Por que pensamos que os humanos tenham mais valor que os animais? Por que as pessoas dizem que não devemos agir como os animais e, em seguida, colocam um jaleco e argumenta que SOMOS animais?

O Ateísta é capaz de reconhecer absolutos morais, leis da lógica e a dignidade do ser humano sem crer em Deus. Mas a questão é por que o Ateísta não está agindo consistentemente com sua cosmovisão?A resposta é óbvia, porque a proposição “Deus não existe?” implica em conseqüências impossíveis.

O Ateísmo é inadequado para explicar nossa experiência do mundo ao nosso redor. Então, o Ateísmo não pode ser verdadeiro. A melhor prova da existência de Deus é a impossibilidade da prova do contrário.

Fonte: Know its True

[1] A Tradução do poema Jabberwocky (Pargarávio ou Jaguadarte) de Lewis Carrol, foi feita por de William Lagos e é formada sobre palavras sem sentidos ou inventada e a sua incompreensibilidade. Você poderá encontrar o poema, tanto no original quanto em português aqui: http://brasillewiscarroll.blogspot.com/2009/09/jabberwocky-in-portuguese.html

Traduzido por Gaspar de Souza


segunda-feira, 14 de junho de 2010

CIÊNCIA X RELIGIÃO: O QUE OS CIENTISTAS REALMENTE PENSAM


Ciência e religião são retratados frequentemente como sistemas de crenças incompatíveis. A primeira é baseada em testes, lógica e materialismo, onde o conhecimento sobre o universo é promovida através da observação, experimentação e teorização. O último é uma cacofonia de diversos deuses, deusas, panteísmo, deísmo e teísmo tão variados como existem grupos diferentes povos e culturas ao redor do mundo. Mas, segundo o Washington Post que resenhou o livro "Science vs. Religion: What Scientists Really Think", por Elaine Ecklund, ciência e religião não são tão incompatíveis. A autora, Elaine Ecklund, examinou quase 1.700 cientistas de "elite universidades de pesquisa norte-americana." As conclusões foram surpreendentes. Foram 275 entrevistas de acompanhamento com os cientistas que revelou que muitos deles têm crenças religiosas e que tem que ser cuidadoso como expressar suas convicções em seus círculos científicos. De acordo com a revisão do Washington Post, "totalmente metade dos cientistas são religiosos. "Apenas cinco dos 275 entrevistados se opor ativamente a religião. Isso significa que menos de 2% dos entrevistados se opôs à religião. Este é um sinal encorajador, especialmente em um meio de bases cultural que parece degradar as crenças religiosas em uma base regular.


Fonte: CARM

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O ARGUMENTO ONTOLÓGICO E A LÓGICA MODAL


Resolvi traduzir os artigos abaixo, sobre o Argumento Ontológico, por dois motivos:


1) porque um professor de Filosofia afirmou que, depois de Immanuel Kant, o Argumento Ontológico perdeu sua força. Apresentei-lhe alguns autores modernos que lidam com este argumento (Alvin Plantinga, Robert Maydole, Charles Hartshorne, Norman Malcolm, Kurt Gödel etc) e que têm revisado o Argumento original.


Em outro post apresentarei a revisão por parte de Robert Maydole e, em seguida, por Alvin Plantinga. Meu questionamento: é falta de interesse, desconhecimento ou preconceito contra os excelentes argumentos revisados?


Por exemplo, a Stanford Encyclopedia of Philosophy, recomendada por aquele meu professor, traz a seguinte informação sobre o tópico O Argumento Ontológico no Século 21 (Ontological Argument in 21th century):

Muitas recentes discussões do Argumento Ontológico estão em compêndios, manuais, enciclopédias e semelhantes. Assim, por exemplo, existem discussões de revisões do Argumento Ontológico em: Leftow (2005), Matthews (2005), Lowe (2007) e Oppy (2007). Enquanto a ambição destas discussões de revisões varia, muitas delas são destinadas a introduzir os novatos aos argumentos e sua história. Dada a recente explosão de entusiasmo por compêndios, manuais, enciclopédias e semelhantes, na filosofia da religião, é provável que muitos debates como este irá aparecer num futuro próximo.

Algumas discussões recentes dos Argumentos Ontológicos têm sido postos em muitos resumos relativos aos Argumentos acerca da Existência de Deus. Por exemplo, existe uma discussão extensa do Argumento Ontológico em Everitt (2004), Sobel (2004) e Oppy (2006). Em minha opinião, todo estudante sério dos Argumentos Ontológicos deveria fazer um exame cuidadoso do tratamento de Sobel destes argumentos. Sobel fornece um capítulo sobre “Argumentos Ontológicos Clássicos”: Anselmo, Descartes, Spinoza e a crítica de Kant ao Argumento Ontológico; um capítulo sobre os “Argumentos Ontológicos Modais Modernos”: Hartshorne, Malcolm e Plantinga; e um capítulo sobre o Argumento Ontológico de Gödel. A análise de Sobel é muito cuidadosa e faz pesado uso das ferramentas da moderna filosofia da lógica.

Tem havido um livro recente devotado exclusivamente aos Argumentos Ontológicos: Dombrowski (2006). Dombrowski é um admirador de Hartshorne: o objetivo de seu livro é defender a declaração de que o Argumento Ontológico de Hartshorne é um sucesso. Enquanto o livro de Dombrowski é uma contribuição útil à literatura por causa do alcance de suas discussões do Argumento Ontológico – por exemplo, ele contém um capitulo sobre o Argumento Ontológico em Rorty e John Taylor – eu penso que o julgamento que ele faz para o Argumento de Hartshorne seja bastante convincente. Este parecer tem sido compartilhada por muitos revisores do livro,até mesmo aqueles que tenham alguma simpatia pela Teologia do Processo.

Finalmente, alguns trabalhos também têm sido publicados em periódicos. O mais importante desta porção é a Millican (2004), o primeiro artigo sobre o Argumento Ontológico, em recente lembrança, a aparecer na Mind. Millican defende uma nova interpretação do Argumento de Anselmo, e, por uma nova crítica dos Argumentos Ontológicos decorrentes da presente interpretação. Desnecessário dizer que, a interpretação e a crítica são controversas, mas eles também são dignos de atenção. Entre outros artigos de periódicos, talvez o mais interessante seja o de Maydole (2003), que fornece e defende um novo Argumento Ontológico Modal.” (OPPY, Graham. Ontological Arguments. In: STANFORD ENCYCLOPEDIA OF PHILOSOPHY. Disponível em: <http://plato.stanford.edu/entries/ontological-arguments/>)


2) por considerar uma boa aplicação dos princípios da Modalidade, que considera: Possibilidade, Necessidade e Contingência. Trata-se da Lógica Modal, que aplica os princípios da Lógica Formal, a estas modalidades.


O Argumento Ontológico, chamado Argumento A Priori, foi elaborado por Anselmo da Cantuária, aprofundado por Liebniz e, hoje, usado como um exemplo de Lógica Modal que, embora desconhecido por Anselmo nos moldes atuais, já o expunha embrionariamente.

A apresentação de hoje é feita pelo Dr. William Lane Craig. No post a seguir uma apresentação do Argumento Ontológico de Anselmo na linguagem da “Teoria da Quantificação” como demonstrada pelo Dr. Robert Maydole, a fim de demonstrar a validade do argumento de Anselmo. Boa leitura e tire suas conclusões se o “Argumento Ontológico perdeu sua força”

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O Argumento Ontológico a partir da Possibilidade da Existência de Deus para Sua Realidade

William Lane Craig


O ultimo argumento que eu desejo discutir é o famoso argumento ontológico, originalmente descoberto por Santo Anselmo. Este argumento tem sido reformulado e defendido por Alvin Plantinga, Robert Maydole, Brian Leftow e outros[44]. Eu apresentarei uma versão do argumento como apresentado por Plantinga, um dos mais respeitado proponente contemporâneo.

A versão de Plantinga é formulada em termos da semântica de mundos possíveis. Para aqueles que não estão familiarizados com a semântica de mundos possíveis, deixe-me explicar que, por “um mundo possível” não quero dizer de um planeta ou mesmo um universo, mas especialmente uma completa descrição da realidade, ou uma a maneira como uma realidade pode ser. Talvez a melhor maneira de pensar de um mundo possível é como uma gigante conjunção p & q & r & s...., em que conjuntos individuais são as proposições p, q, r, s,.... Um mundo possível é uma conjunção que engloba cada proposição ou sua contraditória, de modo que ela produza uma descrição completa da realidade – nada é deixado de fora desta descrição. Ao negar conjuntos diferentes em uma descrição completa, chegamos a diferentes mundos possíveis:

M1: p & q & r & s . . .


M2: p & não-q & r & não-s . . .


M3: não-p & não-q & r & s . . .


M4: p & q & não-r & s . . .

.

.

.

.

Apenas uma desta descrição será composta inteiramente de proposições verdadeiras e, por isso, será a realidade como realmente é, isto é, o mundo real.


Desde que nós estamos falando sobre mundos possíveis, as várias conjunções que um mundo possível engloba deve ser capaz de ser verdadeira individualmente ou juntas. Por exemplo, a proposição “o Primeiro Ministro é um número primo” não é mesmo possivelmente verdadeira, pois números são objetos abstratos que não poderiam ser concebidos idênticos com os objetos concretos com o Primeiro Ministro. Então, nenhum mundo possível terá esta proposição como uma de suas conjunções; ao invés disto, sua negação será um conjunto de mundo possível. Tal proposição é necessariamente falsa, isto é, ela é falsa em todo mundo possível. Por outro lado, a proposição “O Técnico Dunga é o Presidente do Brasil” é falsa no mundo real, mas poderia ser verdadeiro, e por isso, é um conjunto de algum mundo possível. Dizer que o Técnico Dunga é o presidente do Brasil em algum mundo possível é dizer que existe a uma completa descrição possível da realidade ter a proposição relevante como um de seus conjuntos. Semelhantemente, dizer que Deus existe em algum mundo possível é dizer que a proposição “Deus existe” é verdadeira em alguma descrição completa da realidade.


Agora na versão completa do argumento, Plantinga expressa uma idéia de Deus como um ser que é “maximamente excelente” em qualquer mundo possível. Plantinga entende excelência máxima a incluir propriedades tais como onisciência, onipotência e perfeição moral. Um ser que tenha excelência máxima em um mundo possível teria aquilo que Plantinga chama de “grandeza máxima”. Então Plantinga argumenta:

  1. É possível que exista um ser maximamente notável
  2. Se for possível que um ser maximamente notável exista, então é possível que um ser maximamente notável exista em algum mundo possível.
  3. Se um ser maximamente notável exista em algum mundo possível, então existe em todo mundo possível.
  4. Se um ser maximamente notável existe em todo mundo possível, então ele existe no mundo real.
  5. Se um ser maximanente notável existe no mundo real, então um ser maximamente notável existe
  6. Então, um ser maximamente notável existe.


Premissa 1


Pode parecer surpresa para você aprender que os passos (1) –(6) deste argumento é relativamente incontroverso. Muitos filósofos concordariam que, se a existência de Deus é mesmo possível, então ele deve existir. A questão principal a ser resolvida no que diz respeito ao Argumento Ontológico de Plantinga é que garante existir para pensar a premissa-chave “é possível que um ser maximamente notável exista” ser verdadeira.


A idéia de um ser maximamente notável é intuitivamente uma idéia coerente e, desta forma, parece plausível que tal ser poderia existir. A fim de o Argumento Ontológico falhar, o conceito de um ser maximamente notável deve ser incoerente, como o conceito de um “casado solteiro”. O conceito de um “casado solteiro” não é um conceito estritamente auto-contraditório (como é o conceito de um homem casado não-casado) e é ainda evidente, uma vez entendido o significado das palavras “casado” e “solteiro”, que nada corresponde que este conceito possa existir. Por outro lado, um conceito de um ser maximamente notável não parece nem mesmo remotamente incoerente. Isto fornece alguma garantia, prima facie, por pensar que é possível que um ser maximamente notável exista.


Resposta de Dawkins

Richard Dawkins dedica seis páginas, cheias de escárnio e injúria, ao Argumento Ontológico, sem levantar qualquer objeção séria ao argumento de Plantinga. Ele observa, de passagem, a objeção de Immanuel Kant que existência não é uma perfeição; mas desde que o argumento de Plantinga não pressupõe que seja, nós podemos deixar esta irrelevância de lado.


Ele repete uma paródia da argumentação destinada a demonstrar que Deus não existe porque um Deus “que criou todas as coisas, enquanto não existir” é maior que um que existe e cria todas as coisas45. Ironicamente, esta paródia, longe de enfraquecer o Argumento Ontológico, na verdade o reforça. Pois um ser que cria todas as coisas enquanto não existir é uma incoerência lógica e é, portanto, impossível: não há mundo possível que inclua um ser inexistente que criou o mundo. Se o ateísmo deseja sustentar – como ele deve – que a existência de Deus é impossível, o conceito de Deus teria de ser semelhantemente incoerente. Mas não é. Isto apóia a plausibilidade da premissa (1)


Dawkins também chacota, “eu esqueci os detalhes, mas, uma vez, eu ofendi uma assembléia de teólogos e filósofos por adaptar o Argumento Ontológico de maneira que ele provasse que porcos podem voar. Eles lançaram mão da Lógica Modal para provar que eu estava errado”46. Isto é simplesmente constrangedor. O Argumento Ontológico simplesmente é um exercício em lógica modal – a lógica da possibilidade e da necessidade. Eu posso apenas imaginar Dawkins fazendo um teatro de si mesmo naquela conferência profissional com sua paródia espúria, como ele, semelhantemente envergonhou a si mesmo na conferência do Templeton Foundation em Cambridge com sua objeção “peso-mosca” ao Argumento Teleológico!


Conclusão


Os argumentos para a Existência de Deus são logicamente válidos; suas premissas são verdadeiras; e suas premissas são mais razoáveis à luz destas evidências do que suas negações. Então, enquanto pessoas racionais, deveríamos abraçar suas conclusões. Muito mais poderia ser dito e tem sido dito47. Mas eu confio que o bastante tem sido dito aqui para mostrar que os argumentos tradicionais permanecem incólume às objeções levantadas pelos Novos Ateus, tais como Richard Dawkins.


Notas

44 Alvin Plantinga, The Nature of Necessity (Oxford: Clarendon, 1974); Robert Maydole, “A Modal Model for Proving the Existence of God,” American Philosophical Quarterly 17 (1980): 135–42; Brian Leftow, “The Ontological Argument,” in The Oxford Handbook for Philosophy of Religion (ed. William J. Wainwright; Oxford University Press, 2005), 80–115.

45 Dawkins, God Delusion, 83.

46 Ibid., 84.


Fonte: Reasonable Faith


Traduzido por Gaspar de Souza